AG2R La Mondiale
All-in para Bardet, não há volta a dar. A equipa francesa tem melhorado a qualidade do plantel de ano para ano, e este é o pináculo, para tentar levar o 2º classificado de 2016 e 3º em 2017 à vitória. Bardet impressionou este ano essencialmente nas clássicas, 2º na Strade Bianche e 3º na Liege-Bastogne-Liege, concluindo com um belo teste no Dauphine. O combativo gaulês parece preparado.
Pierre Latour, 7º no Dauphine e vencedor de etapa na Vuelta será o seu principal escudeiro, seguido de perto por Mathias Frank (que substitui Alexandre Geniez) e ainda Alexis Vuillermoz, 8º no Paris-Nice. Para o terreno plano, 2 exímios especialistas em clássicas, Oliver Naesen e Silvan Dillier, 2º no Paris-Roubaix em Abril. Completam a equipa os polivalentes Tony Gallopin, recuperado da queda sofrida nos Nacionais e ainda Axel Domont. Parece-nos uma estrutura perfeita.
Previsão: Bardet até pode sobreviver ao pavê pela sua polivalência, mas os contra-relógios irão custar bem caro ao francês, aí irá perder entre 3 a 4 minutos, que lhe custarão a hipótese de pódio. Na montanha vai ser dos melhores, como sempre, ganhando 1 etapa.
Astana Pro Team
Metade da equipa é dinamarquesa e vem apoiar o principal voltista dinamarquês da actualidade, Jakob Fuglsang, que tem aqui a derradeira chance na carreira de liderar uma equipa deste gabarito, aos 33 anos. O melhor resultado que tem é um 7º posto no Tour, em 2013 e a preparação tem sido perfeito, sendo 4º no Tour de Romandie e 2º na Volta a Suíça, vamos ver se Fuglsang não atingiu o pico de forma cedo demais, como é habitual nele.
Ao contrário da Ag2r, a Astana vem com um sprinter, Magnus Cort Nielsen, que já ganhou etapas na Vuelta, mas que estará aqui sempre com um olho em Fuglsang. O contingente dinamarquês fica completo com o vencedor da Amstel Gold Race, Michael Valgren, e ainda com o experiente Jesper Hansen. Na montanha, Fuglsang terá o apoio dos irreverentes e inconformados Omar Fraile e Luis Leon Sanchez, e ainda do veterano Tanel Kangert (já tem 3 top 15 em grandes Voltas). O alinhamento é completo com o cazaque de serviço, Dmitry Gruzdev.
Previsão: Fuglsang não quer desperdiçar a oportunidade de um top 10 e o percurso assenta-lhe que nem uma luva, tem bom apoio, portanto vai fazer top 10.
Bahrain Merida Pro Cycling
Agora, quem não gostaria de ter como gregários Domenico Pozzovivo, Gorka Izagirre e Ion Izagirre? Ciclistas que certamente seriam líderes em muitas outras formações. Pozzovivo acabou o Giro bem, em alta e nos Nacionais mostrou ainda estar com ritmo, o mesmo se aplica a Gorka e Ioz Izagirre, que mais tarde terão a Vuelta nos horizontes. Com Kristijan Koren sendo pau para toda a obra, Pellizotti focado em estar ao lado do seu líder na 3ª semana e Heinrich Haussler o especialista em clássicas de serviço, resta Sonny Colbrelli, que terá as suas oportunidades ao longo das 3 semanas, principalmente nos sprints mais duros.
Previsão: Nibali está a fazer uma excelente temporada, bem ponderada, a pensar neste momento e tem uma das melhores equipas aqui presentes, pódio para o Tubarão de Messina, com 1 vitória em etapa para um dos Izagirre.
BMC Racing Team
Falámos que esta seria a derradeira oportunidade para Fuglsang, pensamos que o mesmo se aplica, talvez numa escala ainda maior, a Richie Porte. Com 33 anos, o tasmaniano já ganhou tudo o que havia para ganhar em termos de provas de 1 semana, agora, em Grandes Voltas, o melhor que tem é um 5º lugar em 2016. Com uma capacidade física extraordinária, mas conhecido por ter sempre 1 dia muito mau, veremos se será o ano de Porte, que pareceu ter uma preparação incólume.
