AG2R Citroen Team

A formação do plantel para 2021 contemplou uma aposta declarada nas clássicas, por isso é normal que a equipa não traga ninguém para discutir a classificação geral. O foco estará em conquistar etapas através de uma fuga, especialmente na alta montanha. O homem rápido da equipa é Andrea Vendrame, um daqueles sprinters consistentes e que passa bem a média montanha. No entanto, não estamos a ver nenhuma circunstância em que Vendrame possa ganhar, mesmo existindo um grupo restrito (Sagan ou Bevin têm melhor ponta final).

Resta confiar nos trepadores da equipa e Geoffrey Bouchard é uma boa possibilidade. Rei dos trepadores na Vuelta em 2019 quando nada o fazia prever, vem de um 11º posto no Tour of the Alps, está a melhorar progressivamente. Tony Gallopin parece longe do seu melhor, as atenções estão também voltadas para Clement Champoussin, jovem de 22 anos que já fez alguns top 5 contra concorrência de peso este ano. Tem uma boa ponta final, será um perigo nas jornadas de média montanha. Lawrence Naesen vai tentar ajudar Vendrame nos sprints, Bidard, Warbasse e Gougeard devem integrar fugas também.

 

Previsão: Clement Champoussin vai continuar a sua evolução e levar de vencida uma etapa numa fuga.



Alpecin – Fenix

Outra equipa que vem apenas com o pensamento em etapas, mas com um líder declarado em Tim Merlier. O sprinter belga chega aqui com 3 triunfos em 2021, todos em clássicas belgas, e é bem possível que venha a ganhar. Como ciclista de clássicas teoricamente terá mais chances nos primeiros dias, é a sua estreia em Grandes Voltas. O comboio é muito bom, com Jimmy Janssens, Dries de Bondt e Alexander Krieger.

Louis Vervaeke é o ciclista designado para a montanha, mas o belga tem andado muitos furos abaixo do esperado, é preciso ter muito cuidado com Gianni Vermeesch, uma das sensações das clássicas, muito regular, tendo culminado com o 7º posto no Tour des Flandres. Completam o alinhamento Senne Leysen e Oscar Riesebeek, que também é bem na média montanha.

 

Previsão: A estreia em Grandes Voltas será para lembrar para a equipa belga, com Tim Merlier a conseguir uma importante vitória ao sprint.

 

Androni Giocattoli – Sidermec

Infelizmente é um dos alinhamentos mais fracos dos últimos anos na estrutura liderada por Gianni Savio. É certinho que vão tentar em todas as fugas e que Simon Pellaud andará na luta pela montanha nos primeiros dias. Eduardo Sepulveda é o mais experiente da equipa e deu bons sinais na Volta a Turquia, mas as maiores expectativas recaem no muito jovem Jefferson Cepeda, mais uma joia do Equador. O 4º lugar no Tour of the Alps impressionou qualquer um, foi capaz de acompanhar Carthy e Vlasov, que são considerados candidatos ao Giro. Será que aos 22 anos tem estofo para aguentar as 3 semanas com os melhores?

Nota também para Natnael Tesfatsion, eritreu de 21 anos que ganhou a Volta ao Ruanda em 2020. Tesfatsion ultrapassa bem a média montanha e tentará alguns top 10 em grupos reduzidos.

 

Previsão: Muita combatividade, constante presença em fugas mas a vitória não vai aparecer. Jefferson Cepeda será o mais inconformado.

 

Astana Pro Team

A formação cazaque está a ter um 2021 sofrível, para ser simpático. Alexander Vlasov é a grande aposta da equipa, mas uma aposta que não é a longo prazo, visto que se fala que o russo está a caminho da Ineos. 2º no Paris-Nice e 3º no Tour of the Alps, parece estar a focar-se na 3ª semana do Giro, o que mostrou na última etapa de montanha na última corrida foi bom, mas Yates também já tinha a prova ganha. Veremos se Vlasov tem a regularidade necessária para ser um ciclista de 3 semanas, foi 11º na sua estreia em Grandes Voltas após uma primeira semana terrível e depois abandonou cedo o Giro em 2020, também parece propenso a problemas físicos.

