AG2R Citroen Team – 14

A equipa francesa vinha para vencer etapas e foi Clement Champoussin a conquistar o objetivo in extremis. Depois de muito tentar ao longo das 3 semanas, já tinha somado um 5º e um 3º lugares, o francês venceu, de forma épica, a etapa 20, o primeiro triunfo da sua carreira. Geoffrey Bouchard não se focou em etapas, ao contrário de outros anos, lutou pela geral e foi 14º. Lilian Calmejane somou dois top-10 mas está longe do ciclista de outrora. Destacar, também, a combatividade de Stan Dewulf na segunda metade de Vuelta.

Clement Venturini era o sprinter de serviço mas apenas somou um top-10, continua a mostrar que o seu nível não é para estas provas. Damien Touzé era o seu apoio, talvez se a ordem fosse a contrária, podiam ter sido mais top-10. Mikael Cherel nem se viu e Nicolas Prodhomme aprendeu bastante na sua primeira Grande Volta.




Alpecin – Fenix – 17

Aquela equipa Profissional Continental que mais parece do World Tour e que conseguiu o feito de ganhar etapas nas 3 Grandes Voltas em 2021. Jasper Philipsen não falhou, cumpriu o prometido e foi dividindo triunfos com Jakobsen até ser forçado a abandonar na 11ª etapa, ganhou a 2ª e a 5ª jornada, o belga foi um dos sprinters mais regulares do ano e aparenta ter uma grande facilidade de colocação. O comboio com Thwaites, Krieger e Modolo resultou muito bem.

Edward Planckaert não conseguiu confirmar a vitória obtido em Burgos, enquanto Floris de Tier esteve metido em algumas fugas, havendo sempre quem trepasse melhor que ele. Jay Vine foi a outra estrela da equipa, esteve em 2 grandes fugas que resultaram e foi 3º numa delas, não obstante uma queda que o deixou muito maltratado, na chegada a Pico Villuercas. Vine ainda é jovem, tem 25 anos, e foi o vencedor da Zwift Academy, tendo ainda muito espaço para evoluir.

 

Astana – Premier Tech – 6

Teoricamente à partida um dos colectivos mais fortes, terminou de mãos a abanar e a dar uma imagem muito pálida. Vlasov está de saída, fala-se que Fraile, Aranburu e os irmãos Izagirre também, o plantel parece já estar com a cabeça em 2022. A Vuelta nem começou mal com o 2º posto de Aranburu em Burgos, mas uma das maiores esperanças de conquista de etapa foi para casa a meio da corrida. Vlasov vinha com o pensamento na geral e até estava em 11º quando as coisas começaram a descambar, as consequências de uma queda forçaram-no a abandonar. O russo parece ter limitações que o impedem de discutir a vitória numa corrida de 3 semanas.

Sobre os restantes não há muito a dizer, Oscar Rodriguez foi para casa cedo, Omar Fraile nem se viu, Gorka Izagirre e Ion Izagirre nunca tiveram capacidade para seguir com os melhores nas fugas e Luis Leon Sanchez também não chegou ao fim da prova. Terminou apenas com 3 ciclistas.

 

Bahrain-Victorious – 20

Tal como aconteceu no Giro, Mikel Landa voltou a ser a desilusão. O basco vinha de ganhar a Vuelta a Burgos mas ainda antes do 1º dia de descanso estava fora da luta pela geral, tendo abandonado mais tarde. A equipa libertou-se e Jack Haig aproveitou a oportunidade para fazer 3º e terminar, pela primeira vez na carreira, no pódio de uma Grande Volta. Sempre muito regular, o australiano contou com o apoio de Gino Mader, uma das grandes surpresas da Vuelta, ao terminar em 5º e vencer a juventude.

Damiano Caruso levou para casa uma etapa, após uma cavalgada impressionante, chegou a andar na luta pela montanha mas depois focou-se em ajudar o coletivo. Wout Poels foi incansável, muito trabalhou na frente do pelotão. Jan Tratnik e Yukiya Arashiro também se viram muitas vezes na frente do pelotão. Mark Padun, pelo que vinha a fazer durante a temporada, foi uma desilusão, pouco se viu, cedo ficava para trás. Na realidade, só apareceu na etapa 20.




Bora – Hansgrohe – 13

Não foi a melhor Grande Volta que já vimos por parte da equipa alemã, não sendo também má de todo. Felix Grossschartner fez uma excelente Vuelta e não fosse um mau dia no Gamoniteiru teria terminado acima do 10º lugar, ele que já tinha sido 9º em 2020, nesse dia ele perdeu 5 minutos para alguns dos rivais nesta luta. Maximilian Schachmann não chegou na melhor forma e não conseguiu encontrá-la durante a Vuelta, foi uma sombra dele mesmo e nem deu muita ajuda ao seu líder, nesse campo é preciso destacar Ben Zwiehoff.

