A União Ciclista Internacional actualizou hoje a lista suspensos provisoriamente e o destaque vai para 2 nomes bem conhecidos dos portugueses. Amaro Antunes e João Benta foram indiciados por uso de “métodos proibidos e/ou uso de substâncias proibidas”, não tendo sido referido uma data de recolha da amostra.
Geralmente, quando a UCI aplica uma suspensão provisória por estes motivos, deve-se a valores anómalos no passaporte biológico. E recuando um pouco no tempo, todas as suspensões provisórias que se vieram a efectivar tendo previamente esta descrição resultaram em suspensões efectivas de 4 anos, veja-se os casos de Stefan Denifl, Domingos Gonçalves, Raul Alarcon, Edgar Pinto e, mais recentemente, João Rodrigues (suspenso por 7 anos na prática, mas por 4 anos devido a estas razões).
Tanto Amaro Antunes como João Benta são neste momento dois ex-corredores, Amaro Antunes comunicou dia 16 de Janeiro que terminava a carreira como profissional através do Instagram, apontando como motivos “o falecimento precoce da minha mãe e o processo crime “Prova Limpa”, dizendo ainda que isso fez com que “perdesse toda a motivação e o gosto pelo treino, indispensáveis para enfrentar mais uma época na plenitude das minhas capacidades.”. O antigo ciclista da CCC tinha contrato com a ABTF Betão-Feirense para 2023, onde se antevia fazer uma dupla perigosa com António Carvalho no ataque à Volta a Portugal.
Já relativamente a João Benta, tinha previsto representar a Efapel Cycling em 2023, formação comandada por José Azevedo. Anunciou dia 4 de Janeiro através do Facebook que “Sem novas cores para anunciar, fruto da atempada renovação com a EFAPEL Cycling, torno por este meio pública a minha intenção de colocar uma pausa na minha carreira. Após uma reflexão pessoal e familiar e com total apoio da minha equipa, entendo não ter reunidas as condições anímicas que pretendo para estar ao nível que me vim habituando ao longo dos últimos anos”. João Benta tem 36 anos e foi 5º classificado na Volta a Portugal em 2018 e 2020.