A equipa de apoio a Vlasov é boa, mas não é do outro Mundo. Harold Tejada já provou ser um corredor de valor na alta montanha ao apoiar Miguel Angel Lopez, Luis Leon Sanchez é um excelente pêndulo e Gorka Izagirre é ciclista para ocasionalmente andar com os melhores na montanha, ameaçando a conquista de etapa. Fabio Felline será também um perigo nas etapas de média montanha. Matteo Sobrero e Samuele Battistella são 2 jovens talentos que estão aqui para aprender e agarrar oportunidades.

 

Previsão: Aleksandr Vlasov agarrará a oportunidade e vai terminar no 4º lugar da geral, vencendo uma etapa e a classificação da juventude pelo caminho. Gorka Izagirre também levantará os braços.

 

Bahrain-Victorious

O director desportivo da Bahrain-Victorious diz que vão jogar tudo em Mikel Landa, mas será assim tão linear? O basco tem tido uma preparação cautelosa, com a preocupação de não se desgastar em demasia, 3º no Tirreno-Adriatico e 8º na Volta ao País Basco. Landa tem 31 anos, o tempo está a passar rapidamente por ele e sabe-se que irá perder bastante tempo entre contra-relógios e chegadas explosivas. Ou seja, será talvez o principal impulsionador de dinamitar a corrida na alta montanha. A nossa questão sobre o all-in em Landa recai sobre Pello Bilbao. Será a Bahrain capaz de “queimar” um ciclista que foi 6º em 2018, 5º em 2020, é muito regular, é melhor que Landa em muitos terrenos e é uma excelente 2ª opção? Achamos que não, é aliás bem possível que Bilbao faça um top 10 pelo que mostrou recentemente.

Damiano Caruso e Gino Mader são 2 gregários de luxo. Caruso já fez top 10 em Grandes Voltas e foi agora 9º na Romândia, Mader esteve muito próximo de ganhar etapa no Paris-Nice. Jan Tratnik é muito completo e terá 2 oportunidades nos 2 contra-relógios e Matej Mohoric também deverá ter 1 ou 2 chances nas jornadas de média montanha, ao longo do Giro. Arashiro e Valls serão os capitães.

 

Previsão: Mikel Landa vai continuar com a sua história de amor no Giro, mas a vitória não vai surgir, ficando em 2º da geral. Pello Bilbao terá alguma liberdade, fará top-10 e vencerá uma etaopa.




Bardiani – CSF Faizané

Será uma Bardiani diferente dos últimos anos, com mais nomes conhecidos e mais possibilidade de sucesso. Mantém o ADN totalmente italiano e muito ofensivo. Davide Gabburo e Filippo Zana deverão marcar presença em bastantes fugas e Filippo Fiorelli parece estar em boa forma, almejando alguns top 10 em sprints massivos.

Uma das figuras da equipa será Enrico Battaglin, o experiente transalpino está de volta a uma casa onde brilhou e é corredor de atacar 1 ou 2 etapas no Giro inteiro e beneficia com isso porque usa os restantes dias para poupar energia. As chegadas em ligeira subida são perfeitas para ele. Já Giovanni Visconti poderá lutar pela classificação da montanha e imiscuir-se em escapadas grandes, ainda tem uma ponta final razoável e uma experiência quase incomparável.

 

Previsão: Fugas, combatividade e alguns top-10.

 

Bora-Hansgrohe

Uma formação com uma aposta em 2 frentes. Maciej Bodnar, Cesare Benedetti e Daniel Oss serão os ciclistas mais próximos de Peter Sagan. O eslovaco viu a sua preparação ser afectada por ter contraído Covid-19 e tem vindo a melhorar de corrida para corrida, quer melhorar ainda mais o seu recheado currículo e repetir o triunfo de 2020. Sagan tem rivais num puro sprint, mas é o claro favorito em sprints em pelotão reduzido, onde até os trepadores podem ajudar a controlar a corrida.

Para a classificação geral chega Emanuel Buchmann, alguém que tem tido um 2021 muito discreto. 4º no Tour em 2019, o alemão competiu pouco e foi 13º na Volta ao País Basco, o que levanta questões sobre se chega aqui no seu melhor. Caso chegue é um forte candidato, principalmente por Matteo Fabbro, Felix Grossschartner e Giovanni Aleotti são boas ajudas na montanha.

 

Previsão: Emanuel Buchmann aparece nos grandes momentos e fará 5º. Peter Sagan vencerá duas etapas e conseguirá levar para casa a camisola por pontos. Matteo Fabbro também vencerá.

