A época de 2020 abriu a 8 de Janeiro com os Campeonatos Nacionais na Austrália. Desde aí, começou-se a correr um pouco por todo o mundo. O World Tour passou pela Austrália, Bélgica, Emirados Árabes Unidos e França. Nestes últimos dois países disputaram-se o UAE Tour e o Paris-Nice, provas que foram reduzidas devido ao COVID-19, mas não vamos focar-nos nesse terrível assunto.



17 de março é já uma data avançada na fase inicial do calendário. Com clássicas e provas por etapas, os ciclistas já tiveram provas para todos os gostos, no entanto nem todos os corredores do World Tour se fizeram à estrada em 2020. Das 19 equipas da divisão máxima do ciclismo, 7 delas já tiveram todos os seus ciclistas em competição: Astana, Bora-Hansgrohe, CCC Team, Cofidis, Deceuninck-QuickStep, EF Pro Cycling e Trek-Segafredo. Isto significa que 12 equipas ainda não viram todo o seu plantel competir, num total de 19 ciclistas.

Uma das equipas com mais corredores sem competição é a Jumbo-Visma, que viu 3 dos seus líderes ainda não se estrearem em 2020. Primoz Roglic tinha estreia marcada para o Paris-Nice, no entanto a equipa holandesa desistiu da participação na prova francesa, pelo que não esteve presente. Steven Kruijswijk e Tom Dumoulin têm razões completamente diferentes. Ambos eram para estar presentes na Volta a la Comunitat Valenciana mas lesões retiraram os corredores da competição. O primeiro com dores no joelho e o segundo esteve doente e, em seguida foram-lhe detatados parasitas nos intestinos. Dumoulin estava já recuperado e tinha regresso marcado para a Catalunha. Também Jonas Vingegaard não começou a sua época.



Lotto Soudal é outra equipa com bastantes ciclistas por “estrear”. Se de Jelle Wallays e Gerben Thijssen nada se conhece, Stan Dewulf ainda recupera de uma lesão no joelho. Wallays deveria ser uma peça fundamental no bloco de clássicas. Mathias Norsgaard e Imanol Ervitir ainda não vestiram o azul da Movistar. O jovem norueguês fraturou a tíbia, em dezembro, enquanto treinava, ao ser atropelado, pelo que a recuperação está em andamento. Já o veterano espanhol iria estrear-se na Catalunha, antes de se focar nas clássicas do empedrado.

Também a NTT Pro Cycling tem 2 ciclistas com o contador a zero. O reforço Benjamin Dyball ainda não colocou o dorsal em 2020, acontecendo o mesmo com Nic Dlamini, este que foi brutalmente agredido enquanto treinava na África do Sul em Dezembro, ficando com algumas fraturas.



Rui Oliveira ainda não esteve em competição na estrada pela UAE Team Emirates pois fraturou a clavícula numa prova de pista, em Janeiro, no entanto está praticamente recuperado, treinando já em estrada. O veterano William Bonnett na Groupama-FDJ, o jovem húngaro Barnabás Peák na Mitchelton-Scott, o britânico Stephen Williams na Bahrain-McLaren (não corre desde a Romandia do ano passado, tendo voltado aos treinos 5 meses depois, no início de fevereiro), Rory Sutherland na Israel Start-Up Nation (caiu em Dezembro, no estágio da equipa, quase recuperado), Ethan Hayter na Team INEOS (focou-se nas provas de pista), Joris Nieuwenhuis na Team Sunweb (fez temporada de cyclocrosse, está em descanso, deveria regressar em finais de abril) e Alexis Vuillermoz na AG2R La Mondiale (iria regressar na Catalunha) são os restantes corredores sem competição em 2020.

Estes 18 ciclistas ainda não colocaram o dorsal no equipamento em 2020 mas também não o vão fazer tão cedo uma vez que, na melhor das hipóteses, até início de Maio não deve haver ciclismo (há, ainda, algumas provas no entanto devem ser canceladas/adiadas). Uma época encurtada pelas razões que todos sabemos e que será ainda mais pequena para estes corredores.



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