29 July 2018 105th Tour de France Stage 21 : Houilles - Paris Champs-Elyses THOMAS Geraint (GBR) Sky, Maillot Jaune Photo : Yuzuru SUNADA

AG2R La Mondiale

Mais uma chance para Romain Bardet, será desta que o francês, agora com 28 anos e numa fase decisiva da carreira consegue a vitória? 2º em 2016 e 3º em 2017 não parece ter conseguido evoluir aquele extra que falta e as suas performances em 2018 e 2019 têm desiludido. Até agora está a fazer uma temporada fraca e tem passado algo despercebido, ainda tem muitas debilidades no contra-relógio.

Estão aqui praticamente todos os fieis gregários de Bardet, falamos de Mathias Frank, Tony Gallopin, Alexis Vuillermoz e Mikael Cherel. Mathias Frank em especial mostrou estar em boa forma na Suiça. Depois Gougeard, Cosnefroy e Oliver Naesen farão a protecção do líder nas etapas planas. Esperamos também ver Naesen e Gallopin activamente a procura de fugas bem sucedidas na média montanha.

 

Previsão: Romain Bardet vai falhar, focando-se depois na classificação da montanha, que vai acabar por vencer. Oliver Naesen ganha uma etapa.



 

Astana Pro Team

Tudo por Jakob Fuglsang. O dinamarquês de 34 anos está a fazer a sua melhor época de sempre e está a ser, na nossa opinião, o melhor ciclista do ano, já leva 4 vitórias onde se inclui a Volta a Andaluzia, o Dauphine e a Liege-Bastogne-Liege, essencialmente ainda não mostrou debilidades. Não tem um grande registo em Grandes Voltas, é certo, na maioria delas trabalhou para os seus líderes e o melhor que fez foi o 7º posto do Tour 2013. Fuglsang em 3 semanas dá sempre aquela sensação que nas etapas com muito acumulado tem um ponto fraco.

A equipa em redor de Fuglsang é muito, muito forte, mas talvez falta 1 puro trepador, há muitos ciclistas completas como Omar Fraile, Luis Leon Sanchez, Alexey Lutsenko, Gorka Izagirre ou Pello Bilbao (que acreditamos que se poupe para aparecer fresco e em grande na 3ª semana). Hugo Houle é muito experiente e Magnus Cort já não é um sprinter, de longe, é agora um gregário de luxo.

 

Previsão: Jakob Fuglsang é um dos nomes certos no top 10 e irá vencer uma etapa, está a fazer uma época de sonho. Magnus Cort vai triunfar numa etapa com bastante montanha.

 

Bahrain-Merida

Uma equipa muito estranha. Rohan Dennis em grande forma vindo de uma Volta a Suíça histórica para ele onde foi o único a ameaçar Bernal, mas sem histórico algum em Grandes Voltas. Vincenzo Nibali que vem à descoberta da sua condição física depois do 2º posto do Giro, não correu entretanto. Sonny Colbrelli e Ivan Garcia são os sprinters, ambos com características semelhantes, ambos com somente 1 vitória este ano.

Depois há Damiano Caruso, que deverá ajudar quem precisar ou quem estiver bem colocado na geral, Dylan Teuns não é propriamente um voltista e pode replicar o papel de caça etapas que fez na Vuelta do ano passado, Matej Mohoric é super-combativo e tenta sempre algum ataque de longe e Jan Tratnik está a fazer um ano muito discreto com laivos de brilhantismo.

 

Previsão: Vincenzo Nibali tentará a todo o custo ganhar uma etapa mas quem vai salvar a honra da equipa é Rohan Dennis que triunfará no contra-relógio de Pau.

 

Bora-Hansgrohe

Uma equipa que ataca claramente em 2 frentes, Peter Sagan procura aumentar o reportório de camisolas verdes e após uma temporada de clássicas onde faltou claramente pernas, esteve bem melhor na Volta a Suiça. Será lançado por Daniel Oss, tem Marcus Burghardt para trabalhar e ainda conta com os polivalentes Lukas Postlberger e Gregor Muhlberger.