 

Cofidis, Solutions Crédtis

Continua a aposta total da equipa francesa em Elia Viviani, uma aposta que no ano passado não resultou e este ano também parece ir pelo mesmo caminho. Mesmo o italiano de 32 anos tendo um comboio com o seu irmão Attilio, Fabio Sabatini e Simone Consonni. Viviani não está a passar bem as subidas e tem alguns problemas de posicionamento, será muito complicado vencer.

Já Simone Consonni pode surpreender com um ou outro pódio, o transalpino passa melhor as montanhas que Viviani e poderá estar em alguns sprints em que Viviani não estará. Fez uma boa preparação também. Nicolas Edet, Victor Lafay, Natnael Berhane e Remy Rochas vão tentar algo na montanha, especialmente Rochas está a andar bem, mas ainda falta maturidade a este nível.

 

Previsão: Viviani vai andar perto mas o triunfo não vai aparecer.

 

Deceuninck-QuickStep

Esta é talvez a equipa mais forte da Deceuninck-Quick Step de sempre a pensar na classificação geral de uma Grande Volta. A equipa belga abdicou de trazer um sprinter para apostar tudo no apoio a João Almeida, que procura confirmar o 4º lugar obtido em 2020, uma corrida que teve bastantes peripécias e abandonos sonantes. João Almeida é dos candidatos que chega aqui com mais dias de competição, 23 ao todo (vamos ver se não irá pagar o desgaste disso mesmo), tendo feito 3º no UAE Tour, 6º no Tirreno-Adriatico e 7º na Volta a Catalunha. Após a Catalunha fez uma pausa e regressou na Liege-Bastogne-Liege.

O Joker é Remco Evenepoel, que regressa após a terrível queda sofrida no Giro di Lombardia. A sua recuperação sofreu vários percalços e o próprio disse que vem aqui apenas para ajudar João Almeida. Chegar aqui com pouco ou nenhum ritmo nem será um problema, a grande questão à volta de Evenepoel é se será capaz de andar como antes da lesão grave, veja-se o que está a acontecer com Chris Froome por exemplo. Fausto Masnada e James Knox providenciam um apoio de grande qualidade na montanha, principalmente Masnada parece estar a atingir o pico de forma da altura certa. Pieter Serry e Iljo Keisse são muito experientes, Mikkel Honoré está a ter a sua melhor época de sempre e Remi Cavagna é candidato aos contra-relógios e até a etapas de média montanha.

 

Previsão: João Almeida terminará no top-10 e conseguirá vencer uma etapa. Remco Evenepoel e Remi Cavagna vencerão os contra-relógios.




EF Education – NIPPO

Hugh Carthy lidera a formação de Jonathan Vaughters e vai tentar repetir o pódio da Vuelta, onde se afirmou definitivamente como ciclista para 3 semanas. No Giro em 2019 já tinha andado muito bem na última semana e vai tentar repetir aqui, desta vez juntando as outras 2. Carthy chega com 20 dias de competição nas pernas, onde mostrou algumas boas indicações, mas também expôs algumas das suas fragilidades, nomeadamente as descidas.

O Tour of the Alps mostrou um Ruben Guerreiro em grande forma, e o ciclista português irá tentar repetir a façanha de 2020, conquistando uma tirada. Será designado para proteger Carthy, tendo eventualmente liberdade em 2 ou 3 dias específicos. Simon Carr é outro nome a ter em conta, o britânico iniciou o ano a voar, depois tem estado um pouco mais discreto. Keukeleire e Bettiol são muito úteis no terreno plano, van Garderen tem a experiência de 3 semanas e Jonathan Caicedo a irreverência.

 

Previsão: Hugh Carthy vai confirmar que o pódio conseguido na Vuelta 2020 não foi um acaso e terminará em 3º, vencendo uma etapa na terceira semana. Ruben Guerreiro vai repetir 2020 e vencer uma etapa.

 

EOLO – Kometa

Estreia em Grandes Voltas para a recém-promovida Eolo-Kometa, será certamente um momento especial. Obviamente as ambições não são muitas e o foco estará nas chegadas ao sprint. A equipa tem Vincenzo Albanese/Manuel Belletti para os sprints massivos e Francesco Gavazzi para os sprints em grupo reduzido e o objectivo devem ser alguns top 10.

