A INEOS Grenadiers anunciou hoje nas redes sociais a contratação do norueguês Tobias Foss num contrato válido por 3 temporadas. Não era propriamente um segredo de mercado, era algo que já se vinha a falar há algumas semanas. O vencedor da Volta a França do Futuro em 2019 e Campeão do Mundo de contra-relógio no ano passado queria mais oportunidades e explorar o seu potencial para as Grandes Voltas.
Aos 26 anos, trata-se de um movimento de mercado entre 2 das melhores equipas do Mundo, algo que até se está a tornar bastante comum. Como já referimos, Foss brilhou enquanto sub 23 em 2019, terminou a Volta a França do Futuro diante de Aleotti e van Wilder e a Jumbo-Visma foi buscá-lo à Uno-x, depois de um 2020 muito curto devido à pandemia até surpreendeu ao ser 9º na Volta a Itália.
No entanto, 2022 foi pautado pela desilusão nas provas por etapas, ia fazendo um ou outro contra-relógio de qualidade apenas e só. Até que nos Mundiais de Wollongong protagonizou um dos títulos mais surpreendentes de sempre. Não foi por isso que internamente teve mais destaque, numa formação recheada de estrelas não fez nenhuma Grande Volta e apenas liderou na Volta ao Algarve, ele já vinha mostrando o seu descontentamento há algum tempo.
Se há equipa que gosta destes ciclistas, excelentes no contra-relógio e capazes de se defender na alta montanha é a INEOS Grenadiers, veja-se como aproveitou as características de Wiggins, Froome ou Thomas e vai tentar fazer o mesmo com o norueguês. No entanto, não creio que vá ter o mesmo sucesso, Foss vem de uma geração sub-23 onde não havia propriamente muitos trepadores (veja-se van Wilder, Vansevenant, Leknessund, Champoussin) nenhum deles é um trepador de elite e creio que para as Grandes Voltas irá sofrer perdas ainda avultadas na alta montanha e com o desgaste acumulado, apontaria mais para as corridas de 1 semana.