Ag2r Citroen Team – 14
Logo ao quarto dia, Aurelien Paret-Peintre integrou uma fuga e venceu uma etapa de montanha. Com o tempo ganhou começou a focar-se na geral, aguentou-se enquanto pode e na semana final esteve em duas fugas, tentando regressar ao top-10, não o conseguiu mas foi 15º, um excelente Giro.
O seu irmão Valentin Paret-Peintre foi o outro ciclista de destaque, muita combativa, muita presença em fuga, para estreia em Grandes Volta foi positivo. A partir daqui, o restante da equipa foi uma nulidade, Andrea Vendrame foi a grande desilusão, até ir para casa raramente se viu, era a grande esperança da equipa. Alex Baudin esteve em algumas fugas, não tinha tanta responsabilidade, como os experientes Larry Warbasse e Mikael Cherel.
Alpecin-Deceuninck – 13
Um Giro mediano, com Kaden Groves a salvar a honra do convento com uma vitória ainda na primeira semana, ao qual juntou mais dois pódios. Até abandonar estava a ser muito regular. Stefano Oldani tomou o lugar, ainda somou 5 top-10 e algumas presenças em fugas. No último dia, Alexander Krieger teve a sua oportunidade, depois de muitos lançamentos, foi lançado e cumpriu.
Ramon Sinkeldam, Nicola Conci e Oscar Riesebeek foram para casa cedo, não há muito a referir em relação a estes, o seu terreno (relativamente aos dois últimos) ainda não tinha chegado. Senne Leyssen e Kristian Sbaragli trabalharam muito em prol da equipa.
Astana Qazaqstan Team – 13
Uma Volta a Itália salva no último suspiro! Quem mais que Mark Cavendish para limpar a imagem da equipa cazaque com uma vitória brilhante no último dia? O britânico nunca desistiu e saiu recompensado com um grande triunfo, depois de um pódio.
Christian Scaroni e Simone Velasco apareceram em algumas fugas mas foi Vadim Pronskiy que mais se destacou na semana final, andando em fuga na 3 etapas de montanha e com boas indicações. A semana final costuma ser onde rende Joe Dombrowski mas o norte-americano passou completamente ao lado. Luis Leon Sanchez, Samuele Battistella e Gianni Moscon também passaram ao lado da prova.
Bahrain-Victorious – 19
Damiano Caruso voltou a ser o melhor da equipa, num Giro bastante discreto, sem muito se mostrar, o veterano ciclista terminou em 4º, depois de uma boa semana final. Jack Haig, afetado por quedas, voltou a ficar longe de um bom resultado e Santiago Buitrago voltou a vencer uma grande etapa de montanha no Giro, já se começa a tornar hábito.
A grande revelação acabou por ser Jonathan Milan, o italiano venceu a primeira etapa ao sprint e somou mais 4 (!) segundos lugares, o que lhe valeram a maglia ciclamimo. Andrea Pasqualon e Jasha Sutterlin foram fundamentais para este desfecho, apesar de nem sempre deixar Milano bem colocado. Edoardo Zambarini foi um homem de trabalho na montanha.
Bora-Hansgrohe – 18
Uma liderança repartida que após o primeiro dia de descanso ficou entregue a Lennard Kamna. Aleksandr Vlasov foi para casa quando estava no top-10 e foi o alemão a terminar no top-10, em 9º, cumprindo com o objetivo da equipa. Anton Palzer e Bob Jungels mal se viram, foi Patrick Konrad quem mais ajudou, ele que também teve algumas oportunidades em fuga.
Sem muito se esperar, Nico Denz somou duas vitórias em fuga em cerca de 48 horas e saltou para a ribalta com o grande destaque da equipa. O alemão sofreu na montanha e usou a sua ponta final para derrotar os rivais, terminando com duas vitórias que irá sempre recordar. Cesare Benedetti cumpriu com o papel de capitão na estrada, chegando a integrar fugas.
Cofidis – 6
Sem um grande alinhamento, Thomas Champion foi o “champion” da equipa. O francês esteve em 5 fugas, totalizando 650 quilómetros em fuga, e, no final, subiu ao pódio como o vencedor da classificação das fugas, um prémio para o jovem ciclista. Simone Consonni era a aposta para os sprints, só que o italiano apenas apareceu com dois top-10, muito pouco.