A liderança da equipa para a geral deve ser decidida na estrada entre Emanuel Buchmann e Patrick Konrad. Apesar do recente pódio do austríaco na Volta a Suiça, que lhe deve ter dado muita confiança, achamos Buchmann mais forte e consistente na alta montanha, deve ser ele o escolhido caso não tenha problemas. Maximilian Schachmann está a ter um ano de sonho e espera poder continuar a vencer aqui, tem tudo para o fazer em algumas fugas.

 

Previsão: Emanuel Buchmann fará top 1o e juntará uma etapa ao seu currículo. Peter Sagan vai ganhar mais uma camisola verde à qual junta duas etapas e Maximilian Schachmann também vai levantar os braços.

 

CCC Team

Vêm com o que têm. O ano de subida da CCC ao World Tour (em fusão com a BMC é certo) não está a ser nada fácil, com um plantel ainda com algumas lacunas. Chegam ao Tour com uma equipa somente para caçar etapas, nomeadamente com Greg van Avermaet nas chegadas ligeiramente empinadas, com Patrick Bevin nos contra-relógios e ainda com Alessandro de Marchi naqueles clássicos raids do italiano na alta montanha.

Para além disso é preciso ter cuidado na 3ª semana, já com algum desgaste acumulado, a Simon Geschke e Serge Pauwels, 2 veteranos trepadores que sabem bem gerir as forças. De resto é de esperar que Joey Rosskopf,  Michael Schar e Lukasz Wisniowski ataquem nas etapas planas.

 

Previsão: Muita combatividade mas não vão passar disso.



 

Cofidis, Solutions Crédtis

Sem Nacer Bouhanni por opção é Christophe Laporte que tem a responsabilidade de liderar uma Cofidis que está a fazer um ano competente. Laporte é consistente, não é daqueles com melhor ponta final nem dos sprinters que passa melhor a montanha, mas estará na discussão em muitas etapas. No entanto é triste ver que a Cofidis não vem com nenhum lançador.

O que também indica que a grande aposta será nas montanhas e em Jesus Herrada, o recente vencedor da clássica do Mont Ventoux. O espanhol perderá tempo em alguns dias para atacar em força noutros e terá o apoio de Nicolas Edet e de Anthony Perez, enquanto Julien Simon se irá focar mais na média montanha. Pierre-Luc Perichon, Stephane Rossetto e Natnael Berhane participarão certamente em fugas nas etapas planas.

 

Previsão: Apesar da excelente temporada, Jesus Herrada não vai conseguir vencer a desejada etapa. Christophe Laporte fará alguns top 10 nas chegadas ao sprint.

 

Deceuninck-QuickStep

É raro ver a estrutura da Quick-Step com ambição legítima para a classificação geral de uma Grande Volta, mas graças a Enric Mas, pódio na última Vuelta, isso é possível. O espanhol de 24 anos que parece estar de saída para a Movistar não tem tido grandes resultados esta época, mas isso também aconteceu em 2018 e depois acabou a brilhar na Vuelta. Julian Alaphilippe irá à procura de mais etapas para juntar ao currículo e possivelmente também da classificação da montanha. Para ajudar estes 2 ciclistas há Dries Devenyns e Kasper Asgreen, serão eles que terão de perseguir fugas e integrá-las nas etapas de montanha.

Quanto aos sprints Elia Viviani chega aqui com vontade de mostrar serviço depois de ter falhado os objectivos no Giro, mas aí não tinha nem Richeze nem Morkov, e aqui vai ter ambos, com o acrescento de Yves Lampaert. Mesmo que não seja o sprinter mais forte em prova só este comboio pode garantir-lhe uma vitória, desde que o italiano confie nos seus gregários.

 

Previsão: Viviani vai festejar por duas vezes, ao contrário do que aconteceu no Giro. Enric Mas não conseguirá o top 10 e Kasper Asgreen também vai vencer.