A BMC vem única e exclusivamente focada nele, Tejay van Garderen já percebeu que o melhor que tem a fazer é trabalhar para outros nas Grandes Voltas, Damiano Caruso nunca vira a cara à luta e depois no terreno plano é onde esta BMC realmente brilha, com Stefan Kung, um dos melhores contrarrelogistas do Mundo, Patrick Bevin, Simon Gerrans e ainda Michael Schar. À espreita da sua oportunidade estará um Greg van Avermaet que não teve a melhor temporada até agora.
Previsão: Richie Porte vai ter grandes problemas no empedrado, o australiano não tem grande confiança em percursos técnicos. Top 5 é o melhor que pode almejar.
Bora-Hansgrohe
A formação alemã percebeu a tempo que Rafal Majka já esteve em melhor forma e virou agulhas definitivamente para Peter Sagan. Uma pequena curiosidade, sabiam que Peter Sagan nunca ganhou um sprint em pelotão compacto no Tour? O mais próximo que esteve foi em 2013, quando ganhou um sprint entre 90 unidades, sem metade do pelotão, e sem os seus principais rivais. Ainda assim, o campeão do Mundo vai querer conquistar mais uma camisola verde, o que é cada vez mais complicado, devido ao sistema pontual à solidificação da nova geração de sprinters.
Olhando para o alinhamento diríamos que o único lançador de Sagan será Daniel Oss, com Marcus Burghardt, Lukas Postlberger e Maciej Bodnar a fazerem mais aquele trabalho de sapa de perseguição. Rafal Majka está presente após uma época onde tem andado longe do seu melhor, veremos se não terá desde início o foco na classificação da montanha. Vem apoiado do seu compatriota Pawel Poljanski e do polivalente austríaco Gregor Muhlberger.
Previsão: Sagan vai ganhar a sua etapa da ordem e possivelmente a verde, achamos que a luta pela verde vai ser das mais apertadas dos últimos anos. Majka vai conquistar a camisola da montanha, focando-se só nesse objectivo.
Cofidis, Solutions Crédits
Bouhanni ou Laporte? Ou os dois? Cedric Vasseur escolheu Laporte e Bouhanni parece na porta de saída. Laporte está longe de ser um sprinter puro, precisará 1 etapa de média montanha ou um final durinho para entrar no top 5. Parece-nos que a equipa aposta essencialmente na dupla espanhola composta por Daniel Navarro e Jesus Herrada. Navarro voltou ao nível que nos habituou e que mostrou na Saxo Bank ou Astana, ao ser 9º no Dauphine e 2º na Route d’Occitanie, já Herrada fez uma época satisfatória e consistente e vai apostar tudo nas fugas como ciclista completo que é.
Depois muita tenção a 2 talentos franceses, Anthony Perez que no ano passado bateu Greg van Avermaet numa chegada a um pequeno topo e este ano ganhou 1 etapa na Volta ao Luxemburgo, e ainda Anthoyn Turgis, 2º nos Nacionais de estrada em França, 2 puncheurs. Dimitri Claeys, Julien Simon e Nicolas Edet são ciclistas combativos, que não devem obter grandes resultados.
Previsão: Daniel Navarro, de volta ao seu melhor, vai conquistar uma jornada de alta montanha e vingar-se do que lhe aconteceu no Dauphine.
Dimension Data
É o alinhamento possível dentro de um plantel em que falta qualidade para o WT. É também uma equipa claramente a lamber as feridas, pois todos os principais ciclistas passaram por problemas de saúde este ano. Mark Cavendish venceu no Dubai Tour, fartou-se de cair entretanto e na Adriatica Ionica Race, há 2 semanas, mostrou sinais de melhoria, e o mesmo se aplica a Edvald Boasson Hagen, que tem subido de forma depois de problemas de saúde.
Mark Renshaw será o lançador de serviço, mas já não tem a potência de outros tempos e Reinardt Janse van Rensburg, outro ciclista rápido, ainda não está a 100%. Jay Thomson e Julien Vermote muito trabalharão na frente do pelotão, enquanto Tom Slagter irá procurar oportunidades na média montanha. Serge Pauwels é o único trepador puro e não seria surpresa ver o belga a lutar pela classificação da montanha.