Com nomes desconhecidos, Jonathan Lastra poderia ter aparecido mais, foi a sua estreia no Giro, talvez não se tenha adaptado da melhor forma. Remy Rochas era o homem para a montanha, abandonou ao 5º dia, retirou protagonismo à equipa neste tipo de etapas.
EF Education-Easy Post – 15
Ben Healy chegava com grandes expectativas e, tal como avisamos, teria que ser na primeira metade da competição que o irlandês tinha que brilhar e foi assim que o fez, com um grande triunfo ao 8º dia. Esteve perto na etapa 15, depois apareceu a luta pela montanha mas o desgaste já era muito. Magnus Cort foi cirúrgico, como sempre o é, escolheu duas fugas e numa venceu e noutra foi 3º, perfeito!
Jefferson Cepeda envolveu-se com Thibaut Pinot na única fuga onde esteve e perdeu uma grande oportunidade de vitória. Jhonatan Caicedo e Stefan de Bod abandonaram cedo sem grande destaque. Rigoberto Uran e Hugh Carthy eram as apostas para a geral, mas também foram para casa, numa altura em que já estavam muito atrasados, longe das exibições que proporcionaram em edições anteriores do Giro.
EOLO-Kometa – 13
É incrível como a formação de Alberto Contador consegue inventar-se e vencer no Giro quando menos se espera. Lorenzo Fortunato chegava em grande forma mas desiludiu, com a forma a não ajudar, juntaram-se as quedas e o transalpino esteve discreto. Vincenzo Albanese esteve bem, principalmente na parte fase do Giro, 5 top-10 até à etapa 15, enquanto a frescura e o terreno que o italiano gosta estiveram presentes.
Os irmãos Mattia e Davide Bais dividiram muitas presenças em fuga, algo que já era expectável. O que não era imaginável era a vitória de Davide Bais no Gran Sasso! O italiano aproveitou a oportunidade, agarrou a camisola da montanha, sabia que tinha poucas possibilidade de a manter mas honrou até onde pode. Francesco Gavazzi, Diego Sevilla e Mirco Maestri também se mostraram em fugas.
Green Project-Bardiani CSF – 9
Filippo Fiorelli era a grande esperança da equipa, esteve um pouco desaparecido para o que esperávamos, somou apenas dois top-10, incluindo um pódio inesperado na etapa final. O combativo Alessandro Tonelli esteve em três fugas, terminando no top-10 em duas delas, um resultado interessante.
Davide Gabburo podia ter feito melhor, esteve em fugas, mas escolheu os dias errados, era duros demais. Henok Mulubrhan tem o potencial para surpreender, fez a estreia em Grandes Voltas, e isso já é importante para o jovem eritreu que tem muita qualidade que apareceu em duas fugas mas sem resultados de destaque.
Groupama-FDJ – 17
Allez Thibaut! No último Giro d’Itália da carreira, Pinot atacou de todas as maneiras e feitios durante as 3 semanas. Sem nunca se desligar da geral perseguiu os pontos da montanha, viu Davide Bais e Ben Healy passar, mas na semana final, e em apenas uma etapa assaltou a camisola azul e, ao mesmo tempo, regressou ao top-10. Termina com 2 segundos lugares mas com o 5º posto da geral e a montanha, de luxo!
Bruno Armirail foi uma agradável surpresa, apareceu nos contra-relógio e aproveitou uma enorme fuga para envergar a camisola rosa durante alguns dias, um prémio de carreira. Stefan Kung não ganhou nenhum dos dois primeiros contra-relógios e foi mais cedo para casa descansar. Rudy Molard passou ao lado da corrida e o mesmo podemos dizer dos homens rápidos. Jake Stewart não tem a experiência de outros nomes mas com o apoio que tinha conseguiu apenas dois top-10.
Ineos-Grenadiers – 18
Tudo estava a correr de feição à equipa britânica até ao 11º dia. Geraint Thomas era líder, Laurens de Plus e Thymen Arensman estavam a ser apoios importantes e Tao Hart mostrava ser um dos mais fortes. Uma queda veio e quando era 3º, o vencedor de 2020 viu-se obrigado a abandonar a competição. Thomas ficou como líder indiscutível da equipa, cedeu a rosa a Armirail, recuperou e apenas a perdeu no penúltimo dia e por 14 segundos. Aos 37 anos, o galês mostrou que ainda está para as curvas. De Plus e Arensman acabaram em grande, em 10º e 6º respetivamente.