 

EF Education First

Uma equipa tremendamente ameaçadora e que deu um salto qualitativo este ano. Em todos os aspectos, mas principalmente no contra-relógio. Rigoberto Uran será o chefe-de-fila, aquele com melhor histórico em Grandes Voltas e que se dá muito bem com o Tour. A preparação foi cuidada, a presença na Route d’Occitanie assemelhou-lhe à de Landa e Carapaz na Vuelta as Asturias antes do Giro, veremos se dá resultado.

Tejay van Garderen tem tudo para ser um gregário de luxo, o norte-americano já mostrou que tem sempre dias maus nas Grandes Voltas, mas pode ser muito útil em vários terrenos. Michael Woods pode ser a arma secreta, veremos se a equipa não o guarda para a última semana, também será uma carta a jogar em fugas na alta montanha. Tanel Kangert depois da chance do Giro volta ao trabalho para um líder, um trabalho que está habituado a fazer desde os tempos da Astana. Alberto Bettiol, uma das revelações da temporada, e Simon Clarke são perfeitos para a média montanha e Sebastian Langeveld e Tom Scully são experientes e bons roladores.

 

Previsão: Rigoberto Uran andou discreto toda a temporada para este momento! Fará 2º no Tour e ganhará uma tirada.

 

Groupama-FDJ

A pressão está toda em cima de Thibaut Pinot, o gaulês conseguiu conquistar um estatuto elevado e Marc Madiot decidiu deixar em casa Arnaud Demare, portanto Pinot sabe que tem aqui uma chance de ouro numa temporada que lhe está a correr muito bem. Não se dá bem com o calor, os adversários sabem disso e será atacado nessas condições. O foco é chegar à montanha com as aspirações intactas, a equipa é muito forte no terreno plano, com Anthony Roux, Matthieu Ladagnous, William Bonnet e Stefan Kung, talvez falte mais um trepador.

Para a montanha a equipa vem com Rudy Molard, que não é propriamente um trepador, mas um ciclista completo que pode ajudar na fase inicial de grandes subidas, o fiel Sebastien Reichenbach e o talentoso David Gaudu. Gaudu não deverá ser tremendamente sacrificado, tem potencial para ser resguardado caso aconteça alguma coisa a Pinot.

 

Previsão: Top 10 para Thibaut Pinot que vencerá uma etapa.



 

Lotto Soudal

Lenha toda na fogueira pelas etapas. A aposta em Caleb Ewan resultou muito bem no Giro e a equipa volta a fazer o mesmo no Tour. O pequeno australiano faz este programa de corridas pela primeira vez, portanto é uma incógnita como irá reagir. Sabe que as chegadas empinadas lhe assentam na perfeição e tem um comboio que conhece bem, com Jens Keukeleire, Jasper de Buyst e Roger Kluge.

Tiesj Benoot voltou a demonstrar na Volta a Suiça que está longe de um puro ciclista de clássicas e defendeu-se muito bem na alta montanha, o que indica que a condição física está lá para o Tour e será acompanhado por mais ciclistas belgas combativos, falamos de Tim Wellens e de Thomas de Gendt. Maxime Monfort será o capitão na estrada.

 

Previsão: Muita combatividade com os belgas da equipa mas vai faltar a vitória que também não vai chegar por intermédio de Caleb Ewan.

 

Mitchelton Scott

Vencedor da classificação da juventude em 2016 e 4º na geral desse ano Adam Yates procura regressar aos bons resultados nas Grandes Voltas e tem estado a preparar esta prova ao detalhe, 2º na Catalunha, 5º no País Basco e abandonou o Dauphine quando era 2º. Desta vez terá o seu irmão para o lado como gregário na montanha, depois do relativo falhanço que foi o Giro para Simon Yates, onde partia com grandes expectativas.

Outra peça fundamental neste puzzle será Jack Haig, um puro trepador que acreditamos ter capacidade para fazer top 10 numa Grande Volta num futuro próximo, talvez já na Vuelta. Chris Juul-Jensen, Luke Durbridge e Michael Hepburn são os roladores de serviço, enquanto Matteo Trentin tentará conquistar 1 etapa, a par de Daryl Impey. No entanto com a quantidade e qualidade de sprinters que há neste pelotão esta dupla terá mais possibilidades de sucesso numa fuga do que num sprint.

