AG2R La Mondiale
Tendo em conta que não há assim tantos nomes sonantes assim para a classificação geral, quem sabe se Tony Gallopin não vem com o pensamento no top 10. O francês já foi 11º na Vuelta, onde apresentou talvez o seu melhor nível de sempre em Grandes Voltas. Larry Warbasse, Ben Gastauer e Francois Bidard são trepadores razoáveis que estarão ao lado do francês.
Estamos muito curiosos para ver o que fazem Geoffrey Bouchard (o surpreendente vencedor da classificação da montanha na Vuelta 2019), Jaakko Hanninen (medalhado de bronze nos Mundiais sub-23 em 2018) e Aurelien Paret-Peintre (com excelentes resultados em sub-23 e que está a fazer a sua melhor temporada de sempre). Andrea Vendrame não é um sprinter puro, mas tem uma boa ponta final e pode fazer alguns top 10.
Previsão: Está a ser a época revelação para muitos ciclistas, Aurelien Paret-Peintre para ganhar 1 etapa.
Androni Giocattoli – Sidermec
Claramente a equipa mais débil da Androni nos últimos anos. Estranhamente Gianni Savio deixa de fora nomes bem sonantes como Manuel Belletti, Francesco Gavazzi, Luca Pacioni (sprinters) e Davide Gabburo e Miguel Angel Florez.
Em relação aos que estão, Jhonatan Restrepo é quem dá mais nas vistas, um ciclista com experiência de fugas em Grandes Voltas, que já foi protagonista e que é um bom finalizador em grupos restritos. Simon Pellaud é um ciclista poderoso, Josip Rumac sagrou-se recentemente campeão croata e Jefferson Cepeda é o grande joker, 9º classificado na Volta a França do Futuro em 2019.
Previsão: Falta aquele “punch” desta vez à formação de Gianni Savio, Simon Pellaud vai dar muito nas vistas, Restrepo vai tentar, mas nada mais.
Astana Pro Team
Não é surpreendente que a Astana apresente boas equipas nas Grandes Voltas, mas esta sobressai. Jakob Fuglsang tem feito uma preparação muito cuidada e ponderada, certificando-se que não está em forma antes de tempo e o que mostrou nos Mundiais foi muito bom. Aos 35 anos o dinamarquês sabe que é agora ou nunca, ele que tem como melhor resultado numa prova de 3 semanas o 7º posto no longínquo Tour de 2013.
Na sua estreia em Grandes Voltas o jovem talento russo Aleksandr Vlasov é um nome a ter em conta e não seria descabido um pódio. Fez 3º no Giro di Lombardia e 5º no Tirreno-Adriatico, tem sido uma estreia fulgurante no World Tour para o vencedor do Baby Giro em 2018. Atenção a Vlasov na alta montanha. Miguel Angel Lopez virá aqui apenas no papel de gregário depois do Tour desgastante e Oscar Rodriguez será uma peça fulcral. Manuele Boaro e Fabio Felline são bons roladores e Felline nos seus melhores dias é um gregário de luxo, veremos o que ainda conseguem dar Rodrigo Contreras e Jonas Gregaard, chamados à última hora para substituir Vadim Pronskiy e Yuriy Natarov.
Previsão: Vlasov é superior na alta montanha a Fuglsang e fará top 5, com o dinamarquês talvez a fechar top 10, vão conquistar pelo menos 2 jornadas.
Bahrain-McLaren
Pello Bilbao terminou o Tour em grande forma, fez uns excelentes Mundiais e tendo em conta a concorrência é um bom candidato ao top 10 no final. Vencedor de 2 etapas em 2019 e 6º na geral em 2018, o espanhol adora o Giro e a preparação parece boa.
De resto a equipa é constituída por alguns bons trepadores, nomeadamente o consistente Hermann Pernsteiner, Domen Novak, Eros Capecchi e Mark Padun, um jovem talento que tem tido muitos problemas com lesões. Depois Enrico Battaglin e Jan Tratnik são 2 caixinhas de surpresas, Battaglin nos finais empinados e Tratnik numa fuga longa tendo em conta que o esloveno tem um motor enorme.
Previsão: Dependendo dos objectivos de Pello Bilbao, o espanhol vai fazer top 10 ou conquistar 1 jornada, veremos quais os planos.
Bardiani – CSF Faizané
Será preciso um conjunto de circunstâncias muito especial para a formação italiana ganhar 1 etapa, é de longe o alinhamento mais frágil que apresentaram no Giro nos últimos anos, apenas se destaca Giovanni Carboni e o sprinter Giovanni Lonardi, que vai tentar alguns top 10 nos sprints. De resto é uma questão de fugas e sobrevivência.