Filippo Ganna só disputou um contra-relógio, um Giro para esquecer devido à COVID-19. Pavel Sivakov estava a ser importante mas uma sucessão de quedas levou ao seu abandono. Ben Swift e Salvatore Puccio foram muito importantes na parte final, quando Thomas era líder e a equipa estava reduzida a 5 elementos, fizeram um trabalho incansável.
Intermarche-Circus-Wanty – 7
Vieram para o Giro algo debilitados, estavam a passar por um momento complicado e este Giro não ajudou a dar a volta, não obstante muito espírito lutador. Niccolo Bonifazio e Arne Marit, os sprinters de serviço, fizeram 1 top 5 cada um, o que já é um bom resultado, esta primeira Grande Volta completa de Marit pode fazê-lo evoluir muito tendo em vista 2024.
Depois sabia-se que as fugas eram o objectivo e nesse aspecto quem nos desapontou mais foi, sem dúvida, o talentoso Lorenzo Rota, só fez 1 top 10 e não entrou em qualquer escapada durante o Giro, um fantasma completo de si próprio. Petilli teve a oportunidade de uma carreira em Gran Sasso e não foi capaz de a aproveitar, Rein Taaramae não se viu até abandonar a meio e Laurenz Rex foi das agradáveis surpresas. Laurens Huys esteve em 2 fugas que acabariam por ter sucesso e Sven Erik Bystrom foi outro corredor obrigado a abandonar a meio.
Israel-Premier Tech – 15
Vinham com Domenico Pozzovivo para a classificação geral, acabaram a surpreender tudo e todos com a irreverência nas fugas. Derek Gee foi uma das figuras do Giro e recebeu de uma forma merecida o prémio de super-combativo. O canadiano mostrou capacidade física em todos os terrenos e merecia claramente a vitória em etapa, só ficou a faltar isso, foi segundo por 4 vezes, 2º na classificação da montanha e na classificação por pontos, 2º na classificação das fugas e dos sprints intermédios, algo surreal. Saltou para a ribalta nestas 3 semanas e será certamente muito cobiçado neste mercado.
Pozzovivo foi forçado a abandonar quando o top 10 ainda era possível e outra boa revelação foi o transalpino Marco Frigo, um pouco à imagem de Derek Gee, esteve em 3 escapadas e em todos logrou acabar dentro dos 6 primeiros, faltou apenas aquele “danoninho”. Simon Clarke também esteve próximo, num dia em que entrou isolado com Alessandro de Marchi e acabou engolido pelo pelotão, enquanto Riccitello e Berwick foram dando bons sinais na montanha. Tendo em conta o estatuto e o que os companheiros renderam, faltou ver mais de Stephen Williams.
Jumbo-Visma – 19
O ciclismo tem destas coisas. A equipa que mais delapidada foi pelo COVID antes da competição e que teve de chamar metade da equipa à pressa (Tratnik lesionou-se já em Itália) é das poucas a terminar a prova completa e com o Giro no bolso. A estratégia foi simples, ir protegendo Roglic com as poucas armas que tinha, sobreviver à espera que Bouwman, Dennis e Kuss estivessem a 100% para a última semana e isso aconteceu precisamente como planeado. Esta estratégia foi exacerbada quando Roglic teve de levar pontos e procurou proteger-se graças a isso.
Continuou na luta o esloveno, com a sua habitual personalidade resiliente e optimista, mesmo quando já na última semana viu Geraint Thomas e João Almeida ganharem tempo importante. Nesse dia foi Sepp Kuss o salvador da pátria, o gregário de luxo destes paga-se a peso de ouro e realmente valeu a vitória no Giro. Roglic deu melhor indicações em Tre Cime di Lavaredo e deu a estocada final no Monte Lussari, uma escalada recheada de eslovenos, num ambiente incrível. De certo modo fechou-se um círculo, que começou quando há 3 anos Roglic perdeu o Tour no penúltimo dia para Tadej Pogacar, certamente que este momento não lhe saiu da cabeça. Mais do que 1 vitória em etapa e a classificação geral fica a frieza e o acreditar de uma equipa que só enviou ciclistas para a fuga para servirem de potenciais ajudas ao seu líder, nunca se viu um Jumbo-Visma numa escapada a lutar por uma vitória.
