Ag2r Citroen Team – 8
O alinhamento não era o melhor e não fosse Andrea Vendrame a aparecer nos primeiros dias nem se tinha dado pela presença da equipa francesa. O italiano fez pódio na 2ª etapa, liderou a camisola por pontos mas depois desapareceu, estando ao nível da restante equipa.
Nicolas Prodhomme foi dos mais inconformados, esteve numa mão cheia de fugas, conseguindo um top-10 pelo meio. Pela experiência, Geoffrey Bouchard podia e devia ter dado mais, não se viu, e esperávamos que Dorian Godon tivesse um papel mais ativo, é um corredor completo e mal se viu nas etapas ao seu jeito.
Alpecin-Deceuninck – 18
A missão era “simples” e foi cumprida na perfeição. Kaden Groves era o sprinter de maior renome presente e saiu com 3 etapas e a camisola verde. Duas etapas logo a abrir e depois foi preciso esperar por Madrid para somar a terceira vitória. Pelo meio, muito trabalho para vencer a classificação por pontos, inclusive em fugas de etapas mais difíceis. O australiano provou ser um ciclista muito completo.
Groves levou a Alpecin-Deceuninck às costas, não há muito mais a apontar. Jimmy Jansens apareceu quando teve liberdade, ainda vez um top-10. Talvez Tobias Bayer pudesse ter aparecido nas etapas mais duras, mas o desgaste já era muito no trabalho para o seu sprinter.
Astana Qazaqstan Team – 8
Quando a profundidade do plantel não é muita não se podem esperar milagres. Samuele Battistella está muito longe do que pode apresentar, muito talentoso, tem que aparecer nestes momentos. Joe Dombrowski costuma aparecer algumas vezes por ano nas etapas de montanha, este ano nem isso, uma pequena desilusão.
David de la Cruz estava a ser o melhor da equipa, rende sempre bastante na Vuelta e, quando abandonou, estava em 11º. Luis Leon Sanchez fechou a carreira com uma prova discreta, tal como a restante temporada. Javier Romo foi o destaque na primeira semana, muita combatividade até desistir devido a queda.
Bahrain-Victorious – 18
Uma equipa que vinha com vários objetivos e, no final, pode sair bastante satisfeita com os resultados alcançados. Mikel Landa foi de menos a mais, cedo perdeu tempo, entrou numa fuga e aproveitou essa vantagem para se manter entre os melhores. Acabou em grande forma e no 5º posto da geral. Santiago Buitrago terminou em 10º, também em crescendo e também ele aproveitando fugas (foi 3º num dia), depois de uma queda o ter feito perder bastante tempo.
Wout Poels foi o grande gregário da terceira semana, é incrível como o neerlandês aparece sempre nestes momentos. 5 top-10 ao longo da Vuelta (alguns depois de trabalhar para os líderes) até aparecer a desejada vitória ao 20º dia de competição, nível altíssimo! Antonio Tiberi também trabalhou muito, começa a confirmar o seu potencial na montanha. Damiano Caruso bem tentou nas fugas, não faltou muito para vencer, fica como maior destaque o trabalho feito na última semana, quando a equipa assumiu a corrida. Matevz Govekar tentou aparecer nos sprints, sem apoio não foi uma tarefa nada fácil.
Bora-Hansgrohe – 15
A formação alemã voltou a enfrentar uma Grande Volta com diversos objetivos e cumpriu. Aleksandr Vlasov era o líder e, mais uma vez, terminou no top-10 (7º), ao seu estilo característico de descolar cedo mas de muito sofrimento. Não conseguiu entrar em fugas como noutras provas. Bem avisámos do potencial de Cian Uijtdebroecks e o belga não falhou. Aos 20 anos, estreia em Grandes Voltas e 8º lugar final, um ciclista da alta montanha. Com mais experiência será um caso sério no ciclismo, vamos ficar atentos.
