As clássicas do empedrado continuaram no dia de hoje, com mais uma edição da Gent-Wevelgem, onde o vento marcou presença, tal como tínhamos referido na antevisão. O início foi bastante rápido e as bordures aconteceram desde cedo. Um grupo de luxo conseguiu deixar o pelotão, devido a um trabalho fantástico da Team Jumbo-Visma. Na frente estavam Sagan, Ackermann, Selig, Declercq, Trentin, Van Aert, Wynants, Teunissen, Van der Hoorn, Van Poppel, Rowe, Bol, Degenkolb, Pedersen, Stuyven, Theuns, Gaviria, Van der Poel, Terpstra e Van Schip.




Uma situação nada habitual de corrida, com muitos dos favoritos a estarem na frente desde cedo. Este grupo chegou a ter 1:30 de vantagem para o pelotão no entanto a vantagem foi, paulatinamente, diminuindo, com a diferença a cifrar-se em 40 segundos na entrada do Kemmelberg, a 75 quilómetros do fim. Aí, a fuga partiu-se por completo com Sagan, Trentin, Van Aert, Rowe, Gaviria, Terpstra e Van der Poel a serem os mais fortes mas com alguma desunião voltaram a juntar-se. Já sem ninguém na frente, a Deceuninck-QuickStep começou a trabalhar no pelotão.

O grupo da frente continuou a entreolhar-se e Sagan, Teunissen, Theuns e Trentin atacaram, formando nova frente de corrida. Estes 4 ciclistas estiveram, durante muito tempo, com 30 segundos de vantagem, no entanto as forças no pelotão já não eram muitas, com esta a chegar aos 50 segundos a 40 quilómetros do fim, numa altura em que, de forma impressionante, Luke Rowe fez a ponte para a frente.




A 33 quilómetros do fim, estava a última subida do dia, o Kemmelberg, onde o grupo da frente se manteve unido e no pelotão Zdenek Stybar e Wout van Aert arrancaram que nem uma flecha, apanhando Alexander Kristoff, que seguia, há algum tempo, intermédio. Este trio foi alcançado pouco depois e voltou-se ao figurino original.

O trabalho da Quick-Step anulou a fuga a 17 kms do final e começaram os ataques, com muito vento lateral à mistura. Philippe Gilbert foi apagando muitos fogos, até que a 5 kms da meta saíram Jasper Stuyven, Jack Bauer, Sebastian Langeveld e Amund Jansen e à entrada do quilómetro final ainda tinham uma vantagem considerável, anulada pelo esforço da Direct Energie.

O desfecho foi portanto um sprint em pelotão reduzido, com um grupo já muito desgastado pelas vicissitudes da corrida. Adrien Petit lançou o sprint primeiro, encontrando um forte vento frontal. Quem aproveitou foi Alexander Kristoff, que vinha na sua roda, lançou-se a 200 metros da meta e já não o alcançaram, com John Degenkolb e Oliver Naesen a ficarem com o resto do pódio. A Quick-Step, que tanto trabalhou para Elia Viviani, acabou sem representantes nos 10 primeiros.



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