 

Previsão: Adam Yates para um sólido top 10 e Matteo Trentin para se despedir da camisola de campeão europeu com um triunfo.

 

Movistar Team

Com o Giro já no bolso, a equipa espanhola chega com a confiança em alta. O elenco é de luxo mas já vimos em anos anteriores que o entrosamento não é o melhor. Nairo Quintana procura o seu primeiro Tour, está cada vez mais difícil pois tem vindo a pior as suas prestações e os resultados deste ano também não ajudam (destaca-se apenas o 2º lugar no Paris-Nice).

A liderança da equipa será repartida com Mikel Landa, que vem de ser 4º no Giro, e já disse que aponta ao pódio em Paris. Veremos que versão de Landa teremos em França, dado que não corre desde a Grande Volta italiana. O campeão do Mundo Alejandro Valverde vai ser o maior apoio destes dois, podendo intrometer-se na luta por algumas etapas. Marc Soler, Carlos Verona e Andrey Amador completam o bloco de montanha, numa equipa que ainda tem Imanol Erviti e o português Nelson Oliveira, uma peça fundamental nas etapas planas e de média montanha para a proteção aos líderes.

 

Previsão: Tanto Nairo Quintana como Mikle Landa farão top 10. Alejandro Valverde vai picar o ponto e ganhar uma etapa.

 

Team Arkéa Samsic

Até ao fim de semana passado, não seria de esperar muito por parte da equipa francesa, no entanto o cenário mudou. Warren Barguil é o recém-coroado campeão francês e o título deu-lhe a confiança. Um trepador de excelência que tenta volta ao seu melhor, estando ao seu alcance consegui-lo.

Andre Greipel já não é o mesmo de antigamente e 2019 tem sido um desastre. Poucos são os top 10 em provas importantes, o que faz com que as expectativas depositadas no “Gorila” sejam baixas. Estará, maioritariamente sozinho, podendo ter o apoio de Kevin Ledanois, o que é muito pouco. Amael Moinard, Maxime Bouet, Florian Vachon e Anthony Delaplace são ciclistas competentes na média montanha, devendo-se meter em fugas nesses dias. Por fim, atenção ao jovem Elie Gesbert, um revelação desta temporada, ele que tem conseguido bons resultados nas provas montanhosas mas que se destaca mais como um puncheur.

 

Previsão: Warren Barguil vai tentar muito e vai conseguir vencer com a sua nova camisola de campeão francês.




 

Team Dimension Data

Uma temporada para esquecer que parece estar para continuar. Poucas são as vitórias e poucos são os resultados de relevo. Edvald Boasson Hagen é, talvez, a maior esperança da equipa para ganhar uma etapa através de uma fuga e mesmo ao sprint também o pode conseguir, no entanto nas chegadas mais rápidas a aposta deve recair sobre Giacomo Nizzolo, que aos poucos parece voltar ao bom nível. Reinardt Janse van Rensburg e Lars Bak farão parte do comboio.

Michael Valgren está a ter uma temporada horrível mas nunca podemos descartar o talentoso dinamarquês nas etapas de média montanha. Será quase impossível a Ben King repetir o brilharete da Vuelta do ano passado e Steve Cummings já não é o mesmo mas a experiência e matreirice continuam lá. Roman Kreuziger é o trepador da equipa, a luta pela geral está descartada, e vai-se focar em etapas, algo que com os recentes resultados também não se avizinha uma tarefa fácil.

 

Previsão: O Tour vai ser mais uma prova para esquecer, acentuando, ainda mais, a temporada péssima da equipa sul-africana.

 

Team Jumbo-Visma

Esta é uma das equipas que vem com uma equipa dividida em dois blocos: geral e sprints. Começando pela geral, Steven Kruijswijk será a aposta da formação holandesa, ele que foi 5º no ano passado e a partir daí ganhou uma consistência incrível em provas por etapas. Será apoiado por George Bennett e Laurens de Plus, dois corredores que noutras equipas poderiam ter papéis diferentes dada a sua qualidade.

