Está na hora da Grandes Voltas e do Giro d’Itália! Dia 4 de Maio de 2024 arranca a 107ª Volta a Itália, na região de Piemonte, num começo mais difícil que o habitual. A primeira etapa começa em Venaria Reale para terminar em Turim, um dia com 3 contagens de montanha, incluindo o Colle Maddalena (6,1 kms a 7,4%) situado na parte final. Logo no segundo dia, primeira chegada em alto, no Santuario di Oropa (11,8 kms a 6,2%), um local recordado pela grande vitória de Tom Dumoulin em 2017. A chegada a Fossano deverá marcar a primeira batalha dos sprinters, naquela que será a despedida de Piemonte.



Ao quarto dia, a chegada a Andora, deverá ser mais uma oportunidade para os sprinters, tendo o Capo Mele mesmo antes da chegada, um cheirinho a Milano-Sanremo. Lucca deverá voltar a ver os homens rápidos brilhar, antes do regreso muito aguardado do sterrato ao 6º dia. Etapa não muito complicada, com 11,6 quilómetros de sterrato (3 setores) nos derradeiros 50 quilómetros e o setor mais longo a ter menos de 5 quilómetros. Antes da montanha aparece o primeiro contra-relógio, 30 quilómetros planos, antes de 7 em subida, não muito pronunciada. Segue-se um dia muito complicado, terreno difícil de controlar e mais uma chegada em alto, esta em Prato di Tivo (14,6 kms a 7%), uma subida bastante conhecida devido à sua presença no Tirreno-Adriático. A primeira semana termina com uma etapa plana e chegada a Nápoles.

Regressados do dia de descanso, os ciclistas têm logo pela frente a montanha e a chegada da cordilheira dos Apeninos, com final em Bocca della Selva (17,9 kms a 5,6%). Seguem-se 3 etapas relativamente planas, com as chegadas a Francavilla al Mare e Cento a serem praticamente garantidas para todos os sprinters. Pelo meio, a etapa de Fano tem um terreno ondulante, pequenas subidas, que pode afastar alguns dos homens rápidos da luta. A 14ª etapa marca o regresso da luta contra o cronómetro, mais um contra-relógio individual, este totalmente plano e de 31 quilómetros. A segunda semana termina com a etapa mais dura deste Giro 2024. Maratona de 220 quilómetros e 5200 metros de desnível acumulado positivo. Final em terreno suíço com duas montanhas encadeadas: Forcola di Livigno (18 kms a 7,1%) e Mottolino (8,1 kms a 6,6%).

Livigno será o palco do dia de descanso e da partida da 16ª etapa. 202 quilómetros a abrir a última semana, com o Passo dello Stelvio (20,2 kms a 7,2%) ainda no primeiro terço. A Cima Coppi deste Giro antecede um longo vale que leva ao Passo Pinei (23,4 kms a 4,7%) e Monte Pana (7,6 kms a 6,1%). Não há tempo para descanso com mais uma grande etapa de montanha no dia seguinte! 159 quilómetros e 4100 metros de desnível acumulado positivo, com um total de 5 contagens de montanha. Os ciclistas ou sobem ou descem nesta etapa, com dupla passagem pelo Passo Brocon por vertentes diferentes (13,3 kms a 6,5% e 12,2 kms a 6,4%) a marcar o final.



Pequena paragem na dureza com uma etapa para os sprinters ao 18º dia e uma para, possivelmente a fuga, ao 19º dia. Dia de média montanha, com subidas não muito duras a anteceder o grande espetáculo da 20ª etapa. Tudo para decidir no Monte Grappa (18,2 kms a 8,1%), uma subida a ser ultrapassada não uma mas sim duas vezes! O final não será no topo da subida mas sim em Bassano della Grappa, após 20 quilómetros de descida. O Giro d’Itália termina com uma etapa totalmente plana na capital Roma.

Este é uma Volta a Itália com um percurso bastante variado. A Grande Volta italiana continua a ser a prova que mais segue as raízes do ciclismo, com longas etapas e a manter a tradição do contra-relógio. 8 etapas de montanha, incluindo 6 chegadas em alto, dois longos contra-relógios individuais, num total de 70 quilómetros de contra-relógio e 7/8 etapas para os sprinters, algo não muito habitual no Giro. Existem etapas longas, muitas horas em cima da bicicleta capazes de fazer estragos no pelotão, no entanto sentimos a falta das verdadeiras etapas de média montanha italianas, no constante rompe-pernas.




Percurso do Giro d’Itália 2024:

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