Edward Ravasi é o ciclista para a montanha, pode eventualmente focar-se na classificação de melhor trepador, enquanto os restantes corredores tentarão integrar-se em fugas.

 

Previsão: Muita combatividade.

 

Groupama-FDJ

Órfã de Thibaut Pinot, a equipa francesa vem com o objetivo claro de vencer uma etapa. Rudy Molard e Sebastian Reichenbach são os dois corredores mais competentes para conseguirem o desejado triunfo, especialmente quando o terreno inclinar. Nenhum dos dois é um ganhador nato mas são muito regulares.

Matteo Badilatti e Atilla Valter são mais dois trepadores com bastante competência, o segundo tem tido uma boa evolução em 2021 mas terão uma tarefa mais complicada. Antoine Duchesne, Romain Single, Lars van den Berg e Simon Guglielmi são ciclistas mais talhados para o terreno plano, devemos vê-los em algumas fugas.

 

Previsão: Rudy Molard e Atilla Valter vão andar perto mas o triunfo não vai aparecer.

 

INEOS Grenadiers

Foco total em Egan Bernal! O colombiano não corre desde o Tirreno-Adriático onde foi 4º e, depois do falhanço no último Tour de France, tem que mostrar serviço. A qualidade do colombiano é evidente, já mostrou laivos da sua qualidade esta temporada e tem um percurso bom para si.

Pavel Sivakov e Daniel Martinez serão dois gregários de luxo na alta montanha, mostraram-se muito bem no Tour of the Alps. Por falar na prova italiana, foi aí que Gianni Moscon ganhou o seu lugar na equipa, 2 grandes vitórias que fazem prever grandes feitos nesta competição, onde há muitas etapas de média montanha ideais para si. Jonathan Castroviejo e Jhonatan Narvaez também farão parte do bloco de montanha.

Para o plano, a experiência de Salvatore Puccio e Filippo Ganna será fundamental, com o campeão do Mundo de contra-relógio a puder mostrar-se nos contra-relógios.

 

Previsão: Egan Bernal vai continuar com os problemas nas costas e abandonar. Pavel Sivakov será o líder e terminará no top-10. Gianni Moscon vencerá uma etapa.




Intermarché – Wanty – Gobert Matériaux

O primeiro ano no World Tour da equipa belga não está a correr de feição, os grandes resultados escasseiam e a pressão começam a aumentar. Jan Hirt, Rein Taaramae e Simone Petilli são trepadores competentes, mas nos últimos tempos não têm tido boas exibições. Num dia de inspiração, o triunfo pode ser um sonho possível.

Andrea Pasqualon e Riccardo Minali serão os sprinters de serviço, o primeiro para os dias mais duros e o segundo para os jornadas mais planas no entanto o top-10 é o melhor que podem almejar. Wesley Kreder e Taco van der Hoorn são corredores muito combativos. Atenção a Quentin Hermans, passa bem a média montanha e tem uma boa ponta final.

 

Previsão: Fugas e alguns top-10 mas não vão passar disso.

 

Israel Start-Up Nation

Pela 2ª vez na carreira, e pela primeira vez desde 2010, Dan Martin regressa ao Giro. O irlandês está a ter uma época abaixo do esperado, tem aparecido a espaços mas o mesmo estava a acontecer no ano passado antes de acabar em 4º na Vuelta. A sabedoria conta muito nestas provas, veremos o que consegue o irlandês que tem várias etapas com finais explosivos, perfeitos para si.

Alessandro de Marchi será um homem para ter em atenção para as fugas, já mostrou o seu cartão de visita no recente Tour of the Alps. Patrick Bevin e Davide Cimolai serão os homens rápidos, ambos passam bem as dificuldades e será aí que poderão ter mais hipóteses. Bevin também poderá brilhar nos contra-relógios, onde a equipa israelita também tem Alex Dowsett e Matthias Brandle. Krists Neilands é muito combativo, adora etapas de média montanha. O israelita Guy Niv completa o elenco.

 

Previsão: Equipa muito combativa, De Marchi e Martin vão tentar muito mas a vitória não vai aparecer.

 

Lotto Soudal

Vencer etapas! O objetivo é claro e a equipa traz corredores talhados para tal. Caleb Ewan é um dos melhores sprinters do Mundo e tentará vencer nas chegadas rápidas, apoiado no seu leal comboio composto por Jasper de Buyst e Roger Kluge, a quem se junta Stefano Oldani.