Lennard Kamna deixou de lado a classificação geral, focou-se em vencer etapas e conseguiu-o na primeira semana, completando o triplete nas Grandes Voltas. Tentou mais uma mão cheia de vezes, combatividade é com o alemão e esteve perto no dia em que ganhou Rui Costa. Depois do brilharete do Giro por parte de Nico Denz, era difícil repetir a façanha. O alemão bem tentou e somou dois top-10, mostrando tod a sua qualidade. De todos os gregários, aquele que desiludiu foi Sergio Higuita. Alguém notou pela sua presença? Numa prova onde até se costuma dar bem o colombiano foi uma nulidade, muito pouco para a sua qualidade. Emanuel Buchmann está longe dos tempos em que fazia top-10 nas Grandes Voltas, é um fiel gregário, raramente falha no seu papel.
Burgos-BH – 10
Não esperávamos muito da equipa espanhola a não ser a presença constante em fugas e foi isso que aconteceu. Jetse Bol, Eric Fagundez e Ander Okamika animaram numa primeira fase, antes de aparecer Pelayo Sanchez para uma interessante semana final. 20º no Angliru, 14º em Cruz de Linares, antes de entrar na fuga da 20ª etapa e terminar em 3º. Números bastante interessantes para o jovem espanhol, ele que já tinha sido 6º numa outra fuga.
Jesus Ezquerra assumiu as rédeas da equipa ao sprint e ainda conseguiu um top-10. José Manuel Diaz era o principal trepador da equipa, vinha com bons resultados e esteve um pouco discreto.
Caja Rural-Seguros RGA – 12
Alguns anos depois, a equipa espanhola regressou à “sua” Grande Volta e com uma prestação bastante positiva. O campeão venezuelano Orluis Aular esteve perto de dar uma grande vitória na etapa 7, faltou uma pontinha de sorte para conseguir o grande resultado da sua carreira. Ainda conseguiu mais 2 top-10 antes de abandonar. David Gonzalez era outro dos sprinters designados e conseguiu dois 7º lugares, para além de alguma presença em fugas.
Jon Barrenetxea, Jefferson Cepeda e Fernando Barceló também somaram top-10 na competição. Mais de metade da equipa em destaque, o que demonstra a combatividade e a vontade dos ciclistas em mostrar serviço ao longo das 3 semanas de competição. A vitória era a cereja no topo do bolo no entanto têm que sair satisfeitos e esperançados que para o ano voltarão a estar presente na partida em Lisboa.
Cofidis – 13
Quem mais senão o veterano Jesus Herrada para vencer na Vuelta e salvar a Grande Volta da equipa espanhola? O espanhol é um corredor mortífero, poucas vezes aparece, só que escolhe as etapas a dedo e raramente falha. Foi isso que aconteceu em Laguna Negra e, desta forma, venceu pela 3ª vez na Vuelta.
Bryan Coquard era a grande esperança da equipa só que caiu ainda nos primeiros dias e abandonou, tendo já feito algumas semi-clássicas belgas e francesas entretanto. Longe dos melhores tempos, Davide Cimolai passou a ser o sprinter de serviço e ainda fez um 4º lugar, o seu melhor resultado em muito tempo.
A grande desilusão da equipa veio na montanha. É certo que Ruben Fernandez e Remy Rochas não são dos melhores do Mundo, são trepadores competentes, no entanto mal se viram durante as 21 etapas. Podiam ter arriscado mais, com presenças em fugas, principalmente Fernandez a correr em casa.
Lidl-Trek – 7
Não traziam o melhor alinhamento para esta Vuelta mas mesmo assim esperava-se mais, muito mais. Juan Pedro Lopez apareceu esporadicamente, alguns fogachos da sua qualidade, muito curto. Kenny Elissonde mal se viu, Bauke Mollema foi uma sombra de si próprio, a idade já começa a pesar. Julien Bernard e Amanuel Ghebreigzabhier conseguiram um top-10 cada, o que não deixa de ser muito pouco para o bloco de montanha da equipa.
Acabou por ser o sprinter da equipa a dar mais nas vistas. Aproveitando a menor qualidade dos sprinters e o facto de estudar as chegadas como pouco, Edward Theuns anotou 4 top-10, incluindo dois pódios. Começou bastante bem e fica a sensação que foi perdendo gás com o decorrer da prova.