Foi uma excelente oportunidade para o jovem sprinter Jordi Meeus, que não a desperdiçou, ele que foi melhorando ao longo da Vuelta, foi 7º nas etapas 4 e 5, 4º na etapa 8 e 2º na 16ª jornada. Contou com a ajuda de estónio Martin Laas, que aproveitou para fazer 2 top 10 pelo caminho. Esperávamos mais de Patrick Gamper.

 

Burgos-BH – 9

É daquelas equipas que não chega propriamente a ser uma desilusão porque não havia expectativas sobre ela. Daniel Navarro e Oscar Cabedo foram os melhores elementos da equipa na geral, sendo 24º e 19º respectivamente, parece que a estratégia foi mesmo alcançar o melhor lugar possível na geral sabendo que triunfos em fuga seriam dificílimos, traduzindo-se também numa classificação colectiva a meio da tabela. O 12º posto de Navarro em Pico Villuercas foi a melhor classificação em etapa de um elemento da Burgos.

Os restantes ciclistas integraram principalmente fugas em jornadas planas e de média montanha, em que as equipas dos sprinters e puncheurs não deram hipóteses. Jetse Bol foi o principal destaque nas fugas, foi o ciclista com mais quilómetros escapados na Vuelta.

 

Caja Rural – Seguros RGA – 10

Foi uma Vuelta dentro do aceitável para a emblemática Profissional Continental espanhola. É preciso ver que nesta Volta a Espanha a vitória numa fuga estava muito cara, houve poucos vencedores surpreendentes e até alguns repetentes, e as equipas dos sprinters deram poucas veleidades nas etapas que assentavam aos homens rápidos. O sprinter da equipa, Jon Aberasturi, foi 6º por 3 vezes, um resultado dentro do expectável.

Depois nas fugas foram destacando-se essencialmente Jonathan Lastra, a fazer uma excelente época, e Julen Amezqueta, que ainda foi 11º na etapa 10. Jefferson Cepeda tarda em confirmar o seu potencial, terminou a Vuelta discreto, na 32ª posição.

 

Cofidis, Solutions Crédits – 13

Uma equipa habituada a estar presente na Vuelta e que voltou a justificar a presença. É certo que não venceu etapas, Jesus Herrada era a grande esperança e até foi 2º em Pico Villuercas, no entanto os restantes trepadores (José Herrada e Fernando Barceló) tiveram uma prestação discreta.

Após o top-10 no Tour, Guillaume Martin voltou a aplicar a receita na Vuelta. Em sofrimento nos últimos dias, acusando o muito desgaste e as debilidades devido a uma queda, o francês foi 9º, muito por culpa da fuga da etapa 10, onde ganhou muito tempo. A partir daí, Remy Rochas foi um apoio fundamental. Ao sprint, Emmanuel Morin ajudava Piet Allegaert e o belga esteve muito regular, conseguindo 4 top-10 em chegadas rápidas.

 

 




Deceuninck-QuickStep – 19

Mais uma prova de 3 semanas brilhante da equipa belga, que sai da Vuelta mais do que satisfeita, 3 vitórias em etapa de Fabio Jakobsen e 1 de Florian Senechal e a conquista da classificação por pontos. Para Jakobsen foi um regresso em grande a este nível, ele que há 13 meses estava numa cama de hospital e havia questões sobre se voltaria sequer a correr uma Grande Volta, quando mais ganhar 3 jornadas e levar uma camisola. O comboio foi bom, a equipa uniu-se em redor do seu sprintar para o ajudar a passar a montanha.

Senechal foi crucial nos lançamentos e aproveitou uma grande oportunidade que lhe apareceu à grande, apesar da reprimenda do seu sprinter no pós-etapa, um prémio merecido para alguém que ajudou outros a conquistar dezenas de triunfos. Cerny foi importante nas perseguições e ainda fez 5º e 4º nos contra-relógios, Stybar foi um elemento chave no comboio, enquanto Bagioli e Vansevenant tiveram liberdade para fugas nas etapas de montanha. O italiano fez 2 pódios e um 4º posto, enquanto Vansevenant foi 2º na etapa 10, uma estreia promissora em Grandes Voltas para estes 2 talentos. A única nota negativa vai para James Knox, o trepador britânico que já fez 14º no Giro e 11º na Vuelta, nem se viu na corrida.

