Para colmatar as saídas de Pierre Latour, Romain Bardet e Alexandre Geniez, a Ag2r Citroen Team precisava de contratar alguns puncheurs e trepadores, até porque o calendário é bastante vasto e uma formação deste nível precisa de qualidade para atacar em todas as frentes.

Por isso mesmo, a formação comandada por Vincent Lavenu recrutou Lilian Calmejane à Team Total Direct Energie, precisamente a equipa para a qual vão Latour e Geniez. Aos 27 anos será a primeira aventura de Calmejane foram da estrutura da Direct Energie, tendo ingressado em 2016.

E foi precisamente em 2016, no primeiro ano como profissional, que Calmejane irrompeu ao mais alto nível ao vencer a 4ª etapa da Vuelta. Foi muitas vezes apelidado de sucessor de Thomas Voeckler e essa conquista antecedeu uma enorme temporada de 2017. Ganhou a Etoile de Besseges, a classificação da montanha no Paris-Nice, a Settimana Coppi e Bartali, o Circuit de Sarthe e ainda a 8ª etapa no Tour, precisamente a última vitória no WT.

Desde então baixou um pouco o nível, com 2 sucessos em 2018 e outros 2 em 2019, sempre em provas francesas do circuito europeu. Calmejane foi uma sombra de si mesmo no Tour em 2019, mal se viu e claramente não teve pernas para andar a discutir etapas em fugas, como é seu apanágio. Troca uma equipa que está a apostar em ciclistas para as Grandes Voltas, por outra que está a descontinuar essa aposta, precisamente para ter mais espaço para caçar etapas.

A duração do contrato (apenas 2021) é muito curiosa, geralmente os ciclistas preferem mais segurança em termos de vínculo contratual.