No sprint, Dylan Groenewegen é a carta. Indiscutivelmente, um dos homens mais rápidos do mundo, o holandês quer juntar mais às duas vitórias conseguidas na edição transacta. Um comboio com Mike Teunissen, Wout van Aert e Amund Grondahl Jansen é, com toda a certeza, um dos mais fortes presentes. Tony Martin ajudará os dois blocos ao ser um ciclista polivalente e atenção a Wout van Aert que tem estado a voar desde o Dauphine.

 

Previsão: A velocidade de ponta acima da média dará duas vitórias a Dylan Groenewegen. Steven Kruijswijk fará top 10 com bastante facilidade. Wout van Aert vai estrear-se a ganhar em grandes voltas.

 

Team INEOS

Mesmo sem a presença do seu grande líder Chris Froome, a formação britânica parte com um elenco de luxo em busca do 7º no Tour nos últimos 8 anos.  O campeão em título Geraint Thomas parte com a liderança, ele que aos poucos tem vindo a aprimorar a sua forma e só uma queda na Volta a Suíça impediu de ver o real nível do britânico.

Thomas não estará sozinho na liderança já que Egan Bernal foi, também, nomeado como um dos ciclistas a ser protegido. Depois de ter falhado o Giro por lesão, o jovem colombiano tem aqui o seu primeiro grande teste após uma temporada de sonho, pois ganhou na Suíça e o Paris-Nice e foi 3º na Catalunha.

Se os líderes já são o que são, os gregários não ficam atrás. Wout Poels é um dos melhores do mundo neste tipo de papel, no Dauphine mostrou-se bem e só podemos esperar ver o holandês a melhorar. Dylan van Baarle foi outro dos destaques do Dauphine e merece a chamada, sendo que a par de Luke Rowe, deve trabalhar mais nas etapas com menor grau de exigência. Jonathan Castroviejo, Gianni Moscon e Michal Kwiatkowski são locomotivas de luxo, sendo ciclistas para qualquer tipo de terreno.

 

Previsão: Geraint Thomas vai revalidar o título do Tour de France, sendo acompanhado no pódio por Egan Bernal, que fará 3º e ganhará a juventude. Uma etapa para cada um dos líderes.

 

Team Katusha-Alpecin

Uma equipa estranha, não há muito mais a dizer. Ilnur Zakarin é o único trepador mas vem com o Giro nas pernas pelo que não se pode esperar muito do russo. Isto pode dar liberdade a José Gonçalves que tem várias etapas ao seu jeito e aí conseguir entrar numa fuga e estar na luta pela vitória na sua estreia no Tour.

Jens Debusschere e Rick Zabel são os dois sprinters da equipa e devem dividir entre si as chegadas rápidas onde Marco Haller e Mad Wurtz Schmidt farão parte do comboio. Alex Dowsett tentará brilhar no contra-relógio e Nils Politt é mais um a tentar uma vitória a partir de uma fuga, algo que não será fácil.

 

Previsão: Uma equipa que vai passar ao lado da prova.



 

Team Sunweb

Sem Tom Dumoulin todas as atenções da equipa estão em Michael Matthews, vencedor da camisola verde em 2017. O australiano diz não estar tão rápido mas pode ser apenas bluff. Está a ter um ano razoável dentro de uma equipa em fraco rendimento. Nikias Arndt e Cees Bool são os restantes homens rápidos da equipa, que farão o lançamento de Bling.

Wilco Kelderman ainda parece longe do seu melhor após mais uma lesão grave que o apoquentou pelo que deve tentar lutar por etapas numa fase mais adiantada da prova. O veterano Nicolas Roche vem em boa forma mas dificilmente fará algo. Soren Kragh Andersen é um ciclista todo-o-terreno, adaptando-se a tudo, podendo ser um apoio a Matthews, andar bem no contra-relógio ou tentar ganhar uma etapa de média montanha. Chad Haga e Lennard Kamna são bons contra-relogistas.

