Depois da chegada em alto, o Tirreno-Adriático brindou-nos com a famosa “etapa dos muros”! Último dia para se fazerem diferenças na classificação geral, o que perspetivava uma grande etapa. 11 ciclistas formaram a fuga do dia, Davide Bais, Quinn Simmons, Georg Zimmermann, Casper Pedersen, Alessandro de Marchi, Krists Neilands, Nikias Arndt e Gianni Vermeersch eram alguns dos seus representantes.



Sempre com a Jumbo-Visma ao trabalho, a corrida começou a animar muito já dentro dos 40 quilómetros finais, altura em que Wout van Aert pegou no pelotão. O ritmo do belga foi impressionante, a subida foi feita a alta velocidade, partindo por completo, o grupo. Algum período de acalmia levou à reentrada de vários ciclistas, com um grupo de cerca de 30 unidades a passar junto na última passagem pela meta. A equipa neerlandesa não tinha Wilco Kelderman que, pouco antes, tinha caído.

Aproveitando a apatia do grupo, à falta de 28 quilómetros, Guillaume Martin tentou a sua sorte, saindo com Alex Aranburu, Carlos Verona e Aleksandr Vlasov, o grande perigo deste grupo. A presença do russo na frente obrigava a UAE Team Emirates e INEOS Grenadiers a ajudar a Jumbo-Visma na perseguição e isso foi importante para o quarteto não continuar a alargar a sua vantagem.



Na penúltima dificuldade do dia, a corrida voltava a dinamitar, com João Almeida a ser protagonista. Sempre sentado, o campeão nacional aumentou o ritmo, caçou a fuga e partiu o grupo dos favoritos, com Roglic, Landa e Mas a serem quem de mais perto seguiam o português. Na descida, reentravam Woods, Ciccone, Carthy e Hart, com o canadiano da Israel-Premier Tech a aproveitar a desorganização no grupo à falta de 2000 metros.

A subida final para Osimo iniciou-se com João Almeida novamente a aumentar o ritmo e a caçar Woods à entrada do quilómetro final. Roglic colocou-se na frente, em pleno controlo das operações, Enric Mas acelerou a 400 metros do fim, só que o líder da geral não estava para cantigas e, com um sprint muito forte conquistou a terceira vitória consecutiva no Tirreno-Adriático e praticamente selando a vitória final. Tao Hart foi 2º e João Almeida 3º.



Na geral, Roglic mantém e reforça a camisola azul, símbolo de liderança. Com Kamna a perder tempo, João Almeida sobe a 2º da geral e solidifica a sua camisola da juventude.

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