Equipa que ganha não mexe. Foi esse o lema da Alpecin-Deceuninck para a próxima temporada. 2023 foi um ano recheado de sucessos, as grandes figuras não desiludiram, conquistaram vitórias de luxo e, no total, foram 35 triunfos. Mathieu van der Poel venceu, entre outros, dois Monumentos, Jasper Philipsen conseguiu 19 triunfos, incluindo 4 no Tour de France, Kaden Groves venceu no Giro d’Itália e na Vuelta a Espanha. Só estes 3 ciclistas conseguiram 31 vitórias!



A base da equipa mantem-se a mesma desde há algum tempo, têm sido feitos pequenos ajustes e, este ano voltou a acontecer o mesmo. Saem 7 ciclistas (destaque para Jakub Mareczko, Dries de Bondt e Stefano Oldani), entram outros 7, só que apenas 3 são concretamente reforços. Da equipa de desenvolvimento, e já com algumas provas com a equipa principal, chegam o campeão do Mundo sub-23 Axel Laurance, Timo Kielch, Henri Uhlig e Luca Vergallito.

Os 3 ciclistas que entram no projeto de Philip Roodhooft são jovens, com bastante valor e que ainda podem crescer muito. Stan van Tricht é um dos que tem experiência World Tour. O jovem de 24 anos chega da Soudal-QuickStep onde esteve durante 2 temporadas, depois de ter feito a formação na conceituada SEG Racing. O belga é um corredor de clássicas, o típico ciclista belga, passa bem as dificuldades e tem uma boa ponta final em grupos restritos. Na Soudal não teve muita liberdade mas, ainda assim, esta temporada foi 2º na Duracell Dwars door het Hageland e Tour of Leuven e 7º no Grand Prix Criquielion. Será um corredor de trabalho, podendo ter alguma liberdade, já que qualidade não lhe falta.



Também do World Tour, mais concretamente da Movistar, chega Juri Hollmann. Ciclista possante, essencialmente um contra-relogista, este durante 4 temporadas na formação telefónica. Ainda sem vitórias na sua carreira, o alemão tem feito parte, nos últimos anos, no núcleo de clássicas da equipa. Por curiosidade, destacou-se quando veio a Portugal realizar a Volta a Portugal, terminando entre os melhores os contra-relógios. Na Alpecin-Deceuninck acreditamos que será um ciclista a ser colocado ao trabalho ainda bem cedo, controlando as fugas.

Por fim, Lars Boven chega de uma equipa de desenvolvimento. Não a da Alpecin-Deceuninck mas sim da Jumbo-Visma. Um dos grandes talentos da sua geração dos Países Baixos, Boven tem apenas 22 anos e tem tudo para ser um excelente classicómano. Muito explosivo e com uma boa ponta final em grupos restritos, poderá já ser uma peça importante, já que a equipa neerlandesa não tem muitos corredores que se adaptem às clássicas das Ardenas e provas de uma semana com algumas dificuldades. Desde 2020 na estrutura da Jumbo-Visma, nas últimas épocas fez já algumas provas coma equipa principal. No ano passado venceu a Flanders Tomorrow Tour e, este ano, afirmou-se de vez. 2º no GP Cerami, 4º no Paris-Roubaix sub-23, 6º na Liege-Bastogne-Liege sub-23 e 7º no Olympia’s Tour. Entre os elites, correu, no final da época, a Super 8 Classic, e foi 4º batido apenas por Mathieu van der Poel, Anthony Turgis e Florian Vermeersch.



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