Movistar Team – 12
Esta é uma avaliação complicada porque o corredor com mais responsabilidades dentro deste alinhamento, Fernando Gaviria, falhou em toda a linha. É incrível como alguém com tanto talento e capacidade física como o colombiano toma decisões tão erradas em momentos chave, tanto que sai daqui sem qualquer pódio em etapa. Invariavelmente ou estava muito mal posicionado ou lançava o sprint tão cedo que fazia de lançador para os seus rivais, o cúmulo foi na etapa 11 quando a Movistar trabalhou imenso para Gaviria trocar de roupa na altura errada e ficar para trás por causa disso.
Carlos Verona teve liberdade plena na montanha, no entanto não conseguiu mostrar o nível exibido no Verão de 2022, Will Barta esteve muito mais apagado em relação às expectativas que tínhamos e quem salvou isto foi o pequeno Einer Rubio, ao vencer 1 etapa numa grande batalha versus Thibaut Pinot e Jefferson Cepeda. Depois ainda ganhou mais tempo na geral, subiu ao top 15 e foi-se aguentando com os melhores na montanha terminando em 11º da classificação geral.
Soudal – Quick Step – 15
Tudo parecia estar a correr de feição, Evenepoel venceu logo na jornada inaugural e mostrou muita força nesse momento, passou a primeira semana com quedas, mas sem mazelas de maior que o tivessem feito abandonar ou perder tempo. Perdeu a rosa e poupou a equipa, recuperou a rosa no segundo contra-relógio e saiu de lá com 45 segundos de vantagem para toda a gente e… teve de abandonar por COVID. De resto, mais de metade da equipa foi para casa dos dias seguintes.
Entretanto Davide Ballerini ficou a sprintar e alcançou 2 lugares no top 10 e Ilan van Wilder começou a sua demanda por subir lugares na geral. O belga era 17º a 12 minutos, entrou numa fuga e recuperou algum tempo, mas a partir daí optou por seguir com os favoritos e terminou o Giro em 12º, mostrando que talvez tendo a liderança da equipa conseguisse um top 10, o que é uma boa indicação para quando a Quick-Step não puder contar com Evenepoel.
Team Arkea-Samsic – 7
Tudo parecia bem quando David Dekker foi 2º logo na primeira etapa em linha, o problema é que o sprinter neerlandês nem chegou ao final da primeira semana e Warren Barguil não estava bem de saúde. O experiente francês tentou ir recuperado com os dias e na última semana até tentou com relativo sucesso, foi 3º no dia em que Filippo Zana ganhou, no total até somou 4 fugas e terminou no top 20.
O resto da equipa esteve muito, muito discreta, tirando o contra-relógio não nos lembramos de ver uma única imagem de Maxime Bouet, Alan Riou e Michel Ries e esperávamos bem mais do versátil Thibault Guernalec.
Team Corratec-Selle Italia – 10
À partida a formação mais débil, comprovou isso mesmo com o passar das etapas. Ainda por cima perdeu Valerio Conti logo na primeira semana e o italiano era o único com experiência a este nível. A grande oportunidade para um sucesso completamente improvável esteve em Gran Sasso, quando o 2º melhor ciclista da equipa, o checo Karel Vacek, perdeu o sprint para Davide Bais.
De resto, apenas contaram com muitas presenças em fugas como seria de esperar, o sérvio Stojnic entrou em 5, Quartermann e Konychev em 2 cada um, Gandin deixou a prova a meio e Dalla Valle conseguiu ser 5º no confuso sprint de Salerno.
Team DSM – 16
Com mais de metade da equipa a contar para a classificação da juventude não se esperava um desempenho tão notório, mas de alguma forma estão a conseguir que esta estranha mescla resulte. O mote foi dado por Andreas Leknessund, o norueguês aproveitou uma aberta dada pelas equipas da geral para vestir a camisola rosa e como a corrida não era muito atacada aproveitou para se manter entre os primeiros da geral. Tendo em conta as circunstâncias lutou até ao fim e conseguiu um valoroso 8º posto mesmo não tendo o perfil de um puro trepador.