Previsão: Fugas, combatividade e um ou outro top 10 de Giovanni Lonardi.
Bora-Hansgrohe
Estreia de Peter Sagan no Giro, o eslovaco comprometeu-se com a organização e estará à espera dele um cheque chorudo, tanto que a ausência de um lançador e ciclistas da confiança de Sagan indica que a equipa está focada em Rafal Majka. O polaco andou bem no Tirreno-Adriatico, terminou no pódio e defendeu-se no contra-relógio, tem aqui uma chance de um grande resultado, recorde-se que foi 6º em 2019 no Giro e na Vuelta.
Para o ajudar tem os compatriotas Maciej Bodnar e Pawel Poljanski, da confiança de Majka e ainda Patrick Konrad, 7º no Giro em 2018, que não parece ter capacidade para muito mais e agora tem ajudado os seus líderes. Cesare Benedetti será o capitão de equipa, Patrick Gamper estreia-se em Grandes Voltas e cuidado com Matteo Fabbro, que aos 25 anos está na melhor fase da carreira até agora e tem dado nas vistas ultimamente.
Previsão: Rafal Majka parece muito sólido e encaminha-se para um top 5 com uma boa equipa à sua volta, a Bora ganhará 1 etapa, mas não por intermédio de Sagan, cansado do Tour e com Matthews como carrasco.
CCC Team
Mais uma vez a formação polaca vem caçar etapas, tal como no Tour, desta vez mais desfalcada. Ilnur Zakarin tentará através de fugas, tal como no Tour, mas como se viu em França, essas escapadas têm de ser em etapas com chegada em alto para que as debilidades a descer do russo sejam mitigadas. Victor de la Parte tem consistência para fazer um top-15 ao longo das 3 semanas, o espanhol não é muito de fugas e pode almejar um bom resultado à geral.
No entanto é preciso ter muito cuidado também com Attila Valter, recente campeão na Volta a Hungria, batendo alguns bons trepadores. Pavel Kochetkov parece longe do seu melhor, enquanto Joey Rosskopf é um perigo para os contra-relógios.
Previsão: Não é uma equipa que inspire confiança, Attila Valter pode dar nas vistas na montanha, mas sem glória.
Cofidis, Solutions Crédtis
Nada melhor do que curar a ressaca do Tour do que com um Giro. É esta a opinião de Elia Viviani após uma Grande Boucle muito decepcionante. O antigo campeão europeu perdeu o seu lançador Fabio Sabatini, que acusou positivo à COVID-19 e continua com Simone Consonni no comboio, que não tem muitas carruagens. Nos dias com montanha que Viviani não consiga ultrapassar, Consonni terá as suas chances.
Nicolas Edet é o melhor trepador da equipa e poderá andar na luta pela camisola da montanha, enquanto Nathan Haas dificilmente ganhará tendo em conta a concorrência que o australiano tem para os finais empinados. Completam o alinhamento Kenneth vanbilsen, Jesper Hansen, Mathias Le Turnier e Stephane Rossetto.
Previsão: Viviani perdeu uma carruagem do seu comboio e confiança com o Tour, dificilmente ganhará.
Deceuninck-QuickStep
Desde que chegou à equipa belga Fausto Masnada tem demonstrado outro nível e tem aqui uma enorme oportunidade após a queda de Remco Evenepoel. O italiano tem debilidades no contra-relógio e mesmo assim finalizou em 6º no Tirreno-Adriatico, sendo quase sempre capaz de acompanhar os melhores. James Knox também deu boas indicações nessa prova e já tem a experiência de ter corrido para a geral na Vuelta em 2019, onde fez 11º.
João Almeida alinha na sua primeira Grande Volta, é terreno completamente desconhecido para o português e veremos que planos tem. Caso perca tempo cedo, na condição física em que está, pode perfeitamente ganhar 1 etapa de montanha, também pode ir correndo para a geral e ver no que dá, pensando eventualmente na juventude. Para os sprints há Alvaro Hodeg (sprints puros) e Davide Ballerini (jornadas com alguma dureza), sendo que Iljo Keisse e Pieter Serry serão os capitães numa equipa com muita juventude, ainda havendo Mikkel Honore.
Previsão: Acreditamos no top 10 final de Fausto Masnada, que vai enfatizar a sua qualidade na alta montanha, João Almeida ganhará 1 tirada, tal como Davide Ballerini.
