ABTF Betão – Feirense

Os comandados de Joaquim Andrade voltam a ser liderados por António Carvalho, um ciclista que mostra sempre a sua melhor versão na Grandíssima. Aos 34 anos, Carvalho conta já com 7 top-10, incluindo dois pódios, o último deles na temporada passada quando foi 3º.

Afonso Eulálio vem de fazer 2º no Troféu Joaquim Agostinho, onde venceu no Montejunto. O jovem de 22 anos continua a sua evolução, tem sido um ciclista muito regular e, em Espanha, já foi 5º na Vuelta as Astúrias. Oscar Cabedo completa o bloco principal da montanha. Para os sprints, a aposta deve recair em Fábio Costa, um sprinter muito completo, essencial para bilhar em Portugal. Pedro Silva deverá ser o seu lançador. Fábio Oliveira e Diogo Gonçalves completam o elenco.




APHotels & Resorts / Tavira / SC Farense

As peças principais do bloco da equipa algarvia mantêm-se. O experiente Délio Fernandez parte como líder, no ano passado teve um dia menos positivo, no entanto venceu na Torre e foi 2º na Senhora da Graça. Com muita experiência acumulada sabe o que é preciso para lutar pelos primeiros lugares e pelas etapas mais difíceis. Este é o grande objetivo da temporada, o galego raramente falha nestes momentos.

Afonso Silva é um nome a ter em conta para a média montanha, o jovem português atingiu um nível mais elevado este ano (4º nos Nacionais e na Volta ao Alentejo). Álvaro Trueba é um dos mais fiéis gregários, sabe o que fazer na alta montanha, um ciclista muito interessante. Ruben Simão e Diogo Barbosa são ciclistas a trabalhar numa primeira fase das etapas, até à média montanha. Para os sprints, Francisco Campos é um dos ciclistas mais completos, adapta-se a várias situações e com Miguel Salgueiro podem formar uma dupla perigosa.

Aviludo – Louletano – Loulé Concelho

Sempre muito discreto, o pequeno Jesus del Pino é o nome a ter em conta para a classificação geral, ele que fez top-10 nas últimas duas edições. O espanhol é um ciclista muito combativo e tem um bom apoio para a montanha. David Dominguez revelou-se no GP Douro Internacional e quer confirmar a sua evolução, Gaspar Gonçalves, Daniel Viegas e Carlos Oyarzun já conhecem muito do ciclismo nacional. Não nos admirávamos de ver estes nomes em fugas, são, também eles, corredores completos e muito ofensivos

Resta falar do perigoso duo argentino. Tomas Contté é a aposta principal para as chegadas mais planas, o sul-americano é um ciclista muito rápido e ainda lhe falta ganhar na Volta a Portugal, apesar das várias participações. German Nicolás Tivani é um corredor bem mais completo, sobe bem e tem uma excelente ponta final, já com experiência de ProTeams pode conseguir alguns bons resultados.

 

Burgos – BH

A equipa espanhola é presença já habitual e com resultados interessantes na prova portuguesa, fruto da sua combatividade. Ander Okamika é já um trepador competente, foi 10º no recente Tour of Qingahi Lake. David Delgado é outro trepador interessante que deu, em 2024, o salto para o profissionalismo.

Alejandro Franco e Karel Vacek conseguiram terminar entre os melhores do Troféu Joaquim Agostinho, são ciclistas mais explosivos. Ángel Fuentes será, essencialmente, um gregário. O campeão da Guatemala Sergio Chumil é um autêntico canivete suíço, sobe bem, tem uma boa ponta final, pode aparecer em diversas etapas. Óscar Pelegri conhece muito bem o pelotão nacional, é o sprinter de serviço.

 

Caja Rural – Seguros RGA

2024 tem sido um ano muito produtivo para a equipa espanhola em solo nacional. 10 vitórias no total e triunfos nas competições mais importantes excetuando a Volta ao Algarve. A aposta para a geral é Abel Balderstone, jovem que vem de vencer a complicada Clásica Terres de l’Ebre. Um dos bons trepadores de Espanha tem sido afetado por lesões, se estiver bem será um perigo. Jaume Guardeño já tem experiência de Volta a Portugal, apesar de jovem estreou-se na competição na época passada, vencendo a classificação da juventude.