 

Previsão: Não acreditamos numa boa prestação da equipa holandesa, que vai sair de França de mãos a abanar.

 

Team Total Direct Energie

A formação liderada por Jean-René Bernardeau continua a ter a confiança da ASO e a estar presente na sua Grande Volta. Lilian Calmejane é a grande aposta da equipa para ganhar uma etapa. Bom na média montanha e com uma ponta final razoável, o francês pode sonhar com um triunfo. Com características semelhantes, Anthony Turgis que está a ter um bom ano, finalmente confirmando o seu potencial.

Niccolo Bonifazio é o sprinter de serviço, um ciclista kamikaze que tanto pode estar na luta pelos primeiros lugares como eclipsar-se.  Rein Taaramae está a exibir-se a um bom nível e é a melhor opção para a alta montanha, com Romain Sicard a ser a alternativa apesar de andar longe do seu melhor. Fabien Grellier e Paul Ourselin vão aparecer nas fugas das etapas planas e Niki Terpstra pode ter o mesmo papel, podendo estar guardado para ataques perto dos finais das etapas.

 

Previsão: Fugas, fugas e mais fugas.

 

Trek-Segafredo

Mais uma oportunidade para Richie Porte! Conseguirá o australiano não falhar como tem acontecido praticamente todos os anos? 5º em 2016 mas todos os outros anos foram um desastre, algo que condiz com a temporada até agora feita onde apenas apareceu, como sempre, no Tour Down Under.

Depois de um Giro onde superou as expectativas, Bauke Mollema surge como o maior apoio de Porte, sendo que acreditamos que pode ter alguma liberdade quando a montanha chegar. O rei dos trepadores do Giro Giulio Ciccone e Julien Bernard completam o bloco de montanha, onde também podemos encaixar Fabio Felline e Toms Skuijns, para as etapas menos duras. Koen de Kort servirá de lançador de serviço para Jasper Stuyven.

 

Previsão: Richie Porte vai voltar a falhar, isto porque vai voltar a cair na primeira semana. Giulio Ciccone será o maior animador da equipa.

 

UAE Team Emirates

Uma equipa que traz um bloco de qualidade mas que dificilmente vai trabalhar bem. Dan Martin é a opção mais válida para a classificação geral. Um ciclista muito regular nas provas por etapas que faz e que conta já com 3 top 10 consecutivos. Fabio Aru procura voltar ao seu melhor mas a exigência de 3 semanas pode dificultar a tarefa. Rui Costa deve ter liberdade para procurar vitórias em etapas, acontecendo o mesmo com Sergio Henao.

Alexander Kristoff será o sprinter da equipa na ausência forçada de Fernando Gaviria. Habituado a estas andanças, o norueguês tentará uma vitória em etapa. Sven Erik Bystrom e Jasper Philipsen serão os seus guias nos finais de etapa. Vegard Stake Laegen será um ciclista de muito trabalho.

 

Previsão: Daniel Martin fará mais um top 10 no Tour, numa equipa que verá Rui Costa triunfar na cidade de Gap, mantendo as tradições portuguesas.



 

Wanty-Groupe Gobert

A equipa Profissional Continental belga volta a estar presente no Tour. Sempre uma equipa muito combativa, espera-se mais do mesmo com os seus ciclistas a entrarem em muitas fugas. Frederik Backaert, Yoann Offredo e Kevin van Melsen terão essa missão nas primeiras etapas, passando depois a palavra a Xandro Meurisse, Odd Christian Eiking e Aimé de Gendt, três talentosos puncheurs.

Apesar de tudo isto, Guillaume Martin é a grande figura da equipa e será ele que mais perto deve ficar de vencer uma etapa. Cada vez melhor na alta montanha (ganhou no Monte Etna este ano), o francês está à espreita de um grande triunfo. O sempre regular Andrea Pasqualon lutará por lugares honrosos nas chegadas ao sprint.

 

Previsão: A equipa belga vai fazer merecer pelo convite e mostrar-se-á em muitas fugas e Guillaume Martin vai estar perto de vencer uma etapa.

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