EF Pro Cycling
Um equipamento novo para uma formação com um alinhamento curioso. Falemos já de Ruben Guerreiro, na forma em que o ciclista português está, é bem possível uma vitória em etapa, o Ruben fez um Tirreno-Adriatico impressionante primeiro a trabalhar para Woods e depois numa fuga. Só que para isso poderá precisar de hipotecar um posto mais acima na geral e escolher bem os dias. A classificação geral deverá ficar a cargo do estónio Tanel Kangert, 11º na Vuelta em 2013 e que tem mostrado boas pernas ocasionalmente.
Depois será uma equipa de caça etapas, Simon Clarke é um perigo na média montanha por causa da sua ponta final e Lawson Craddock tem experiência para dar e vender em fugas e veremos ainda o que faz Jonathan Caicedo, que no início do ano foi 3º no Tour Colombia 2.1, os sul-americanos da equipa estão a andar bem.
Previsão: Tanel Kangert fora do top 10, mas à porta, entre Ruben Guerreiro e Simon Clarke a equipa ganhará 1 etapa.
Groupama-FDJ
Arnaud Demare ficou de fora do Tour e em troca tem aqui uma equipa praticamente escolhida a dedo no Giro. Konovalovas correu com Demare muito ultimamente e o comboio está intacto com Ramon Sinkeldam e Jacopo Guarnieri. O sprinter francês chega aqui com 10 vitórias desde o regresso à competição e com expectativas elevadas, é também um fortíssimo candidato à classificação por pontos.
O único homem directamente para a montanha é Kilian Frankiny, enquanto Benjamin Thomas é um todo o terreno que anda bem no contra-relógio (apenas perdeu para Cavagna nos Nacionais e foi 22º nos Mundiais), pode surpreender numa escapada.
Previsão: Será dos sprinters mais experientes e consistentes aqui na prova. Camisola por pontos e 1 ou 2 etapas para Arnaud Demare.
Israel Start-Up Nation
A equipa vem apenas com 1 trepador, de nome Daniel Navarro. O espanhol está muito longe do seu melhor e há mais de 1 ano que não faz um top 10. Depois para o sprint as opções são muitas, mas a atenção deverá estar virada para Davide Cimolai, no entanto o italiano em 7 participações em Grandes Voltas, e apesar de muitos top 10, nunca fez um pódio. Não nos admiraria que Rick Zabel e Rudy Barbier tivessem as suas oportunidades.
As maiores esperanças de conquistar uma jornada recaem sobre os contra-relogistas Matthias Brandle e Alex Dowsett, mas ambos terão de superar uma forte concorrência encabeçada por Victor Campenaerts e Geraint Thomas.
Previsão: Muitos top 10, tanto nos contra-relógios, como nas etapas ao sprint, mas vão sair de mãos vazias.
Lotto Soudal
Thomas de Gendt não é ciclista de desistir e vem para mais uma Grande Volta depois de um Tour onde foi melhorando após uma entrada a meio gás. É um conjunto de caça etapas, com Adam Hansen e Sander Armeé, 2 ciclistas que já ganharam em Grandes Voltas, e ainda Matthew Holmes, que triunfou em Willunga Hill em Janeiro.
Carl Frederik Hagen tem liberdade para lutar por um top 10 na geral nesta que é praticamente a última corrida com a camisola da Lotto-Soudal. Stefano Oldani faz a sua estreia em Grandes Voltas, enquanto o talento que é Harm Vanhoucke vai tentar uma surpresa num dia com montanha.
Previsão: Muita combatividade, por parte de toda a equipa, mas no final vão sair de mãos a abanar.
Mitchelton Scott
A formação australiana aposta quase tudo em Simon Yates. E é uma aposta justa, é um dos poucos vencedores de Grandes Voltas à partida e no Tirreno-Adriatico voltámos a ver a melhor versão de Simon Yates, terá sido demasiado cedo com uma prova de 3 semanas pela frente? Uma peça fundamental neste puzzle será Jack Haig, um gregário de luxo que poderia estar a liderar muitas equipas aqui presentes.
O foco é tal que a equipa não vem com sprinters, tendo Affini e Hepburn tanto para os contra-relógios, como para apoiar Yates no terreno plano. Cameron Meyer, Damien Howson e Brent Bookwalter têm experiência e polivalência para dar e vender, enquanto que Lucas Hamilton mostrou estar em excelente forma recentemente, é um talentoso trepador. Parece-nos o bloco mais sólido.