Michal Schlegel faz de tudo um pouco, um ciclista muito completo. Javier Ibañez inicia o seu estágio e Julen Arriola-Bengoa será um ciclista de muito trabalho, principalmente, nas etapas planas. Daniel Babor é um dos principais sprinters presentes, o checo já sabe o que é ganhar na Volta a Portugal e regressa, novamente, com o seu lançador Tomas Barta.




Credibom / LA Alumínios / Marcos Car

Mais uma temporada e mais uma vez a equipa de Hernâni Broco é composta totalmente por ciclistas lusos. Em relação a anos anteriores, a equipa é mais experiente, com as incorporações de Luís Fernandes e Emanuel Duarte, dois trepadores de qualidade. Duarte venceu o GP O Jogo e foi 7º no GP Beiras e Serra da Estrela, deverá ser o líder.

Alexandre Montez foi 3º na Volta a Portugal do Futuro deste ano, uma presença assídua nas Seleção Nacional que continua a sua evolução para se afirmar no pelotão nacional. João Medeiros e João Macedo são outros dois jovens trepadores talentosos. Gonçalo Leaça é dos mais experientes, um ciclista completo. Rodrigo Caixas é a aposta para as chegadas rápidas.

 

 

Efapel Cycling

A equipa de José Azevedo não tem tido a melhor relação com a Volta a Portugal, quererá mudar isso certamente. Henrique Casimiro é um dos líderes, 6º na edição passada, depois de ter sonhado com o pódio até ao final. Aos 38 anos, o português focou a temporada a pensar nesta competição. Abner González é o outro líder definido, 5º no Troféu Joaquim Agostinho e 3º na Volta ao Alentejo. Já sabe o que é correr a Grandíssima, venceu a juventude e foi 6º em 2021.

O bloco de montanha é um dos mais fortes da competição, com Joaquim Silva, Tiago Antunes e Keegan Swirbul a serem gregários muito importantes. Apesar de tudo, não os descartamos de ver em fugas, são ciclistas combativos. Tiago Antunes pode ser um perigo nas etapas de média montanha devido à sua boa ponta final. Alesandr Grigorev e Pedro Pinto terão muito trabalho pela frente para proteger os seus líderes, com o russo a poder aparecer nos contra-relógios.

 

Equipo Kern Pharma

Uma das 4 ProTeams espanholas presentes em competição e que vê com ambições. Acreditamos que o líder seja José Felix Parra, um trepador bastante competente que já soma alguns top-10 este ano. Jon Aguirre e Iñigo Elosegui serão os principais apoios do espanhol na montanha, eles que já sabem o que é fazer a Volta a Portugal. Muita atenção a Elosegui para os contra-relógios.

Os irmãos Unai e Hugo Aznar devem destacar-se nos contra-relógios. Miguel Angel Fernandez é o sprinter da equipa, no ano passado esteve perto de vencer na Grandíssima. Pablo Carrascosa inicia, aqui, o seu estágio na equipa profissional, teve bons resultados em provas por etapas no calendário amador espanhol.

 

 

Euskaltel – Euskadi

Depois do brilharete da temporada passada, com pódio da geral e vitória em etapa, a equipa basca vem à procura de mais. O bloco de montanha é bastante sólido e, à partida, não trazem um líder definido. Apesar de tudo, apostamos em Joan Bou para a principal peça da equipa, um ciclista que sobe muito bem e também se defende no contra-relógio. Os veteranos Mikel Bizkarra e Luis Ángel Maté serão apoios importantes e, ao mesmo tempo, não podem ser descartados de vencer as etapas mais duras, tal como Maté fez e 2023 na chegada à Guarda.