Previsão: Por tudo o que significa para o mundo do ciclismo, bem gostaríamos de ver a Dimension Data a vencer, mas achamos que isso não vai acontecer.
Direct Energie
O sprinter é Thomas Boudat, um dos sprinters com mais margem de progressão. Boudat tem 2 vitórias em 2018, 1 delas na Vuelta a Andaluzia e pode perfeitamente intrometer-se no top 10 em algumas etapas. Jerome Cousin e Fabien Grellier são bons roladores, combativos e Damien Gaudin, ciclista bem conhecido dos portugueses, terá o foco na etapa do empedrado.
Previsão: Desta vez a Direct Energie vai sair de mãos a abanar, a concorrência é demasiado forte.
Groupama-FDJ
Tobias Ludvigsson será o motor que deve puxar o pelotão por muitos quilómetros. Já Rudy Molard terá liberdade quando o terreno empinar, tal como David Gaudu, uma jovem promessa que quer ganhar experiência, e caso esteja a 100% pode perfeitamente ganhar 1 etapa na alta montanha.
Previsão: Pelo menos 1 etapa para Demare, principalmente devido a este incrível cuidado. Vichot, Molard e Gaudu também andarão perto de outra conquista.
Lotto-Soudal
Os verdadeiros caça-etapas. O líder oficial é André Greipel, acompanhado dos seus lançadores Jens Keukeleire, Jasper de Buyst e Marcel Sieberg, mas a própria equipa já tem noção que Greipel tem algumas dificuldades de competir com esta nova geração de sprinters, e ainda por cima o alemão tem grandes problemas de colocação no pelotão em finais técnicos.
Tiesj Benoot é um dos maiores talentos da sua geração, capaz de competir em clássicas e de subir bem. Está aqui à procura de limites em termos de classificação geral, também para definir como será a sua carreira daqui para a frente. Depois os clássicos combativos, Tomasz Marczynski, que se estreia no Tour, e Thomas de Gendt. Dificilmente esta dupla sairá do Tour de mãos a abanar. Completa a equipa Jelle Vanendert, que é um ciclista muito hit or miss.
Previsão: Um dos 2 super-combativos da equipa vai levar uma etapa, apostamos em Thomas de Gendt. Greipel é a nossa dúvida, só com uma colocação perfeita e um conjunto de circunstâncias é que ganhará.
Mitchelton-Scott
Após alguma polémica, já que Caleb Ewan estava escalonado para o Tour e ficou de fora, Adam Yates vai ser o único líder da equipa, ele que foi 4º no Tour em 2016 erecente 2º classificado do Criterium du Dauphine, onde também ganhou uma etapa. Toda a equipa vai estar à sua disposição.
Destacamos Mikel Nieve, trepador basco que já esteve no Giro e fez uma excelente prova e demonstrou ser um excelente e importante gregário. Este será o único verdadeiro trepador a acompanhar Yates, sendo que Damien Howson e Daryl Impey são dois corredores muito versáteis capazes de ajudar na montanha. Luke Durbridge, Matthew Hayman, Jack Bauer e Michael Hepburn são roladores e quando o terreno começar a empinar não poderão dar uma grande ajuda, sendo fundamentais para salvar a 1ª semana do seu líder
Previsão: Adam Yates está cada vez melhor na montanha mas a sua equipa é fraca para o apoiar nos momentos decisivos. Vai conseguir fechar no top 10 e talvez ganhará uma etapa.
Movistar Team
Uma bênção amaldiçoada. Landa, Valverde e Quintana todos na mesma equipa, todos com estatuto de líder. Ainda assim, acreditamos que quando chegar a hora da verdade, será Quintana a destacar-se, isto caso o pequeno colombiano sobreviva aos primeiros 10 dias, isto porque Valverde no Tour, em etapas com mais de 3000 metros de acumulado não tem grandes recordações e Landa parece um bocadinho fora de forma, comparando com o que apresentou na Team Sky.