Previsão: O Simon Yates de 2018 está de volta e vai levar o Giro de vencida com o apoio de uma excelente equipa. O britânico está a voar na montanha e a defender-se bem no contra-relógio, vencendo uma etapa pelo caminho.
Movistar Team
Avisámos no final da temporada anterior que, tendo em conta o plantel, não seria uma temporada fácil para a Movistar. Com a aposta total no Tour e na Vuelta a equipa espanhola vem aqui com um alinhamento limitado e que aposta tudo em etapas. Os nomes mais óbvios para tal são Dario Cataldo e Davide Villella, 2 italianos que experiência em Grandes Voltas e com sucesso em provas de 3 semanas (Cataldo até já ganhou 2 etapas).
Antonio Pedrero e Hector Carretero foram 2 elementos importantes na vitória de Carapaz em 2019, mas ainda não parecem preparados para ganhar a este nível, Sergio Samitier é um jovem talentoso que fará a sua estreia neste tipo de provas, tal como Einer Rubio, 2º no Baby Giro em 2019. Eduardo Sepulveda e Albert Torres completam os 8 escolhidos.
Previsão: Muita liberdade, mas também muitas interrogações, um top 20 e pódios em etapa no máximo.
NTT Pro Cycling
Um dos plantéis mais fracos do World Tour apresenta aqui a equipa possível depois de um Tour já por si discreto. A maior cartada é Victor Campenaerts, o belga tem aqui 3 oportunidade de ouro para brilhar, a condição física é boa e só uma queda o impediu de fazer ainda melhor nos Mundiais, Campenaerts ainda nunca ganhou numa Grande Volta.
Seria muito bonito ver Domenico Pozzovivo de volta ao seu melhor, mas será capaz disso o italiano aos 37 anos. O problema é que se ficar afastado da geral entrar em fugas não é propriamente a sua especialidade. Louis Meintjes é um bom nome para um possível top 10, vem de um motivador 12º posto no Tirreno-Adriatico e é daqueles ciclistas que quanto mais montanha tiver pela frente melhor. De resto, é pena que Ben o’Connor esteja a milhas do nível apresentado em 2018.
Previsão: Apesar de ser muito complicado, senão impossível na forma em que está Ganna, seria muito bonito ver Victor Campenaerts finalmente ganhar numa Grande Volta numa fase em que a equipa procura patrocinadores. Top 15 para Meintjes.
INEOS Grenadiers
A formação britânica decidiu repartir os seus líderes e Geraint Thomas ficou com a responsabilidade da liderança no Giro, uma tarefa que parece estar à altura do britânico. É que Thomas fez um excelente Tirreno-Adriatico e depois nos Mundiais andou bem. O percurso é bom para ele por causa dos contra-relógios e tem de se focar é em manter em cima da bicicleta e fugir de confusões. A interrogação está em saber como Thomas irá lidar com as etapas com muito desnível, que são mesmo duríssimas no Giro.
A equipa de apoio é boa, com Salvatore Puccio e Filippo Ganna, novo campeão do Mundo de contra-relógio no terreno plano, enquanto Ben Swift e Rohan Dennis são polivalentes. Jonathan Castroviejo melhorou na montanha, Jhonatan Narvaez está em excelente forma e Tao Hart será o braço direito de Thomas na montanha. Se continuar ao nível apresentado em Imola, Ganna irá ganhar os 3 contra-relógios.
Previsão: Geraint Thomas teve uma boa preparação e vai voltar aos pódios nas Grandes Voltas, muito ajudado pelos contra-relógios e pelo bloco que tem em seu redor caso consiga ficar fora de quedas. Ganna vence pelo menos 2 dos contra-relógios, com o já referido Thomas a vencer também uma tirada.
Team Jumbo-Visma
Oportunidade de ouro para Steven Kruijswijk finalmente conquistar o que já pareceu tão próximo. Quem sabe se a queda do holandês no Dauphine não foi de certa forma uma bênção, chegando aqui mais fresco após falhar o Tour. No entanto, o calibre desta equipa está longe do apresentado no Tour para a protecção do 3º classificado do Tour em 2019. Kruijswijk estará altamente dependente de 2 jovens como Antwan Tolhoek e Tobias Foss na alta montanha, que pela sua juventude não dão garantias.
Ainda assim, o bloco é reforçado na média montanha por Chris Harper e Koen Bouwman e no terreno plano por Tony Martin e Jos van Emden, ambos capazes de bons resultados do contra-relógio.
Previsão: Um sólido top 5 para Steven Kruijswijk que é uma das incógnitas para este Giro.