Harm Vanhoucke fez boas exibições no Giro do ano passado e pode voltar a brilhar na montanha. Kobe Goossens vem de vencer a classificação da montanha no Tour de Romandie, a confiança será muita mas será uma competição para ganhar experiência. Os verdadeiros caça-etapas serão Tomasz Marczynzski e, principalmente, Thomas de Gendt, dois dos corredores mais combativos e talhados para as etapas de média montanha.

 

Previsão: Caleb Ewan confirmará o estatuto de um dos melhores sprinters do Mundo e ganhará por duas vezes.

 

Movistar Team

A boa exibição de Marc Soler no Tour de Romandie dará confiança ao espanhol, veremos como reage o espanhol à liderança isolada, ele que nem sempre tem correspondido às expectativas. Antonio Pedrero e Einer Rubio estiveram bem na Vuelta às Astúrias, sendo que o primeiro poderá ser uma agradável surpresa na montanha, aos poucos tem vindo a ganhar o seu espaço.

Dario Cataldo e Davide Villella são muito experientes e tentarão integrar algumas fugas. Matteo Jorgenson é um talento puro, adapta-se bem à média montanha e a finais explosivos. O elenco é fechado por Nelson Oliveira, o português está em excelente forma, mostrar-se-á nos contra-relógios e nas etapas de alguma dificuldade é sempre alguém a ter em atenção numa fuga.

 

Previsão: Marc Soler salvará a sua honra com um triunfo após falhar o objetivo do top-10.




Team BikeExchange

Teremos Simon Yates de regresso às grandes exibições em provas de 3 semanas? O britânico vem de brilhar no Tour of the Alps, teve uma semana perfeita, algo que já não conseguia há algum tempo. Desde que venceu a Vuelta de 2018 nunca mais conseguiu estar na luta. Tem contas a ajustar com o Giro – em 2018 esteve quase a vencer até ter um colapso – e tem uma prova com muitos finais ideais para si.

Tanel Kangert e Mikel Nieve serão os dois principais gregários na montanha, corredores muito experientes nestas andanças. Nick Schultz está a subir muito bem, tem uma boa ponta final, veremos se terá alguma liberdade. Cameron Meyer e Chris Juul-Jensen são dois todo-o-terreno, sendo que Michael Hepburn e Callum Scotson são os homens que terão mais responsabilidades nas etapas mais planas.

 

Previsão: Simon Yates vai acertar contas com o Giro d’Itália e sairá vencedor da prova com uma etapa no bolso!

 

Team DSM

Conseguirá Jai Hindley repetir o brilharete da temporada passada? Não será nada fácil para o australiano, que tem tido um ano algo apagado. Sem tanta pressão, Romain Bardet poderá surpreender e lutar por um lugar na geral mais condizente com a sua qualidade.

Nicolas Roche costuma preparar sempre muito bem os seus objetivos, muito combativo, é um perigo em qualquer fuga. Os australianos Michael Storer e Chris Hamilton completam os trepadores da equipa, dois ciclistas talentosos mas que tardam a confirmar todo o seu potencial. Nico Denz, Nikias Arndt e Max Kanter estarão talhados para as etapas mais rápidas, com destaque para o último.

 

Previsão: Romain Bardet tem mostrado alguns laivos da sua qualidade e voltará a fazê-lo, terminando no top-10 final.

 

Team Jumbo-Visma

George Bennett volta a ter uma oportunidade de luxo para liderar a equipa holandesa numa Grande Volta, ele que apenas por duas vez na carreira fechou no top-10 de uma prova de três semanas. O campeão neo-zelandês tentará agarrar com unhas e dentes esta chance, ele que costuma ter sempre um dia mau nestas provas.

O apoio na montanha não será muito, estará ao cabo do jovem talento Tobias Foss e Koen Bouwman. A veterania de Jos van Emden e Paul Martens guiará a equipas nas etapas planas onde Edoardo Affini será outra peça do puzzle.

Dylan Groenewegen regressa à competição após suspensão, é uma incógnita enorme, talvez precise de ritmo até começar a ser competitivo. Até lá, David Dekker poderá ser a opção para as chegadas rápidas.

 

Previsão: Top-10 para George Bennett e vitória para Dylan Groenewegen.