 

EF Education – NIPPO – 19

Vinham com o foco na classificação geral para Hugh Carthy, mas cedo se viu que o britânico, 3º em 2020, não vinha em condições de lutar com os melhores, e também cedo abandonou, na 7ª etapa. Isso permitiu à equipa dar liberdade a todos os ciclistas para caçar etapas e Magnus Cort aproveitou isso na perfeição, fazendo uma Vuelta de sonho. 3 vitórias em etapa, mais 2 pódios e o prémio de mais combativo da corrida. Segurou a carga dos favoritos num final em subida após uma longa fuga, ganhou um sprint em pelotão reduzido e superou outros ciclistas rápidos noutra fuga em Monforte de Lemos. O dinamarquês é um ciclista extremamente eficaz e completo e apesar de ser um dos melhores corredores do Mundo nestas etapas de média montanha continua a não ser muito marcado e a não dar muito nas vistas.

Tom Scully foi 4º logo na abertura da Vuelta, Jens Keukeleire foi muito importante em alguns momentos na ajuda a Cort, o mesmo se aplica a Craddock e Diego Camargo andou ocasionalmente com os melhores na montanha. A nota negativa vai mesmo para os britânicos, tanto Carr como Carthy desistiram, mas isso também permitiu maior liberdade aos restantes, sem ninguém a lutar pela geral.

 

Euskaltel – Euskadi – 11

Regresso a este nível da “laranja mecânica”, o que é sempre de saudar e os bascos fizeram o possível. Mikel Bizkarra é um dos líderes da equipa e como é habitual terminou a Vuelta em grande, com um 7º posto na penúltima etapa, é um motor a diesel que mostra sempre a sua melhor versão quando a corrida é longa. Xavier Azparren também acabou bem a Volta a Espanha, o top 20 no contra-relógio final foi uma surpresa.

Juan José Lobato mostrou novamente que a sua melhor fase da carreira já passou, o sprinter da equipa foi António Jesus Soto, que teve uma regularidade incrível, esteve por 6 vezes no top 15, 3 delas no top 10, foi um corredor que em 2021 claramente deu um salto qualitativo em frente.

 

Groupama – FDJ – 7

Colocaram todos os ovos no cesto de Arnaud Demare e o francês deixou cair os ovos todos. Contra esta concorrência, Demare tinha obrigação de fazer muito mais, só esteve no pódio por 1 vez, quanto mais ganhar, o que é uma desilusão para um sprinter deste gabarito. A Groupama-FDJ tem de pensar seriamente no futuro, os seus 2 grandes líderes Pinot e Demare estão em dificuldades, é tempo para uma nova vaga surgir, liderada por David Gaudu. Demare até tinha um excelente comboio conseguido, mas pareceu sempre sem capacidade, sem confiança e quase nunca seguiu os seus lançadores.

Rudy Molard tinha liberdade na montanha, caiu e abandonou na etapa 16, sem se ter mostrado muito antes. Anthony Roux foi a única nota positiva, apesar dos seus 34 anos e de uma forma algo inesperada, 8º no sprint reduzido de Córdoba e 5º na fuga de Monforte de Lemos, esteve muito bem na média montanha.



INEOS Grenadiers – 16

A equipa britânica vinha com um bloco muito forte e com dois líderes, em Egan Bernal e Adam Yates, e por isso não se pode dizer que tenha sido a melhor das Grandes Voltas. Não venceram etapas, não conseguiram o pódio, terminando com Yates em 4º e Bernal em 6º. O primeiro foi regular ao longo das 3 semanas, o seu registo habitual, sendo que o colombiano foi de menos a mais, mostrou-se sem medo e atacou muito na semana final.

Richard Carapaz acusou o desgaste do Tour e dos Jogos Olímpicos e não foi grande ajuda. Salvatore Puccio mal se viu, tal como Jhonatan Narvaez, de quem se esperava mais. Pavel Sivakov não falhou quando foi chamado e ainda esteve perto de vencer. Dylan van Baarle é um corredor muito fiável, anda bem em qualquer tipo de terreno, sentiu-se a sua falta quando foi forçado a abandonar. Por fim, Tom Pidcock teve alguma liberdade mas viu-se que não estava em grande forma.