O grande problema de trazer 3 líderes, em que nenhum deles parece disposto a trabalhar para o outro, é que ficam menos lugares para ciclistas que controlem a corrida. No caso da corrida, na montanha, serão somente 2, o talentoso Marc Soler e o voluntarioso Andrey Amador. Daniele Bennati ficará com a tarefa de proteger os líderes nas etapas planas, a par de Jose Joaquin Rojas, e Imanol Erviti será o capitão de equipa, o director-desportivo na estrada. A Movistar terá também muitos problemas no contrarrelógio colectivo, alimentados também para ausência de Nelson Oliveira deste alinhamento.
Previsão: Quintana irá acabar no pódio, próximo da vitória, com Valverde no top 10. Landa pode ser o primeiro sacrificado e acabar fora do top 10.
Quick-Step Floors Cycling Team
A Quick-Step Floors vai entrar no Tour com o objetivo de vencer etapas, tal como aconteceu no Giro. Fernando Gaviria vai ser a principal aposta. O colombiano leva já 7 vitórias na temporada e vai fazer a estreia na “Grande Boucle”.
O seu comboio estará presente, com Maximiliano Richeze a desempenhar o papel de lançador. O recém-coroado campeão belga Yves Lampaert, Niki Terpstra e Philippe Gilbert também deverão fazer parte deste comboio, mas atenção para estes 3 para a etapa do pavê e para etapas com algumas dificuldades onde podem integrar fugas. Tim Declercq será aquele que veremos na frente do pelotão durante as etapas ao sprint, perseguindo as fugas.
Sobram Julian Alaphilippe e Bob Jungels. São aqueles que melhor andarão na montanha, sendo que o francês terá algumas oportunidades para brilhar enquanto que Jungels se vai testar pela primeira nas cordilheiras gaulesas, sendo o top 10 o seu objetivo, algo que consideramos difícil.
Previsão: Com este alinhamento, a Quick-Step ganhará, pelo menos, 3 etapas, sendo que Fernando Gaviria será o que mais vezes levantará os braços, com 2 etapas; a outra irá para Julian Alaphilippe. Bob Jungels vai ficar fora do top 10.
Team EF Education First p/b Cannondale
Jonathan Vaughters volta a confiar tudo em Rigoberto Uran. O colombiano que no ano passado finalizou o Tour no 2º lugar, ganhando uma etapa, volta a apostar tudo na “Grande Boucle” e tem vindo a fazer uma preparação perfeita, onde se destaca o 2º lugar e uma etapa na recente Volta a Eslovénia. Nunca o vimos ao ataque no ano passado, mas este ano deverá ser diferente já que a sua equipa vai perder algum tempo no contra-relógio coletivo.
Para a montanha, o jovem Daniel Martinez e o experiente Pierre Rolland, que esteve muito bem no Dauphiné, serão duas peças fundamentais nas aspirações do colombiano. Simon Clarke e Lawson Craddock também poderão dar alguma ajuda, mas vão ser mais importantes nas etapas de média montanha. Tom Scully, Taylor Phinney e Sep Vanmarcke vão ser fundamentais na primeira semana e na etapa de pavê, onde Vanmarcke se tiver liberdade poderá ganhar.
Previsão: Como já dissemos, esta não é a melhor equipa, por isso será difícil Rigoberto Uran repetir o feito do ano passado. Dito isto, o colombiano não fará mais que o top 10.
Team Fortuneo-Samsic
Maxime Bouet, Amael Moinard, Florian Vachon e Romain Hardy são ciclistas franceses já muito experientes mas não têm a qualidade suficiente para ganhar alguma etapa, mas vamos vê-los, com toda a certeza, em fugas nas etapas de média e alta montanha. Laurent Pichon, Elie Gesbert e Kevin Ledanois são ciclistas que passam bem pequenos topos e têm uma razoável ponta final mas só em fugas é que poderão ter o seu sucesso.
Previsão: Fugas e mais fugas mas não acreditamos em mais que isso. Warren Barguil tentará ser o salvador e lutará por etapas e pela classificação da montanha.
