Um lote de 13 ciclistas. É esta a dimensão do plantel que Joaquim Andrade vai comandar na próxima temporada. Um número elevado, tendo em conta os grupos de 10 a 11 elementos que as equipas continentais portuguesas costumam ter, o que demonstra de certa forma a ambição que existe na equipa de Santa Maria da Feira.




Hoje ficou-se a saber os 3 elementos que completam o alinhamento, todos eles já com provas dadas no ciclismo português. Depois de muita indecisão, Xuban Errazkin optou por manter-se na estrutura onde despontou em 2018. Vencedor das classificações da juventude da Vuelta a Madrid, o G.P. Abimota e da Volta a Portugal, para além de ter ganho 1 etapa no G.P. Abimota, a temporada foi muito boa quase de início ao fim. Pelo meio, o espanhol de 22 anos ainda teve tempo para somar pontos preciosos na Course de la Paix para a qualificação da selecção espanhola para a Volta a França do Futuro.

Errazkin já foi estagiário na Wilier Triestina, correu em 2017 pela RP-Boavista e chegou à Vito-Feirense-Blackjack em 2018. Para além dos resultados que já mencionámos, foi também 10º no G.P. Beiras e 16º na Volta a Portugal, não obstante ter quebrado na segunda metade da prova. Um trepador por natureza, Errazkin deve ser o grande líder da equipa da Feira para as provas com mais montanha, considerando o que já mostrou em 2018, podendo mesmo ser o grande triunfo a jogar na Volta a Portugal.

Passando para as contratações, começamos por um peso-pesado do ciclismo português, Filipe Cardoso. O ciclista português de 34 anos volta onde tudo começou, é quase umbilical a sua relação com o clube de Santa Maria da Feira, e isso foi fulcral na sua tomada de decisão. Com passagens por LA Alumínios, Liberty Seguros, Efapel, Filipe Cardoso estava desde 2017 na RP-Boavista.




No seu currículo estão imensas vitórias, etapas no G.P. Abimota, Volta ao Alentejo, Volta a Portugal do Futuro e o seu mítico triunfo na Volta a Portugal, na chegada à Senhora da Graça. É um ciclista poderoso e possante, com uma boa ponta final e que tentará ajudar no que puder dentro da Vito-Feirense-Blackjack, ao procurar utilizar toda a experiência de uma longa carreira para proveito da equipa.

Os últimos dias foram alucinantes para Oscar Pelegri. A 30 de Outubro fez um apelo público no Twitter, pois não tinha renovado contrato com a Rádio Popular-Boavista e não tinha equipa para 2019, a 3 de Novembro deu uma entrevista ao Ciclismo a Fondo, dizendo que ainda não tinha o seu futuro definido. Mas agora é oficial, Oscar Pelegri vai continuar a sua carreira na Vito-Feirense-Blackjack, depois de uma temporada muito positiva.




Um ciclista que sprinta bem e passa muito bem a média montanha, Oscar Pelegri arrecadou o G.P. Abimota, que foi autenticamente decidido nos detalhes e ao segundo e semanas mais tardes também triunfou na 3ª etapa do G.P.N2. Campeão nacional de Madison, em pista, Pelegri representou a Rádio Popular-Boavista em 2018, onde entrou depois de se ter destacado no calendário espanhol. Dentro da Vito-Feirense-Blackjack deverá repartir as responsabilidades das chegadas rápidas com João Matias, 2 ciclistas com um perfil semelhante e a ajuda de Filipe Cardoso pode ser preciosa.

Como já referimos, este é um plantel extenso e polivalente, onde a juventude é a nota dominante. Dos 13 ciclistas somente 2 tem mais de 30 anos, são eles Filipe Cardoso e Bjorn Thurau. Isto deverá permitir competir em mais frentes e uma maior rotatividade dentro das competições, o que poderá ser proveitoso na fase final da temporada. Completam o plantel António Ferreira, Pedro Andrade, Jesus del Pino, João Santos, Bernardo Saavedra, João Barbosa, Luis Afonso, Rui Rodrigues e João Matias.



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