 

Intermarché – Wanty – Gobert Matériaux – 20

O que dizer da Vuelta da equipa belga? Rein Taaramae triunfou em Picón Blanco, envergou a camisola vermelha por um dia no entanto o melhor estava para vir ao 10º dia, com Odd Christian Eiking a integrar uma fuga vitoriosa, que lhe valeu a liderança durante 7 etapas! Finalizou a Vuelta em 11º. Louis Meintjes caminhava para um sólido top-10, há muito que não víamos o sul-africano a andar assim, mas uma queda na 18ª etapa fez com que tivesse que abandonar.

Enquanto a camisola vermelha esteve na equipa, os seus ciclistas souberam honrá-la, sempre na frente do pelotão e impondo ritmo. Destaque para Jan Hirt, Simone Petilli, Kevin van Melsen e Wesley Kreder. Riccardo Minali está longe de ser um sprinter regular no entanto conseguiu 3 top-10, curiosamente sempre 8º.

 

Israel Start-Up Nation – 6

O alinhamento não era particularmente prometedor e a estrada confirmou o que se previa. Sep Vanmarcke até parecia vir em boa forma, mas não se viu durante a Vuelta e o sprinter Davide Cimolai, a caminho da Cofidis, abandonou logo à 8ª etapa. Para sprintar restou Itamar Einhorn e o israelita até teve alguns apontamentos positivos, sacou um 5º e um 7º posto, o que a este nível é muito bom.

James Piccoli ainda se mostrou numa ou outra fuga e Mads Wurtz foi para casa ao 7º dia para 1 semana depois estar a começar o Benelux Tour, onde fez 16º.  Uma formação que ainda não tem profundidade de plantel para estar competitiva nas 3 Grandes Voltas.

 




Lotto Soudal – 12

Uma formação constituída maioritariamente por ciclistas muito jovens e que teve alguns apontamentos positivos. A equipa belga usa muitas vezes a Vuelta para dar experiência e oportunidade a estes talentos. Harm Vanhoucke era dos que tinha mais responsabilidade, mas raramente apareceu, enquanto Maxim van Gils e Sylvain Moniquet, com uma boa exibição na penúltima etapa, mostraram bons pormenores.

Steff Cras, na luta por um contrato para 2022, terminou a Vuelta em 20º, para além de algumas fugas, enquanto o dinamarquês Andreas Kron que teve uma excelente temporada foi 8º na etapa 7, 5º na etapa 12 e 6º na etapa 19, pareceu sempre que entrou nas fugas erradas tendo em conta o seu perfil.

 

Movistar Team – 17

A Vuelta da equipa espanhola pode ser dividida em várias partes. A primeira fase termina no abandono de Alejandro Valverde, o espanhol estava bastante ativo e seria uma peça fundamental na estratégia da sua equipa. A partir daí, a Movistar correu mais na defensiva e foi mantendo Enric Mas e Miguel Angel Lopez entre os primeiros, mais precisamente em 2º e 3º.

A vitória em etapa no Alto del Gamoniteiru de Lopez foi o coroar de uma boa Vuelta no entanto dois dias depois o Superman protagonizada um dos episódios mais estranhos de toda a temporada. Enric Mas continuou seguro, sempre com os melhores, foi o único a seguir Roglic na maioria das etapas e isso valeu-lhe o 2º lugar final. Um pódio que a Movistar não conseguia há 2 anos.

Carlos Verona foi o melhor dos restantes, um gregário muito importante quando a estrada inclinava. Nelson Oliveira, Imanol Erviti e José Joaquin Rojas cumpriram com o seu papel, gregários muito fiáveis nas partes iniciais.

 

Team BikeExchange – 8

O alinhamento era bom, dos mais coesos nesta Vuelta, e os objectivos estavam bem definidos, só que a equipa australiana sai daqui de mãos a abanar. Vimos quase uma cópia do Tour em certos momentos, a equipa a dar tudo e a sacrificar-se em prol de Michael Matthews e o sprinter de 30 anos nunca foi capaz de fechar com chave de ouro esse excelente trabalho. A etapa que mais fica na retina é a chegada a Córdoba, a 2ª vitória de Cort. A formação dos Antípodas trabalhou imenso, colocou Matthews na perfeição e depois o lançamento perfeito de Keukeleire deitou tudo por terra.

Luka Mezgec teve uma oportunidade e foi 4º no dia em que Senechal ganhou, Lucas Hamilton foi uma sombra do que já fez esta temporada e Mikel Nieve esteve a anos luz do que já demonstrou em Grandes Voltas. Robert Stannard não teve grandes chances, Andrey Zeits ainda fez 1 top 10 e Nick Schultz foi dos mais inconformados ao longo da Vuelta. A aposta declarada da equipa em Matthews não resultou, tanto no Tour como na Vuelta, e isso deve ser motivo de reflexão.