EF Education-Easy Post – 8
Parece já que foi noutra vida que Andrea Piccolo envergou a camisola vermelha. Foi por apenas um dia que o italiano foi líder da Vuelta e isso foi o melhor momento da equipa, o que demonstra a fraca prestação obtida. Marijn van den Berg vinha com objetivos de ganhar, só que o neerlandês não teve dureza suficiente para deixar os sprinters puros para trás, juntando ao seu fraco posicionamento. Conseguiu 5 top-10, incluindo um pódio.
Lembram-se de Hugh Carthy? O gigante britânico esteve presente, o melhor que conseguiu foi ser 11º no Tourmalet. Não foi protagonista na geral nem na luta por etapas em fuga, muito pouco numa equipa onde os trepadores escasseavam. Dentro das suas limitações, Jonathan Caicedo esteve melhor, em duas fugas conquistou dois top-10. Stefan Bissegger foi outra desilusão, a continuar uma temporada muito fraca.
Groupama-FDJ – 14
Com uma equipa tão jovem e com muitos estreantes, Rudy Molard e Michael Storer partiam como os ciclistas mais experientes. Se o primeiro seria um mentor, o segundo partia com ambições, até chegou a declarar a montanha como objetivo. Só que não vimos o Storer de outros anos, ainda tentou, num par de fugas, mas foi muito pouco. Ao 6º dia, Lenny Martinez colocou a Groupama-FDJ com a liderança, o jovem francês envergou a roja por dois dias. Esteve no top-10 durante meia Vuelta, uma prova onde veio testar os seus limites.
Sobre o jovem Romain Gregoire também recaiam muitas expectativas, foi 7º em Barcelona e 2º em Lagunas Negra. Nada mau para a estreia em Grandes Voltas aos 20 anos. Longe de ser um sprinter puro, Lewis Askey aproveitou a oportunidade para se mostrar e conseguir três top-10, uma participação bastante positiva por parte do britânico.
Ineos-Grenadiers – 11
Uma equipa que cedo perdeu qualquer esperança de ganhar a corrida ou mesmo fazer pódio, Arensman desistiu no final da primeira semana e Geraint Thomas foi afectado por azares atrás de azares que o fizeram atrasar-se imenso. O britânico lutou, esteve em 2 fugas vencedoras, mas não conseguiu destacar-se. Egan Bernal mostrou que a sua recuperação está a ser bem complicada depois do grave acidente que teve e adensam-se as dúvidas sobre se alguma vez vai voltar ao nível de antigamente.
Coube a Filippo Ganna salvar a honra do convento, entre a vitória no contra-relógio e 3 pódios em etapas ao sprint, quando quase ninguém esperava que estivesse na discussão dessas tiradas. Jonathan Castroviejo esteve em 3 fugas, depois perdeu o gás na última semana. No cômputo geral, e para uma estrutura com o orçamento e antigo poderio da Ineos-Grenadiers, foi uma Grande Volta bem fraquinha.
Intermarche-Circus-Wanty – 14
Foi o veterano português Rui Costa a salvar não só a Vuelta, mas a temporada de Grandes Voltas da equipa, que tinha saído a seco do Giro e do Tour. Rui Costa lutou, mostrou capacidade física e colheu a merecida recompensa na etapa 15, ao bater Kamna e Buitrago ao sprint, uma vitória de alto nível. As pernas estavam tão boas e a confiança era tal que ainda foi 6º nas etapas 20 e 21.
Kobe Goossens caiu e abandonou, Rune Herregodts e Rein Taaramae não se viram nas transmissões antes de desistirem e nos sprints Hugo Page até obteve bons resultados, sai da Vuelta com 4 presenças no top 10.
Lotto-Dstny – 16
Creio que globalmente estiveram bem, cumpriram o objectivo e foi logo ao segundo dia, quando Andreas Kron escapou-se para a vitória em Barcelona não obstante a neutralização de tempos. É preciso ver que o dinamarquês fez uma excelente Vuelta, não se lhe pode apontar nada, terminou no top 5 mais 3 vezes para além do seu triunfo e andou bem quase desde o primeiro ao último dia.
Foi uma primeira semana em cheio com Eduardo Sepulveda a andar com a camisola da montanha. Lennert van Eetvelt voltou a mostrar que em 2024 poderá ser um caso muito, muito sério. Na sua estreia em Grandes Voltas andou em 4 fugas e fez 3 top 10, a confirmar o que fez no resto do ano. Milan Menten sai da Vuelta com resultados abaixo do esperado, fez apenas 1 top 5 e vamos ver se vai ter outra oportunidade deste calibre.