James Fouché foge à regra e é o único não espanhol presente, um corredor muito combativo. Para as chegadas em pelotao compacto, a formação basca tem duas opções que já estão habituadas a correr em Portugal, Andoni López de Abetxuko e Xavier Cañellas, dois sprinters que passam bem a média montanha. Asier Etxeberria completa o elenco da equipa.




GI Group Holding – Simoldes – UDO

Mais uma temporada com Luís Gomes a ser o líder da equipa de Manuel Correia, um ciclista que tem feito por merecer isso num projeto com grande foco também nos jovens. A sua capacidade para ultrapassar a média montanha e ir às bonificações graças à ponta final é incrível, o objetivo passa por ganhar uma etapa, tal como em 2019, 2020 e 2022. Está a fazer uma temporada muito regular, como é seu apanágio. Rui Carvalho e Francisco Guerreiro serão importantes no apoio a Luís Gomes

Miquel Valls foi contratado para a Volta a Portugal, um combativo que estava na CCL-Matdiver-Anastácio Mendes & Mendes e já tem experiência do pelotão nacional. O elenco é composto por 3 jovens: André Ribeiro, Andrey Braguini e Noah Campos. De todos eles, Campos é quem está mais evoluído, este ano já venceu na Volta a Portugal do Futuro e vem de ser campeão nacional sub-23.

Illes Balears Arabay Cycling

Liderada pelo ex-ciclista Daniel Navarro, a formação espanhola vem focada em vencer etapas. Alex Molenaar é o ciclista que mais garantias pode dar. O neerlandês é um perigo em etapas com alguma dificuldade, fruto da sua capacidade de ultrapassar as subidas e da sua forte ponta final. Vejamos o que fez no GP Beiras e Serra da Estrela. Para as chegadas mais planas, o sprinter deve ser Sergi Darder.

Julen Amezqueta era, em tempos, um bom trepador do calendário espanhol. Tornou-se um ciclista de trabalho no entanto, numa equipa sem um grande ciclista de montanha pode ser o destaque. Unai Esparza, José Maria Garcia, Andrew Vollmer e Joan Albert Riera completam o elenco, devem ser ciclistas que podemos ver nas fugas.

 

Petrolike

Pela primeira vez em solo nacional, a equipa mexicana tem tudo para ser um dos destaques da competição. Jonathan Caicedo vem do World Tour, esteve 5 anos na EF Education, onde até chegou a vencer no Giro. A regularidade não é o seu ponto forte, se quiser estar na discussão da Volta tem de ser uma constante entre os melhores. Vem de bater ciclistas World Tour no Sibiu Tour.

Diego Camargo também esteve na EF Education, 3 temporadas. Mais um excelente trepador, foi 2º na recente Volta a Colombia. Cristian Rico, Edison Santos e Edgar Cadena são bastante jovens, ao estilo sul-americano têm características de trepadores. Omar Mendoza será o capitão na estrada, muita experiência aos 34 anos. Cesar Macias tentará aparecer nas chegadas ao sprint.

 

 

Project Echelon Racing

Uma equipa norte-americana, composta somente por norte-americanos. Quem se lembra de Scott McGill? Pois é, o sprinter que venceu duas etapas na Volta a Portugal de 2022 está de regresso e quer voltar a erguer os braços na Grandíssima. Já esteve em Portugal este ano, no Alentejo, onde esteve perto de vencer. Stephen Bassett será o seu lançador, mais um ciclista experiente.

Veremos do que é capaz Tyler Stites, um ciclista bastante completo, que passa bem a montanha e com uma boa ponta final. Tem sido dos mais regulares no calendário americano nas últimas épocas, a espaços tem corrido e ganho experiência na Europa. Hugo Scala Jr, Richard Arnopol, Samuel Boardman e Zach Gregg completam a equipa, corredores sem grandes resultados a nível de elites.