O comboio nem sempre funcionou na perfeição, principalmente porque Alberto Dainese esteve debilitado durante grande parte da competição. Felizmente o italiano debelou todos os problemas físicos para triunfar na 17ª etapa e ainda fazer 4º em Roma. O resto dos elementos não se viram muito durante a corrida.
Team Jayco-AIUla – 16
Cumpriram todos os objectivos a que se propuseram, mesmo sem o seu líder Simon Yates. Eddie Dunbar foi uma das revelações deste Giro, exilou-se da Ineos-Grenadiers, a Jayco acreditou no seu potencial e apostou nele e o irlandês não desapontou, terminou em 7º e só foi pena a quebra que teve nos últimos 2 dias de montanha, no final da 18ª etapa era inclusivamente 4º e foi o que mais acompanhou João Almeida, Primoz Roglic e Geraint Thomas na montanha.
Filippo Zana esteve muito bem no apoio ao seu líder, tendo liberdade para ir caçar etapas ao mesmo tempo, o facto de não correr pela geral permitiu-lhe poupar energia em alguns momentos chave. Esteve perto na 8ª etapa, cumpriu o objectivo ao 18º dia para desgosto de Thibaut Pinot. Michael Matthews obteve a sua vitória de etapa bem cedo e depois viu-se um australiano um pouco perdido, sem grande autorização para entrar em fugas e sem capacidade para ombrear com os mais possantes ao sprint. Nota ainda para Alessandro de Marchi, que se exibiu a bom nível, e para Michael Hepburn, que nunca o vimos tão bem na montanha como este ano, claramente abandonou aquela ideia de andar a disputar contra-relógios para se focar em ser um gregário mais completo. Campbell Stewart esteve bem nos lançamentos de Matthews.
Trek-Segafredo – 13
Maximizaram os resultados tendo em conta o que lhes aconteceu, principalmente tendo em conta que mesmo antes da prova ficaram sem o seu líder para a geral, Giulio Ciccone. O foco mudou para as etapas, nomeadamente para os sprints com Mads Pedersen e o dinamarquês voltou a não falhar, picou o ponto na etapa 6 e completou o Grand Slam de carreira ao ganhar no Giro, Tour e Vuelta, tudo no espaço de 12 meses. Infelizmente, foi forçado a abandonar quando ainda estava a dar luta a Jonathan Milan na classificação por pontos.
Já sem Pedersen e Tesfatsion, a equipa começou a encarar os sprints com Alex Kirsch, um habitual lançador que conseguiu ser 2º ontem em Roma, um dos melhores resultados da sua carreira. No resto do terreno viu-se um Bauke Mollema muito frágil e muito longe do seu melhor e um Toms Skujins que encontrou alguém sempre mais forte ou mais rápido nas muitas fugas onde entrou, foi 3º na etapa 4, 7º na etapa 8, 2º na etapa 12 e 6º na etapa 14, depois entrou a alta montanha e não teve capacidade para mais, foi daqueles que, tal como Derek Gee, merecia mais.
UAE Team Emirates – 19
4º em 2020 depois de ter andado tantos dias de rosa, 6º em 2021 após perder tanto tempo na 1ª semana, abandono em 2022 quando estava na luta pelo pódio, finalmente João Almeida conseguiu o tão desejado pódio à 4ª tentativa no Giro. Tornou-se o primeiro português a conseguir um pódio no Giro, o segundo português na história a lograr um pódio numa Grande Volta. Foi claramente um passo em frente que consolida a sua progressão e a juntar a isto também houve a vitória de etapa no Monte Bondone, outro objectivo que já riscou da sua lista. O passo seguinte natural será a Vuelta.
Consideramos que a equipa no seu global estava muito bem, esteve junto do ciclista português nos momentos que ele mais precisava, especialmente Jay Vine e Brandon McNulty, não obstante ambos terem passado momentos muito complicados neste Giro, com o norte-americano a juntar uma vitória parcial. O comboio era para Pascal Ackermann era muito curto, apenas tinha Ryan Gibbons como seu lançador e resultou na etapa 11, a eficácia do alemão em Grandes Voltas é impressionante não obstante a sua irregularidade, em 4 Grandes Voltas disputadas ganhou tiradas em 3 delas. Alessandro Covi não completou a competição e tendo em conta o seu estatuto esperava-se mais de Davide Formolo.