Jumbo-Visma – 20
Polémicas à parte, foram quase perfeitos, não se pode criticar uma equipa que ganha várias etapas, conquista os 3 primeiros lugares da geral e ainda leva para casa a classificação colectiva. Sepp Kuss foi um meritório vencedor, a jogada de o integrar naquela fuga foi acertada e ao longo dos dias quase nunca cedeu tempo para os rivais externos. Ainda por cima o norte-americano fez isto quando já tinha completado o Giro e o Tour, sempre a grande nível e sempre a ajudar os seus colegas na glória.
Percebo e compreendo os ataques de Vingegaard e Roglic nas etapas de montanha, são grandes campeões que sacrificam imenso para estar aqui a este nível, faz parte da natureza e da competição serem ambiciosos. Puseram a camisola vermelha em causa, mas nunca prejudicando a equipa levando rivais com eles, foi graças a isso que cavaram um fosso tão grande que nas últimas jornadas controlaram a seu belo prazer quando já havia ordens internas de quem iria vencer. Fizeram algo histórico e que se calhar não vai ser repetido em tempos recentes. Toda a equipa esteve a um bom nível e raramente deixaram os seus líderes expostos, palavra de apreço para Attila Valter, Wilco Kelderman, Robert Gesink, Dylan van Baarle e Jan Tratnik.
Movistar Team – 12
Acho que não saem desta Vuelta totalmente satisfeitos, principalmente tendo em conta que o 6º posto de Enric Mas fica muito abaixo do 2º lugar conquistado pelo espanhol em 2021 e 2022, este ano nunca sequer pareceu ter capacidade para o pódio. O espanhol continua a ser muito irregular e nunca se sabe bem o nível que vai apresentar, muito, na minha opinião, pela parte mental e da confiança. Queixou-se que não tinha grande comboio de montanha, esse ficou debilitado quando Ruben Guerreiro foi forçado a retirar-se da prova.
Nelson Oliveira voltou a mostrar-se em bom nível, Einer Rubio não esteve nada mal na montanha, terminou em 16º e fez 3 top 10 em etapas e Ivan Garcia Cortina finalizou muito bem a corridas ao fazer 5º por 2 vezes. A maior desilusão, tendo em conta o que mostrou entre Maio e Agosto, foi o campeão espanhol Oier Lazkano, nunca esteve sequer perto do top 10.
Soudal – Quick Step – 17
Esta é talvez a avaliação mais complicada de fazer, saem daqui como uma das equipas mais bem-sucedidas desta Vuelta e não cumpriram o objectivo a que se tinham proposto. Será que Remco Evenepoel assinaria sair desta Vuelta com 3 vitórias em etapa, 3 segundos lugares, o 12º posto da geral e a classificação da montanha? Eu acho que sim. Não vejo isto como um falhanço, o belga teve um dia mau, acontece, e foi impressionante a partir daí. Conseguiu a motivação e o foco para mudar agulhas para outros objetivos e fazer o melhor possível, também em prol da equipa que tanto trabalhou para ele.
O seu atraso na geral modificou o panorama da corrida, a Jumbo-Visma nesse dia eliminou o seu maior rival e 3 fugas ficaram “condenadas” ao poder de Evenepoel. Goste-se ou não é um corredor que tem este dom e esta capacidade de mudar corridas. Já no passado foi assim, com Evenepoel no alinhamento, todos os seus companheiros ficaram um pouco presos de movimentos, ainda assim Knox, Cattaneo e Vervaeke pareceram bem fisicamente quando tiveram algum destaque.
Team Arkea-Samsic – 6
Não há volta a dar, uma das piores equipas desta Volta a Espanha e creio que nem é uma opinião polémica. E em termos de resultados a maior desilusão foi mesmo Hugo Hofstetter, que num leque de sprinters destes sai daqui com apenas 1 top 10 em etapa. Sim, também esperava mais de Kevin Vauquelin, que mal se viu, e de Elie Gesbert que só esteve em 1 fuga e mesmo aí foi 22º, mas Hofstetter superou isso pelas chances que ainda teve.