Team Sunweb
Uma situação muito estranha a da formação alemã, que está em altas depois de um Tour incrível. Será liderada por 3 ciclistas que estão de saída, Wilco Kelderman deu bons sinais no Tirreno-Adriatico, o holandês foi 4º à geral e é um corredor consistente a 3 semanas, já tem 4 top 10 na carreira. Sam Oomen ainda não parece totalmente recuperado, mas se fizer alguma poupança e tiver cuidado na 1ª semana poderá ser muito útil a Kelderman a longo prazo.
Já Michael Matthews está em grande forma, como se viu nos Mundiais. O australiano finalizou no top 10 apesar dos mais de 5000 metros de desnível e é candidato a sair de Itália com mais de 1 vitória em etapa. Chad Haga e Martijn Tusveld são bons roladores, Nico Denz está em boa forma e é capaz de grandes exibições, enquanto Chris Hamilton e Jai Hindley sobem bem e são bons gregários para os homens da geral.
Previsão: Pelo menos 2 vitórias em etapa com Michael Matthews, sendo que Nico Denz também pode surpreender. Top 10 para Wilco Kelderman.
Trek-Segafredo
Será que o Tubarão de Messina ainda tem forças para dar uma dentada daquelas aos 35 anos? Como é habitual Vincenzo Nibali tem sido discreto na sua preparação de modo a estar a 100% na 3ª semana, apesar disso parece-nos uns furos abaixo de Thomas e Yates para já e veremos se não perde tempo decisivo. A grande vantagem de Nibali é que conta com uma equipa experiente e recheada de bons trepadores como são Gianluca Brambilla, Giulio Ciccone e Pieter Weening, será um dos blocos de montanha mais fortes aqui.
Ciccone é ciclista para lutar pelo top 10 caso Nibali tenha algum azar, dias consecutivos de montanha são a sua praia. Para o terreno plano a equipa tem Julien Bernardo, Antonio Nibali e Jacopo Mosca, aqui talvez falte alguma experiência, enquanto Nicola Conci está a andar bem e pode vir a ser útil a Nibali na montanha.
Previsão: 3º lugar do pódio para o Tubarão de Messina numa das últimas grandes oportunidades numa Grande Volta. Triunfo para Brambilla ou Ciccone.
UAE Team Emirates
Uma equipa de caça etapas que tem tudo para ter bastante sucesso. No departamento do sprint temos um Fernando Gaviria que é claro candidato, primeiro porque preparou especificamente esta prova ao contrário de Sagan ou Viviani, e segundo porque conta com Richeze e Molano, elementos fundamentais para o colombiano.
Diego Ulissi é sempre um nome a ter em conta para ganhar jornadas no Giro, já tem 6 ao todo na carreira e vem de vencer a Volta ao Luxemburgo. Valerio Conti é outro ciclista que já sabe o que é ganhar em Grandes Voltas e com triunfos recentemente, é de esperar uma mão cheia de fugas dele. Por fim, veremos o que faz o talentoso Brandon McNulty na sua estreia em provas de 3 semanas, antes da paragem estava em grande forma, mas não apresenta resultados desde então, entrará sem pressão para correr pela geral. Mikkle Bjerg tem tudo para fazer top 10 nos contra-relógios e Joe Dombrowski ajudar na montanha.
Previsão: Ulissi está em boa forma e vai voltar a ganhar, Fernando Gaviria tem um comboio muito bom e ganhará por 2 vezes.
Vini Zabù – KTM
Será a 14ª Grande Volta de Giovanni Visconti e o veterano italiano tem um registo impressionante a manter, até agora finalizou sempre 1 etapa dentro dos 6 primeiros, sendo que em 10 das 13 participações até agora fez mesmo 1 pódio, pelo menos. Visconti continua apostado em fugas e nunca se pode descartar na média montanha. Luca Wackermann é um corredor de 8 ou 80, está a subir melhor que nunca e a sua especialidade é finais em pequenos topos.
Edoardo Zardini continua bem longe do seu melhor e o resto da equipa estará somente dedicada a entrar em qualquer fuga.
Previsão: Giovanni Visconti já não tem a capacidade de outros tempos e assim torna-se complicado picar o ponto.
Tips do dia
Para a classificação geral:
- Tanel Kangert melhor que Hermann Pernsteiner -> odd 1,90 (stake 1)
- Attila Valter melhor que Harm Vanhoucke -> odd 2,00 (stake 1)
Para a classificação por pontos:
- Arnaud Demare no pódio da classificação -> odd 1,70 (stake 1)
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