Último dia na Volta a Alemanha, com muita indecisão quanto ao vencedor final. Uma etapa de 156, 3 quilómetros, com o miolo da etapa a ser propício a ataques, com várias inclinações. Alguns nomes não partiam para a etapa, incluindo o sprinter Phil Bauhaus. Os ataques para formar a fuga começaram após oito quilómetros decorridos. Após múltiplos ataques, destacaram-se três nomes na frente: Rémi Cavagna, Dario Cataldo e Justin Wolf.
O ritmo no pelotão era alto e impedia a fuga de ganhar uma margem confortável, nunca ultrapassando os três minutos. A Bora-Hansgrohe tinha o papel de perseguir, visto que era a detentora da camisola de líder. A 90 quilómetros da meta, Kyle Murphy, Jannik Steimle, Marco Haller e Anders Skaarseth tentavam mexer na corrida, mas foram alcançados poucos quilómetros depois.
A 75 quilómetros da chegada, os fugitivos eram integrados no grupo principal. A partir daqui surgiam diversos ataques e contra-ataques dentro do pelotão. Numa altura em que o 5.º à geral, Dylan Teuns, mexia na corrida, seguido por Matteo Jorgenson. Soavam os alarmes para a Bora-Hansgrohe, pois Teuns estava apenas a 17s da liderança de Politt.
Com a estrada muito molhada, o duo da frente ganhava mais de um minuto de forma rápida, isto a 53 km do final. Várias equipas chegavam-se à frente no pelotão, com a Emirates e a Deceuninck a puxarem no grupo, incluindo João Almeida. O ataque do português acabou mesmo por acontecer, já dentro dos 50 km para o fim, com Davide Formolo na sua roda. Acabaram por ser reintegrados no grupo principal a 35 km da meta. A Alpecin-Fenix juntava-se à Emirates na perseguição da dianteira.
Jorgenson não aguentava o ritmo do belga da Bahrain-Victorious e ficava para trás. O problema é que a vantagem encurtava muito para Teuns, dispondo apenas de 15 segundos, quando faltavam ainda 2 voltas ao percurso em Nuremberga (10km). Teuns era alcançado a 5km do fim. Surgiam alguns ataques, com Georg Zimmermann e Lampaert a tentarem surpreender o grupo.
No final, foi tudo para o sprint, com a Uno-X a impôr o ritmo na frente. Luca Mozzato lançava o sprint, com Ackermnan a sair também. Mas veio detrás um experiente Kristoff que, com os cálculos corretos, acabou por arrecadar o seu segundo triunfo nesta edição da Volta a Alemanha. Ackermann acabou em segundo e Mozzato em 3.º lugar. Nils Politt terminou no grupo e sagrou-se vencedor da Volta a Alemanha. O seu colega Ackermann terminou em segundo na geral, a 4 segundos, com Kristoff em 3.º, com o mesmo tempo do segundo.
Rui Costa e João Almeida terminaram no primeiro grupo. Ambos terminaram a prova a 26 segundos do vencedor, com Almeida a ficar em 18.º lugar da geral e Rui Costa na 23.ª posição.