Derradeira etapa em linha desta edição do Giro d’Itália, com mais um dia de alta montanha, a última oportunidade para os trepadores fazerem diferenças na classificação geral. Ao contrário de outros dias, a fuga formou-se relativamente cedo, com pouco mais de 20 quilómetros percorridos. Na frente estavam Mathieu van der Poel, Domen Novak, Edoardo Zardini, Gijs Leemreize, Sam Oomen, Sylvain Moniquet, Antonio Pedrero, Mauri Vansevenant, Davide Ballerini, Thymen Arensman, Lennard Kamna, Davide Formolo, Alessandro Covi e Giulio Ciccone.
Bem cedo, a Bahrain-Victorious assumiu a perseguição, perspetivando um endurecimento da corrida para um possível ataque de Mikel Landa. Apesar de tudo isso, a corrida não teve mexidas até ao Passo Fedaia, a última subida do dia. Já na fuga, aconteceram ataques, com Covi a atacar a praticamente 54 quilómetros do fim, em plena ascensão do Passo Pordoi, a Cima Coppi do Giro deste ano.
Covi subiu o Pordoi a grande ritmo e desceu-o ainda mais rápido, ganhando tempo considerável ao grupo de onde saiu, entrando no Passo Fedaia, e nos derradeiros 13 quilómetros, com 2:20 de vantagem para esse grupo e 6 minutos para o pelotão, onde a Bahrain continuava a impor um ritmo não muito elevado. No grupo perseguidor, iam ficando cada vez menos ciclistas, com Novak, Ciccone, Arensman e Pedreroa estarem juntos na altura do ataque de Novak, à falta de 5 quilómetros para o fim.
Parecia que Novak iria apanhar Covi, em poucos quilómetros tirou mais de 1:30, só que quando a vantagem chegou aos 3 segundos estabilizou. Covi ainda tinha energias guardadas para o final e, em Marmolada, conseguiu o triunfo que a UAE Team Emirates procurou nestes últimos dias. Novak foi 2º a 32 segundos e Ciccone 3º a 37.
No grupo dos favoritos, apouco mais de 5 quilómetros do fim, a INEOS Grenadiers apareceu pela primeira vez na frente do pelotão, e o ritmo da equipa britânica não era para brincadeiras, rapidamente começou a eliminar ciclistas. Ben Tulett fez a primeira seleção, Pavel Sivakov reduziu ainda mais o grupo e só quando estavam no grupo o francês, Carapaz, Hindley, Landa, Carthy e Hirt.
A 3,5 quilómetros do fim surgiram os ataques, com Carapaz a mexer, seguindo-se um contra-ataque de Hindley. Este duo chegou rapidamente a Kamna e o alemão deu tudo o que tinha antes de novo ataque de Hindley. O australiano atacou muito forte e colocou logo em dificuldades Carapaz, abrindo rapidamente um foço importante. As dificuldades de Carapaz eram evidentes e Carthy e Landa, que tinham ficado para trás, chegaram e ultrapassaram o equatoriano.
Até ao final, Hindley foi aumentando a sua vantagem, terminando em 6º, a 2:30. A 49 segundos chegaram Carthy e Landa e Carapaz chegou a 1:28! Desta forma, Hindley é o novo maglia rosa, com 1:25 de vantagem para Carapaz e 1:51 para Landa.