A Volta a Turquia mudava hoje completamente de panorama, depois de 2 chegadas ao sprint, ambas ganhas por Jasper Philipsen, era hora da alta montanha e logo com uma das subidas mais duras alguma vez feitas na história do ciclismo profissional. A ascensão a Babadag totaliza 18400 metros a uma média de 10,3%, com 2 quilómetros a meio a rondar os 15% e a juntar a isto os ciclistas tinham de enfrentar o mau piso.
Umberto Poli, Robingson Oyola e Oliver Mattheis não mostraram medo da subida e quiseram ir para a fuga, os primeiros 50 quilómetros até foram muito atacados não obstante o que faltava percorrer. Ainda havia 1 contagem de primeira categoria antes da subida final e Oyola aproveitou para se destacar, passar na frente no alto e enfrentar a descida técnica e com mau piso na liderança.
A situação assim se manteve até chegarmos a Babadag, onde as equipas World Tour assumiram a frente do pelotão, nomeadamente a Bora-Hansgrohe e passado 2 kms de subida restavam cerca de 20 corredores na frente. As pendentes foram fazendo a selecção, ignorando isso Alexis Guerin tentou a sua sorte, um ciclista que estava completamente no seu habitat natural.
A UAE chegou a trabalhar na frente do grupo, mas Jay Vine cedeu até relativamente cedo e ficou uma batalha entre a Bora-Hansgrohe, com Florian Lipowitz e Ben Zwiehoff, e a Astana, com Alexey Lutsenko e Harold Tejada, enquanto Matteo Badilatti olhava ao longe. Destes 4 corredores Lipowitz foi o primeiro a mostrar dificuldades e cedeu de vez quando Zwiehoff acelerou.
Zwiehoff foi lançando ataques para quebrar a resistência de Lutsenko, mas apenas deixou para trás tejada, a primeira vez que o corredor cazaque atacou mais a sério, dentro do quilómetro final, abriu alguns metros para o alemão. Zwiehoff ainda manteve distância, só que Lutsenko acelerou de novo para colocar 12 segundos na meta para Zwiehoff e quase meio minuto para o seu colega Harold Tejada. Nota ainda para as excelentes subidas de Badilatti, Pellizzari e Guerin.