Team Katusha-Alpecin
A equipa comandada por José Azevedo parte para este Tour com uma equipa dividida em dois blocos, para os seus líderes Marcel Kittel e Ilnur Zakarin. Longe do seu melhor, o sprinter germânico, que apenas leva duas vitórias em 2018, vai contar apenas com Rick Zabel, Nils Politt e Tony Martin para o auxílio, sendo que apenas Zabel estará com ele no final das etapas.
Ilnur Zakarin parte rumo ao 1º top 10 no Tour e tem tudo para o conseguir, basta escapar os azares que o têm atormentado em todas as Grandes Voltas que tem feito. O russo terá Robert Kiserlovski, Pavel Kochetkov e Ian Boswell como gregários, algo que consideramos curto.
Previsão: Ilnur Zakarin fez uma preparação perfeita e tem tudo para fazer top 10 no Tour, se evitar quedas e perder pouco tempo no pavê. Marcel Kittel só com muita sorte e uma colocação perfeita poderá ganhar uma etapa e inverter este ciclo negativo.
Team LottoNL-Jumbo
A Team LottoNL-Jumbo aproveitou o seu patrocinador principal e uma excelente ideia de marketing para fazer o seu anúncio, publicando vídeos no Twitter da equipa. Steven Kruijswijk vai ser um dos líderes da equipa, o holandês que tem 4 top 10 em Grandes Voltas, nunca no Tour. Roglic aparecerá como alternativa, principalmente se conseguir passar a primeira metade da prova sem problemas. Caso isso aconteça, muito cuidado com o esloveno, que até aqui só tem atacado etapas em Grandes Voltas. Robert Gesink e o jovem talentoso Antwan Tolhoek serão os apoios directos na montanha.
Enquanto isso, Paul Martens será incumbida da função de capitão, um ciclista completo e que pode fazer de tudo. O outro líder da formação holandesa será Dylan Groenewegen, o sprinter holandês que tem subida na hierarquia. A Team LottoNL-Jumbo tem testado recorrentemente este ano um comboio de 3 elementos, com Timo Roosen, Amund Jansen como lançadores, a fórmula tem resultado bem e tentará replicá-la no Tour.
Previsão: Dylan Groenewegen é o sprinter a bater neste Tour, tem um comboio muito oleado, e por isso ganhará pelo menos duas etapas. Primoz Roglic está a ser subestimado por muitos para conseguir o seu top 10, podendo ganhar o contra-relógio.
Team Sky
Considerada por muitos a equipa a bater, a Team Sky parte para o Tour como uma das equipas mais fortes e com um bloco muito forte de apoio ao seu líder Chris Froome que vai tentar a 4ª Grande Volta consecutiva. O britânico também procura o 5º Tour e tem tudo a seu favor, exceto os largos quilómetros já percorridos este ano no Giro. Sabemos como a Team Sky gere toda a planificação, por isso Froome deve estar no ponto.
Quem também tem uma palavra a dizer é Geraint Thomas, vencedor claro do Dauphine, estando cada vez mais à vontade na alta montanha. A juntar a isso, sabe-se que Thomas era um especialista de clássicas antes da sua transformação em voltista. Se o azar não lhe bater à porta será um perigo.
E quem serão os gregários? Ora, o jovem Egan Bernal será uma peça fundamental, ele que tem estado a fazer uma época fantástica, discutindo todas as provas por onde tem passado. Wout Poels já se sabe o que vale na alta montanha e Gianni Moscon está cada vez mais completo. Michal Kwiatkowski e Jonathan Castroviejo vão ser importantes nas fases iniciais e nas primeiras montanhas, bem como nas etapas planas, onde Luke Rowe será o “capitão”, ele que também é um especialista do pavê.
Previsão: Chris Froome entrará para a história, ganhando o seu 5º Tour e a 4ª Grande Volta consecutiva. A equipa britânica ainda vai colocar Geraint Thomas no top 10 e ganhará uma etapa.
Team Sunweb
A equipa sensação do Tour do ano passado, onde ganhou 3 etapas, classificação por pontos, classificação da montanha e colocou um ciclista no top 10, volta a partir para a prova com muita ambição. Tom Dumoulin é o líder, ele que não corre desde o Giro, já que tem andado a preparar o Tour. Nunca correu duas Grandes Voltas seguidas com ambições de classificação geral, pelo que será um grande teste.