Rádio Popular – Paredes – Boavista

Uma equipa renovada e que aposta em Hélder Gonçalves para a classificação geral. Liderados pelo Professor José Santos, os boavisteiros têm no jovem de 24 anos um enorme talento à procura do primeiro top-10 na Volta a Portugal, algo que já esteve perto de acontecer em 2023. Tiago Leal tem sido um dos ciclistas mais regulares da temporada, já com 3 top-10 em classificações gerais, um trepador em clara afirmação. Francisco Peñuela faz de tudo um pouco, o venezuelano será um ciclista a ter em atenção desde as chegadas ao sprint até às etapas mais complicadas. Para as etapas mais planas, vereoms se João Martins terá a sua oportunidade.

Já com muitos anos de xadrez vestido, César Fonte e Hugo Nunes voltam a marcar presença. O Imperador vai fazer a 14ª Volta a Portugal da carreira, um ciclista muito combativo que dá sempre muito à equipa em todas as provas. Hugo Nunestem um espírito super combativo e será sempre um dos candidatos à classificação da montanha. Raúl Rota completa a equipa.

 

Sabgal / Anicolor

Conseguirá a equipa de Ruben Pereira voltar a recuperar a coroa da Volta a Portugal? Mauricio Moreira venceu em 2022 e no ano passado teve uma quebra importante na Serra da Estrela. O uruguaio chega com motivação para voltar à ribalta, num ano em que não correu  muito mas onde terminou sempre no top-5 final. Não é um puro trepador, vai tentar minimizar na montanha para rematar no contra-relógio. A aposta mais segura é Artem Nych. Já com um ano e meio de adaptação, o russo foi 4º no ano passado e, este ano, venceu o GP Beiras e Serra da Estrela, GP Abimota, foi 2º no GP Douro Internacional e 3º no Troféu Joaquim Agostinho.

A principal incógnita é Frederico Figueiredo. O português fraturou o rádio no pulso esquerdo nos Nacionais e não corre desde então, o que pode ser fatal para os primeiros dias de competição, já que a montanha aparece bem cedo. André Carvalho será um gregário para diversos terrenos, tal como Luís Mendonça que, para além disso, deve aparecer nas chegadas ao sprint. Rafael Reis é um dos melhores roladores do nosso pelotão e com Julius Johansen podem formar uma dupla muito perigosa nesse tipo de terreno.

 

Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua

Um ano depois, podemos aplicar o mesmo lema: em equipa que ganha (quase) não se mexe. 2 etapas em 2022, 3 etapas em 2023, serão 4 etapas em 2024? 6 dos 7 ciclistas da temporada passada voltaram a ser convocados, a única novidade é César Martingil. O grande foco voltam a ser os sprints, com João Matias e Leangel Liñarez a dividirem as atenções, têm feito uma dupla muito perigosa ao longo da temporadas. A adição de Martingil vem tornar este comboio ainda mais perigoso. A capacidade roladora de Angel Sanchez e Francisco Morais será importante nos quilómetros finais.

Para as etapas mais duras, Bruno Silva e Gonçalo Carvalho são as peças. O mais experiente dos dois – Bruno Silva – já sabe o que é vencer a classificação da montanha, até pode voltar a tentar este ano, continua a subir muito bem. Gonçalo Carvalho também terá as suas oportunidades em fugas e, quem sabe, focar-se numa classificação secundária.

 

Team Vorarlberg

Um ano depois, a equipa austríaca volta para defender o seu título. Olhando para a temporada, Colin Stussi apontou a Volta a Portugal como o grande objetivo, tem vindo em crescendo de forma ao ser 13º na Volta a Áustria. Apesar de tudo, chega com menos ritmo que na temporada passada no entanto já conhecemos aquilo que o helvético é capaz de fazer na alta montanha. O apoio para a montanha está longe de ser o ideal, FelixStehli e Jannis Peter são os principais gregários.

Lukas Ruegg poderá destacar-se nos contra-relógios e, quem sabe, nas chegadas ao sprint. Alexander Konychev era, noutros tempos, um bom velocista, algo que tem vindo a fugir nos últimos anos. Já com várias temporadas no World Tour, o italiano nunca confirmou o potencial que demonstrou nos escalões mais jovens.



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