 

Team Qhubeka ASSOS

Giacomo Nizzolo é a grande esperança da equipa sul-africana para este Giro. O campeão europeu e italiano parte com o objetivo claro de, pela primeira vez na carreira, vencer uma etapa na “sua” Grande Volta algo que ainda não aconteceu apesar de já ter ganho a maglia ciclamino. O comboio composto por Max Walscheid e Lukasz Wisniowsli não é o melhor mas o transalpino sabe colocar-se.

Victor Campenaerts não se tem focado tanto no contra-relógio e será mais um caça-etapas, é um corredor perigoso se estiver na frente nas etapas com pequenas colinas. Bert Jan-Lindeman será um corredor de trabalho, sendo que Kilian Frankiny e Mauro Schmid serão os maiores apoios do veterano Domenico Pozzovivo quando a montanha chegar. Mesmo assim, acreditamos que poderão ter alguma liberdade.

 

Previsão: Numa etapa com algumas dificuldades, Giacomo Nizzolo vai sobreviver e triunfar pela primeira vez no Giro.




Trek-Segafredo

Itália ao poder! A equipa norte-americana vem em força com o seu bloco italiano, com Vincenzo Nibali à cabeça. Como estará o Tubarão de Messina depois da fratura e respetiva operação ao braço direito? Essa é uma das questões fundamentais pelo que dificilmente veremos Nibali no topo da sua condição física nas primeiras etapas. Giulio Ciccone pode estar pronto para assumir a liderança da equipa, qualidade não lhe falta, e um trepador da sua craveira tem que dar o salto.

Gianluca Brambilla renasceu em 2021, parece de volta aos bons momentos, um puncheur muito forte que adora etapas de média montanha. Amanuel Ghebreigzabhier é um corredor de equipa, muito fiável. Por fim, este forte bloco fica composto por Bauke Mollema, sendo que o holandês já afirmou que vem com o objetivo de vencer etapas e não focar-se na geral.

Para o sprint, Matteo Moschetti será a aposta, aos poucos tem vindo a melhorar após a grave lesão que sofreu no começo de 2020. Jacopo Mosca e Koen de Kort farão o seu comboio.

 

Previsão: Giulio Ciccone dará o salto para líder da equipa e fará top-10. Bauke Mollema vai procurar a vitória etapa e, apesar de não o conseguir, vai levar a camisola da montanha como “consolo”.

 

UAE Team Emirates

Por duas vezes 10º classificado, Davide Formolo vai tentar repetir a façanha este ano. Longe de ser um trepador (é mais um pucnheur que passa bem a montanha), o italiano é um corredor atacante que irá com toda a certeza perder tempo na montanha e depois tentar recuperar entrando em fugas, é assim que tem acontecido nos últimos anos.

Diego Ulissi está a recuperar a sua forma mas o muito tempo parado não abona a seu favor e será muito complicado estar ao nível de outros anos, onde estava sempre na luta nas etapas de média montanha. Valerio Conti consegue sempre render em algumas etapas do Giro, tal como Joe Dombrowski, sendo que este é especialmente forte nos dias muito duros da terceira semana.

O bloco do sprint será liderado por Fernando Gaviria, um corredor que não tem correspondido às expectativas. Longe dos seus tempos áureos, o colombiano terá o apoio de Juan Molano, Alessandro Covi e do seu fiel lançador Maximiliano Richeze.

 

Previsão: Fernando Gaviria vai continuar a desiludir e será Davide Formolo a salvar a honra do convento.




Tips do dia

Para a classificação geral:

  • Pello Bilbao no top 10 -> odd 1,832 (stake 1)
  • Davide Formolo melhor que Jefferson Cepeda -> odd 1,616 (stake 2)
  • Simon Yates melhor que Egan Bernal -> odd 2,048 (stake 1)
  • Giulio Ciccone a ser o melhor Trek-Segafredo -> odd 2,625 (stake 2)

Para a classificação por pontos:

  • Andrea Vendrame melhor que Patrick Bevin -> odd 2,25 (stake 1)

Para a classificação por equipas:

  • EF Education melhor que Astana -> odd 2,10 (stake 1)

Voltamos a deixar aqui o link do canal Telegram (aplicação que pode baixar na PlayStore), onde lançaremos live tips durante as etapas caso achemos pertinente. Também outras provas que não tenham acompanhamento na página poderão ter tips.

Link de acesso ao canal de apostas: https://t.me/joinchat/AAAAAEPNkd3AtPPJiZ6gUQ

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