Simon Geschke, Chad Haga, Søren Kragh Andersen e Laurens Tem Dam são aqueles aqueles que mais ajudarão Dumoulin quando a estrada inclinar, no entanto não são trepadores de grande qualidade, pelo que a falta de Wilco Kelderman se vai fazer notar.
Michael Matthews já disse que o seu objetivo principal é ganhar etapas e não revalidar a classificação por pontos. Para o ajudar nas chegadas ao sprint terá Nikias Arndt e Edward Theuns, dois ciclistas que também podem vir a ter a sua oportunidade.
Previsão: Tom Dumoulin vem conhecer os seus limites e apesar de toda a sua qualidade vai sentir o cansaço do Giro. Vai-se focar em vencer etapas e vai consegui-lo, ao contrário de Michael Matthews.
Trek-Segafredo
Mais uma equipa que poderia e deveria ter um melhor elenco no Tour. Bauke Mollema é a grande aposta, na tentativa de mais um top 10, o 3º, mas vai ter que tentar escapar a todos os azares e evitar o dia mau que sempre tem. A ajuda será pouca, com Julien Bernard e Tsagbu Grmay a serem os únicos homens de montanha, já que não consideramos o francês e o etíope trepadores. Na média montanha e, talvez, para fugas Michael Gogl e Toms Skuijns serão as melhores opções.
Para as chegadas rápidas, John Degenkolb será a aposta, sendo que a sua escolha foi algo criticada, mas o alemão respondeu com um 2º lugar nos Nacionais alemães. Ainda está longe do seu melhor mas pode surpreender. Jasper Stuyven poderá, em algumas etapas, também tentar a sua sorte, com estes dois a terem uma boa chance de discutir a etapa do pavê. Koen de Kort será o guia de Degenkolb nas chegadas ao sprint.
Previsão: Com este alinhamento não se pode esperar muito da equipa norte-americana. Bauke Mollema falhará o top 10 já que tem sempre um dia mau e não tem a melhor equipa para o ajudar.
UAE Team Emirates
Tendo em conta o orçamento da equipa, a UAE Team Emirates apresenta-se com uma equipa relativamente fraca, onde apenas se destacam os seus dois líderes Daniel Martin e Alexander Kristoff.
No que toca ao irlandês, este vai ser dos mais prejudicados no contra-relógio coletivo e na montanha terá que confiar em Darwin Atapuma, que tem andado longe do seu melhor, e Kristijan Durasek, croata que por vezes aparece entre os melhores (como aconteceu na Califórnia), mas que logo a seguir desaparece. Desta forma, Martin andará quase sempre isolado.
Já o campeão europeu tem em Roberto Ferrari um lançador perfeito mas a ponta final do norueguês já não é o que era e será difícil vê-lo a ganhar uma etapa, quem sabe a etapa de pavê. Marco Marcato e os estreantes Oliviero Troia e Rory Sutherland completam a equipa, numa formação onde se nota a falta de Rui Costa.
Previsão: Equipa muito fraca, o que fará Dan Martin correr atrás do prejuízo. O irlandês poderá fechar no top 10, mas será difícil. Alexander Kristoff sairá de mãos a abanar.
Wanty-Groupe Gobert
Pelo segundo ano presente na prova, a Wanty Groupe Gobert será uma equipa onde combatividade não deverá faltar. Guillaume Martin, que esteve muito bem no Criterium du Dauphine poderá oferecer uma vitória numa etapa de montanha, ele que tem evoluído bastante desde o Tour do ano passado. Thomas Degand também se defende na montanha.
Para as chegadas rápidas, Andrea Pasqualon, Timothy Dupont e Dion Smith são 3 sérias opções, com o primeiro a preferir dias mais duros e que tenham um final algo inclinado. Marco Minnard deverá estar presente em fugas tal como Yoann Offredo e Guillaume van Keirlsbulck que podem vir a desempenhar um papel importante na etapa do pavê.
Previsão: Muita combatividade, Guillaume Martin andará perto do triunfo mas a Wanty vai sair de mãos a abanar.
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