W52-FC Porto

A equipa dominadora na Volta a Portugal nos últimos anos chega com um bloco bastante habituado a estas andanças. Teoricamente atacará a geral com João Rodrigues, vencedor em 2019, e Amaro Antunes, 2º em 2017, no entanto o lote tem tanta qualidade que também Rui Vinhas, Gustavo Veloso e Ricardo Mestre já ganharam a prova.

Olhando para o percurso, não há muitas etapas onde a equipa possa atacar de longe, colocando as outras equipas em xeque. A jornada da Senhora da Graça será ainda mais dura se for atacada de início, mas ainda haverá desconfiança no que toca à condição física de cada ciclista. A Efapel parece disposta a assumir as rédeas da corrida, daí que a atitude da W52-FC Porto pode ser atacar cada vez que haja essa janela de oportunidade. Daniel Mestre e Samuel Caldeira dividirão responsabilidades nas etapas ao sprint.



 

Burgos BH

A formação espanhola vem com a dupla portuguesa composta por Ricardo Vilela e José Neves. Ricardo Vilela tem no 6º posto de 2014 o melhor resultado na Volta a Portugal e estará a ambicionar o top 10, José Neves fará aqui a sua estreia na prova, ele que já ganhou o Troféu Joaquim Agostinho.

Será uma equipa certamente muito combativa, isso está no ADN de Jesus Ezquerra, Diego Rubio (ambos com passagem por equipas portuguesas) e de Angel Madrazo (vencedor de 1 etapa na Vuelta). Poderá ser das equipas com a camisola da montanha em mente e Willie Smit por vezes intromete-se nos sprints. Juan Filipe Osorio é um trepador competente e já tem a experiência da Volta nas pernas.

 

Caja Rural – Seguros RGA

Um lote interessante de ciclistas, para a montanha destaca-se Cristian Rodriguez, que fez 13º na Vuelta a Burgos e 9º na Volta a Hungria, o espanhol de 25 anos estará aqui a recuperar a Vuelta, faltam 3 semanas e a condição física já deverá ser boa. Hector Saez ganhou em Bragança em 2019 e vai querer repetir o feito, as oportunidades das fugas não devem ser muitas.

Jon Irisarri é mais um ciclista combativo e que deve querer integrar as fugas. Tendo em conta que a classificação da juventude tem uma participação tão restrita, Oier Lazkano é um nome a ter em conta.

 

 

NIPPO DELKO One Provence

Das formações mais interessantes aqui presente. Primeiro destaca-se o regresso de Delio Fernandez, não só a Portugal, como a uma corrida onde já foi muito feliz, tanto Delio Fernandez como José Manuel Diaz terão liberdade para lutar pelo top 10.

Mauro Finetto é um bom puncheur que deve estar a esfregar as mãos ao olhar para a chegada a Viana do Castelo. Temos expectativas naquilo que o eritreu Mulu Hailemichael pode fazer. Por fim, Riccardo Minali é um forte candidato a ganhar 1 jornada ao sprint, o italiano já esteve no World Tour e já soma 2 vitórias na carreira.




 

Rally Cycling

É sempre uma pequena lotaria tentar adivinhar o melhor elemento da equipa norte-americana na classificação geral. Ainda assim, Keegan Swirbul é um nome muito perigoso para a classificação geral, no ano passado fez top 10 em quase todas as provas por etapas com montanha em que entrou e recentemente foi 9º no Troféu Joaquim Agostinho. Gavin Mannion também está em boa forma e com bons resultados internacionais, tendo sido 10º na Settimana Coppi e Bartali.

Há aqui outros bons trepadores, Nathan Brown já representou a EF Pro Cycling, enquanto Rob Britton ocasionalmente surpreende. Kyle Murphy é inconsistente e tem uma boa ponta final que pode surpreender em grupos restritos.

 

Team Arkéa Samsic

Sem dúvida a formação francesa vem a Portugal à procura de vitórias em etapa. Um dos sprinters mais conhecidos aqui presente é Dan McLay e ainda por cima o comboio que aqui traz, composto por Christophe Noppe e Bram Welten, é bastante poderoso, muito cuidado com este trio.

Anthony Delaplace é um puncheur já com muita experiência e traquejo, sendo que Matias Louvel é um jovem trepador, ainda com uma boa margem de progressão.

 

 

 

Atum General/ Tavira/ Maria Nova Hotel

A equipa algarvia está com plena confiança após o triunfo conquistado por Frederico Figueiredo no Troféu Joaquim Agostinho, a táctica foi perfeita e o talentoso trepador português, 5º na Volta em 2018, somou um brilhante triunfo. Alejandro Marque continua a ser uma alternativa interna e um elemento muito importante e Aleksandr Grigorev já mostrou grande potencial, mas precisa de ser muito mais consistente.

Nota positiva para David Livramento, que está a deixar o seu calvário de lesões para trás. César Martingil terá as suas oportunidades nas chegadas ao sprint.

 

 

Aviludo-Louletano

Bloco bastante forte montado em redor de Vicente Garcia de Mateos, que há cerca de 1 mês foi medalhado de bronze nos Nacionais espanhóis, um resultado de alto nível. Mateos já ganhou um total de 6 etapas em várias edições da Volta e terminou no pódio em 2018 e 2017. O alinhamento é muito experiente e conta com David de la Fuente, Márcio Barbosa e Jesus del Pino, para além de Nuno Meireles e Sergey Shilov, que é uma verdadeira caixinha de surpresas.