 

Team DSM – 20

Depois de uma época medíocre a Team DSM encontrou na Vuelta uma espécie de salvação e, sem dúvida, limparam a imagem. Michael Storer chegou motivado, em grande forma e sem pressão depois de ter assinado contrato com a Groupama-FDJ. Teve liberdade para tudo e mais alguma coisa e ganhou 2 etapas, levando para casa também a classificação da montanha.

Romain Bardet também esteve em excelente plano, depois de ter ameaçado por 2 vezes, triunfou em Pico Villuercas, teve um ano positivo depois da saída da Ag2r. Nas fugas foram cruciais ou gregários da equipa, a distanciar o pelotão ou a fechar espaços para a frente, falamos de Chris Hamilton, Martijn Tusveld e Thymen Arensman, que até fez 3º no contra-relógio final. Alberto Dainese teve uma excelente estreia em Grandes Voltas, o sprinter italiano esteve no pódio em 3 etapas, estará já a olhar ansiosamente para 2022.



Team Jumbo-Visma – 20

Pelo terceiro ano consecutivo, Primoz Roglic venceu a Vuelta e esta pareceu a vitória mais convincente de todas. O esloveno nunca esteve em dificuldades, geriu a seu belo prazer e quando tinha que atacar atacava. Pelo meio venceu quatro etapas.

A gestão que a equipa fez quando tinha a camisola vermelha numa fase inicial foi fundamental para manter os seus ciclistas frescos para a parte mais adiantada da Vuelta. Steven Kruijswijk foi de menos a mais, Sam Oomen foi sempre muito regular e Koen Bouwman, Robert Gesink, Nathan van Hooydonck e Lennard Hofstede eram sempre dos primeiros a entrar ao serviço. Destaque, também, para Sepp Kuss, braço direito de Roglic que acabou por conseguir o primeiro top-10 em Grandes Voltas, foi 8º, confirmando todo o seu potencial para fazer 3 semanas ao melhor nível.

 

Team Qhubeka NextHash – 10

A despedida de Fabio Aru até começou bem, seguiu os melhores nas primeiras etapas, só que a Vuelta do italiano descambou a meio, somando contratempos. Sergio Henao ia a caminho de um possível top 20, sendo forçado a abandonar depois da queda na etapa 18. Nenhum deles pareceu capaz de disputar etapas.

Para os sprints havia Reinardt van Rensburg, que fez 3 top 15, chegou fora do limite na 7ª etapa e ainda foi participar no Benelux Tour. Foi uma Vuelta muito fraca para uma das formações mais débeis do World Tour, nunca sendo capazes de ser protagonistas.

 

 

Trek-Segafredo – 12

Ainda não foi desta que Giulio Ciccone teve uma Grande Volta sem percalços enquanto estava a lutar pela geral. O italiano estava em 12º quando sofreu uma queda e foi forçado a abandonar, voltou a deixar boas indicações antes disso. Quem também teve o mesmo desfecho foi Kenny Elissonde, ele que chegou a andar de vermelho depois da fuga na 3ª etapa e das quedas de Rein Taaramae.

Gianluca Brambilla fez uma corrida regular, sem andar a lutar por etapas, terminou em 22º e Juan Pedro Lopez foi uma agradável surpresa, o jovem espanhol de 24 anos correu a pensar na geral e terminou em 13º, passando pelos pingos da chuva. Quinn Simmons foi pensando em fugas e ia alcançado a glória na 19ª etapa, quando foi 3º.

 




UAE Team Emirates – 16

David de la Cruz era o líder da equipa árabe e o espanhol confirmou que a Vuelta é a sua prova e com uma fase final incrível conseguiu finalizar em 7º, algo que acontece pela terceira vez na sua carreira.

Rafal Majka espalhou magia na etapa 15, conseguindo uma das exibições mais impressionantes dos últimos anos, a fazer lembrar o Majka de outros anos. Jan Polanc apareceu a espaços e, no bloco de montanha, a desilusão acabou por ser Joe Dombrowski, que ainda assim foi 2º em Picon Blanco.

Juan Sebastian Molano vinha em grande forma mas cedo abandonou, não antes de conseguir dois 4º lugares. Matteo Trentin assumiu o sprint da equipa, pediu à equipa para endurecer certas etapas mas a vitória não chegou, apesar dos cinco top-10. Rui Oliveira esteve fabuloso, conseguiu três top-10, um deles um incrível 2º lugar atrás de Magnus Cort e Ryan Gibbons esteve em destaque ao 20º dia.



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