A única luz ao fundo do túnel desta Vuelta e mesmo uma das luzes desta temporada (já soma 660 pontos UCI) foi Cristian Rodriguez. O trepador espanhol esteve na fuga certa, fez tudo bem e deu o seu melhor na montanha para terminar em 13º mesmo sem grande rede de apoio.
Team dsm–firmenich – 16
Daquelas equipas que até fizeram uma Vuelta muito boa e que podia ter sido ainda melhor se tivessem aproveitado algumas oportunidades que as circunstâncias de corrida impediram. Surpreenderam logo ao primeiro dia no contra-relógio colectivo bem regado com chuva, arriscaram e petiscaram também a camisola vermelha. Onley e Milesi foram forçados a abandonar e Dainese passava dificuldades na colocação. Foi aí que apareceu Romain Bardet, 3º no dia em que Kuss ganhou e 2º num dos triunfos de Evenepoel.
Para além disso, Alberto Dainese salvou a sua Vuelta numa das últimas oportunidades que teve (creio que com o currículo que tem e o nível de sprinters aqui tinha “obrigação” disso) e Max Poole fez uma boa exibição já na última semana, podem ficar satisfeitos com a Volta a Espanha que completaram.
Team Jayco-AIUla – 9
Infelizmente foi uma Vuelta que se desmoronou logo na primeira semana com os abandonos de Eddie Dunbar e Filippo Zana. A partir daí ficaram com muitos estreantes e sem liderança. Apenas 3 corredores chegaram a Madrid, Sobrero, Maas e Engelhardt. Foi Matteo Sobrero quem mais esteve em destaque e quem mais lutou, tendo feito 2º na etapa 9.
TotalEnergies – 15
Foram daquelas equipas que superaram todas as expectativas, às vezes acontecem estes pequenos milagres e há vários anos que a estrutura de Jean Rene Bernardeau não ganhava numa Grande Volta. Foi o veterano Geoffrey Soupe a conseguir esse feito. A primeira vitória da carreira no World Tour, logo na 7ª etapa, quando até estava a ser Dries van Gestel a intrometer-se nos sprints.
Resta falar de Steff Cras, que se “vingou” do que aconteceu no Tour, forçado a abandonar quando estava a andar muito bem. O belga esteve na fuga certa e aguentou para assinar o 11º lugar da geral, a partir daqui poderá ser visto com outros olhos pelo pelotão. Nota ainda para Paul Ourselin, um ciclista interessante que esteve em 4 fugas, tendo feito 5º numa delas.
UAE Team Emirates – 13
Não creio que saiam satisfeitos depois deste resultado, uma equipa com esta ambição e poderio não pode ficar contente com 1 etapa, 2 top 10 na geral e a camisola branca. Se bem que, ao analisarmos peça a peça, a Jumbo-Visma é superior quando falamos de uma equipa para ganhar uma Grande Volta. Esperava que Juan Ayuso conseguisse dar mais luta às “abelhas”, o talentoso espanhol nunca logrou deixá-los em apuros. Mesmo dando a benesse que perderam Jay Vine muito cedo na corrida e que João Almeida teve um dia mau logo na pior etapa para isso acontecer, ficou a ideia que podiam fazer mais ou pelo menos ambicionar a mais na classificação geral.
Tacticamente vimos vários erros em jornadas cruciais, o maior deles todos foi lançar Marc Soler ao ataque quando o espanhol ainda estava no top 10 sem ter colegas na fuga e sem enfraquecer a Jumbo-Visma, perderam essa peça para o resto da Vuelta. Depois nos últimos dias parece que se conformaram um pouco com o que tinham, não atacaram, não tentaram o pódio, resta saber se por incapacidade ou escolha. Quase que parece que estão a correr para tentar ganhar o World Ranking colectivo, dando um exemplo, esperava que a equipa lançasse João Almeida ao ataque na última semana, podendo perder potencialmente o top 10, até porque o português já tem até resultados melhores na carreira. Noto uma relativa falta de rumo quando Pogacar não está e potencialmente são muitos galos para um poleiro. Juan Sebastian Molano cumpriu o objectivo, ajudado por um potente Rui Oliveira, que na arte do lançamento está a subir cada vez mais na hierarquia mundial.