João Matias, o puro sprinter da equipa, completa o alinhamento. O ciclista português deverá ter 2 oportunidades durante a competição, veremos se conta com a ajuda de Shilov, que também é bastante explosivo.

 




Efapel

Joni Brandão volta a ser a aposta da equipa de Ovar, esta que se reforçou bastante para esta temporada tendo em vista a competição. O português de 30 anos já esteve perto da vitória por 3 vezes mas o lugar mais alto do pódio tem-lhe fugido.

Terá que ganhar o máximo de tempo possível na montanha pois sabe que no contra-relógio final há ciclistas mais fortes. António Carvalho será o seu braço direito e nunca pode ser descartado da luta pela vitória pois qualidade não lhe falta. Em César Fonte e Tiago Machado, a equipa tem dois ciclistas muito experientes para ajudar em qualquer tipo de terreno. Luís Mendonça e Rafael Silva devem dividir as oportunidades nas poucas chegadas rápidas, eles que também se adaptam a finais duros. Sérgio Paulinho será o “comandante” da equipa.

 

Feirense

A equipa comandada por Joaquim Andrade partirá com o objetivo de vencer uma etapa. Rafael Reis terá grandes oportunidades a abrir e a fechar, no prólogo de Fafe e no contra-relógio de Lisboa. A outra grande esperança é Oscar Pelegri, sprinter que passa bem as dificuldades e que se tem mostrado bem desde a retoma.

De Jesus Carretero, Fábio Oliveira, Gonçalo Amado, Bernardo Saavedra e António Ferreira é esperada muito combatividade e não descartemos de os ver na luta pela classificação da montanha.

 

 

Kelly/ InOutBuild/ Oliveirense

Fortemente reforçada para atacar 2020, a equipa de Oliveira de Azeméis está a ser um dos destaques da curta temporada. Luís Gomes venceu a Clássica da Primavera e fez 2º no recente Troféu Joaquim Agostinho. Vencedor de uma etapa e da classificação da montanha no ano passado, o português chega à Volta a Portugal em grande forma e pronto para repetir a façanha.

Henrique Casimiro é a aposta para a classificação geral, vários são os top-10 que acumula, sempre em anos que tinha que trabalhar para os seus líderes, veremos o que faz agora quando é líder. Venceslau Fernandes é dos poucos da equipa que já fez a Volta a Portugal, o que é sempre importantes. O campeão nacional sub-23 Fábio Costa deverá intrometer-se nas chegadas rápidas, numa equipa completa por Venceslau Fernandes, Pedro Miguel Lopes e José Sousa.

 

LA Alumínios/ LA Sport

Não será fácil repetir o feito do ano no entanto Emanuel Duarte está pronto para a luta. Tem vindo em crescendo, nas poucas provas realizadas, o que demonstra o que trabalho está a ser bem feito. Nova classificação da juventude é possível.

Bruno Silva é um poço de experiência, ainda sobe relativamente bem e é muito combativo. Combatividade é o que não falta à equipa de Hernâni Brôco, que conta com André Ramalho, David Ribeiro e Marvin Scheulen como setas apontadas para as fugas. Gonçalo Leaça e Miguel Salgueiro são dois ciclistas rápidos, que adoram finais ligeiramente duros.

 




Miranda-Mortágua

Joaquim Silva regressa a casa para liderar o projeto da equipa de Pedro Silva. O português tem estado discreto, mas costuma ser assim, aparecendo depois em grande na Volta. Era um gregário de luxo que conseguia partir o pelotão com o seu ritmo por isso é com expectativa que vemos o português a liderar um projeto. Terá que ganhar bastante tempo na montanha se quer um bom resultado.

Hugo Sancho ainda continua a ser um corredor com muita qualidade, apesar dos seus 38 anos. Gaspar Gonçalves e Angel Sanchez serão os restantes apoios quando o terreno inclinar. Para as chegadas rápidas, Daniel Freitas e Leangel Liñarez deverão dividir as oportunidades, com o português a preferir dias mais duros. Pedro Pinto faz a sua estreia.

 

Rádio Popular Boavista

A formação axadrezada volta a apresentar um bloco muito forte para a Volta a Portugal. João Benta volta a partir como líder e quererá melhorar o 6º lugar das últimas duas edições. Vem em boa forma, algo que também foi evidente em Gonçalo Carvalho e Luís Fernandes, outros dois bons trepadores que se mostraram bem no Troféu Joaquim Agostinho.

Alberto Gallego, Daniel Silva, Hugo Nunes e David Rodrigues completam o “sete” numa equipa composta somente por trepadores/ciclistas completos, todos eles com resultados evidentes no ciclismo nacional.

 

 

Equipa Portugal

Alguns anos depois, a Seleção Nacional está de regresso à Volta a Portugal. Se na altura foi com corredores mais experientes, agora José Poeira convocou, apenas, ciclistas sub-23.

André Carvalho, Pedro Andrade e Diogo Barbosa são os “estrangeiros”, sendo que o primeiro é aquele que melhor deve andar, não só por ser o mais experiente, mas também por já ter algum ritmo de competição. Cuidado com o jovem de 22 anos para algumas chegadas.

O líder da Taça de Portugal Daniel Dias também estará presente, numa equipa onde também constam João Salgado, Francisco Guerreiro e João Carvalho.

 

Foto: João Fonseca


 

By admin