Estamos em Novembro e como sempre por esta altura do ano há sempre alguns grandes nomes ainda sem contrato para a próxima temporada por razões várias. Se os juntássemos num plantel certamente daria para discutir grande parte das provas durante todo o ano tanta a qualidade. Parte destes ciclistas já terão o futuro definido, mas essa resolução ainda não é oficial, outros certamente não saberão que equipa e que objectivos terão em 2020.



Rohan Dennis

Na prática sem equipa desde que saiu do Tour em litígio com a Bahrain-Merida por causa do material de contra-relógio. Viria a renovar o título de campeão mundial da especialidade com autoridade correndo numa BMC disfarçada, o divórcio consumou-se pouco depois. Talvez seja uma situação sem precedente um campeão do Mundo chegar a Novembro sem contrato, mas Rohan Dennis também não tem uma personalidade fácil.

Capaz de aguentar algumas montanhas com os melhores, sendo uma aposta segura para algumas provas de 1 semana, fala-se que o australiano está a caminho de Team Ineos, numa tentativa da formação britânica contrariar a super-equipa que a LottoNL-Jumbo montou. Outra hipótese (mais remota) será a Movistar, que estará muito desfalcada em 2020.

 

Andrey Amador

Continuando entre a Ineos e a Movistar é tempo de falar sobre Andrey Amador. O costa-riquenho, um dos melhores gregários que a Movistar tem pode estar a caminho de uma mudança inesperada para a Ineos, um pouco forçada pela quebra completa de relações entre a Movistar e um dos agentes mais importante no ciclismo, e também agente de Amador, Giuseppe Acquadro. A demora no processo pode estar relacionada com a dificuldade da Movistar aceitar de bom grado esta mudança e o caso pode ir ao tribunal arbitral.

 

Daniele Bennati

Com 19 anos de carreira o veterano italiano de 39 anos é dos poucos ciclistas em actividade com triunfos nas 3 Grandes Voltas, 11 ao todo. A mudança de funções tem sido gradual e na Movistar tinha a tarefa de proteger os líderes na parte plana das etapas. No entanto em 2019 só teve 12 dias de competição, muito afectado pela fractura de clavícula em Abril. Bennati não sabe se continua ou não, ainda está à procura de equipa, mas numa entrevista recente assegurou que mesmo que deixe de ser ciclista profissional continuará no meio.




Eduard Prades

De forma inusitada, já que tem obtido enorme resultados nas últimas temporadas, o nome do espanhol de 32 anos ainda aparece na lista de ciclistas sem contrato para 2020. Mais estranho ainda é que não tenha sido associado a qualquer outra equipa, resta saber se irá integrar outra equipa espanhola (como Burgos, Kern Pharma ou Fundacion Euskadi) ou se permanece na Movistar e simplesmente a equipa aquando do anúncio de Prades há 12 meses se esqueceu de mencionar que o contrato era de 2 anos.

Daryl Impey

Um nome muito forte a nível internacional e que ainda está sem contrato para 2020, é verdade. Oficialmente Daryl Impey ainda não renovou e expecto alguma clausula no contrato que é desconhecida do público ainda pode sair da Mitchelton-Scott apesar de acharmos que tal não é muito provável. Impey tem sido um dos elementos mais importante da formação australiana, capaz de sprintar bem no final de um dia muito duro ganhou recentemente o Tour Down Under e 1 etapa no Tour.

 

Sacha Modolo

A estadia de Sacha Modolo na EF Education First não correu nada bem, depois de quase 1 década junto da elite do ciclismo o italiano de 32 anos que tem um total de 46 vitórias na carreira ficou em branco em 2019 e só somou 3 pódios. É certo que não vai continuar na estrutura liderar por Jonathan Vaughters e o regresso a Itália é uma possibilidade do vencedor de etapa do Giro 2015. Recentemente levantou-se a hipótese de um ingresso na Corendon-Circus, que está à procura de reforçar o plantel para 2020, que terá objectivos renovados.




Enrico Battaglin

Outro corredor italiano que, tal como Modolo, passou pela Bardiani alguns anos e que teve uma temporada de 2019 verdadeiramente terrível na Katusha-Alpecin, isto depois da melhor época de sempre ao serviço da LottoNL-Jumbo. Battaglin continua a ser um puncheur com excelentes aptidões para aquelas chegadas em ligeira subida. Era um dos ciclistas da Katusha-Alpecin com contrato até 2020, resta saber se continua no World Tour, agora ao serviço da Israel Cycling Academy.

Petr Vakoc

Em tempos uma enorme promessa do ciclismo mundial Petr Vakoc viu a sua evolução abruptamente interrompida devido a uma gravíssima queda que o deixou sem competir durante 2018. Regressou em 2019, sem a mesma força, mas com a mesma vontade que o levou a triunfar na Fleche Brabançonne em 2016. Continua a ter uma excelente ponta final em dias algo duros e já há mais de 1 mês que se fala nele para correr ao lado de Mathieu van der Poel na Corendon-Circus, ainda sem confirmação.

 

Floris de Tier

Outro jovem que em Setembro foi associado à Corendon-Circus, mas que ainda não foi confirmado, sem o seu destino mais provável. Com 27 anos Floris de Tier ainda tem muito para evoluir e tem estado algo tapado na LottoNL-Jumbo nas últimas 3 temporadas, é um bom trepador e bom puncheur.




Alex Dowsett

Na mesma situação que Enrico Battaglin basicamente, um dos melhores ciclistas da Katusha-Alpecin e que ainda não se sabe se completa a transição para a Israel Cycling Academy, sendo provável que isso aconteça. Ainda assim certamente que Dowsett ponderou bem a decisão já que a Israel Cycling Academy não tem obtido grandes resultados na prova contra o cronómetro, que é a sua especialidade.

 

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