AG2R Citroen Team – 13

Partiam com grandes expectativas em Ben O’Connor e, numa fase inicial, o Tour foi de pesadelo para a equipa gaulesa, que viu o australiano ficar fora da luta pela geral devido a problemas físicos. Bouchard também cedo abandonou e com Aurelien Paret-Peintre desaparecido em combate, coube a Bob Jungels, com uma fenomenal exibição individual na etapa 9 salvar a honra do convento. O luxemburguês deu indicações de estar de regresso ao seu melhor nível na Volta a Suíça e aos 29 anos terminou o Tour no 12º posto da geral, lutando em algumas fugas. Temos de recuar a 2018 para vermos um Jungels com esta competitividade.

Os especialistas em clássicas, Oliver Naesen e Stan Dewulf mal se viram numa Ag2r que terminou a Volta a França a lutar, mas sem grandes meios. O talentoso Benoit Cosnefroy continua a ser um corredor muito intermitente, esteve somente em 2 fugas e não teve sucesso em nenhuma das tentativas.




Alpecin – Deceuninck – 15

Depois de pódios, pódios e mais pódios, finalmente Jasper Philipsen ganhou na Grande Boucle, e logo com 2 triunfos, um deles em Paris. A situação não estava nada fácil para a formação do segundo escalão, com Mathieu van der Poel muito, muito longe do seu melhor nível, estavam ainda em branco na 14ª etapa, até que Philipsen abriu a contagem. O belga confirmou que é um dos melhores sprinters do Mundo na actualidade, e mais importante que isso, um dos mais regulares e fiáveis, isto sem ter um comboio fenomenal, visto que Jonas Rickaert ficou em casa.

Krieger e Sbaragli deram conta do recado, só que foi sempre uma formação a faltar aquele brilho de uma estrela como Mathieu van der Poel, irreconhecível depois de um Giro onde gastou muitos cartuchos. Nota negativa também para a falta de combatividade de alguns corredores, entre Sbaragli, Planckaert, Keirsbulck e Dillier estiveram apenas em 1 escapada.

 

Astana Qazaqstan Team – 12

Estão a viver momentos muito complicados e este Tour confirmou que o plantel é muito curto para este nível e que neste momento são uma das piores equipas do World Tour, de longe. Valeu apenas pela 3ª semana de Alexey Lutsenko, que valeu o 9º posto da geral ao ciclista cazaque, repetindo o top 10 do ano passado, algo que não estávamos à espera. Recuperou de 12º para 9º nas últimas 2 etapas de montanha, onde não fosse o desespero de Tadej Pogacar para recuperar tempo, poderia perfeitamente ter ganho. A questão é que o cazaque nunca teve grande apoio nas etapas de montanha, foi raro ter ciclistas com ele.

Gruzdev, Felline e Moscon, não fosse esta análise final e diríamos que nem tinham estado no Tour. Riabushenko e Dombrowski estiveram em 1 fuga cada um, Zeits era aquele que mais durava com Lutsenko no pelotão e Simone Velasco foi o único que ainda se mostrou em boa condição física, ainda terminou o Tour em 31º, mas é muito pouco.

 

Bahrain-Victorious – 7

Uma das grandes desilusões deste Tour. No início pairava uma grande nuvem sobre uma das equipas do momento e realmente isso sentiu-se durante a corrida. Entre 2 líderes e tantos nomes sonantes, as notas positivas vão para ciclistas algo inesperados. Aos 38 anos de idade, Luis Leon Sanchez fez uma excelente Volta a França, esteve em 3 fugas, fez 1 pódio em etapa e ainda terminou em 14º da geral, em virtude das escapadas e da regularidade na montanha. Foi a melhor classificação de Luis Leon Sanchez numa Grande Volta desde … 2010. Aos 23 anos, Fred Wright confirmou a excelente temporada que vinha fazendo, também esteve em 3 fugas grande, ficou próximo do triunfo na etapa 13 e fica na retina pela combatividade ao longo das 3 semanas e pela forma como acabou a corrida, ataque no final da etapa 19, 8º no contra-relógio e 10º em Paris.

Jack Haig foi para casa muito cedo, uma das vítimas da etapa do paralelo, Matej Mohoric foi uma sombra dele próprio, sempre sem capacidade física, fez talvez a pior Grande Volta que nos lembramos, Jan Tratnik manteve-se no anonimato, Damiano Caruso desapontou bastante e Dylan Teuns não estava em grande forma, ainda tentou várias vezes, mas notava-se que eram balas de pólvora seca, o melhor que fez foi 6º logo na etapa 6.

 

B&B Hotels – KTM – 8

Uma das piores equipas deste Tour. Não pelos resultados, não se pode pedir milagres com as armas que têm, mas pela atitude de não ir para a fuga e não tentar em certas etapas, pelo falhanço de não integrar certas fugas de grupos numerosos, parece que os responsáveis já estão com a cabeça na próxima temporada e nos patrocinadores que vão entrar. Franck Bonnamour esteve muito furos abaixo de 2021, Pierre Rolland deu esperanças no Dauphine, ainda tentou envergar a camisola da montanha e não teve hipóteses nesse campo, claramente já não tem nível para competir com os melhores nestas corridas.

Fica na retina algumas tentativas de Alexis Gougeard, e em termos de resultados os sprinters até estiveram dentro ou ligeiramente acima das expectativas. Por vezes sprintando os 2, Luca Mozzato fez 4 top 10 e Jeremy Lecroq terminou com 2 top 10, o último deles muito saboroso, em Paris.




BORA-Hansgrohe – 14

Depois de um Giro de sonho foi um Tour de … quases. Ao olhar para a classificação final surge a questão de como é que Aleksandr Vlasov terminou no 5º posto, principalmente depois de um Tour que começou muito mal. Apesar de uma boa última semana, nunca arriscou muito na montanha, nunca foi muito vistoso ao acompanhar os melhores, a peça chave foi a etapa com chegada a Foix, onde ganha 5 minutos aos concorrentes directos integrando a fuga e graças a isso subiu de 11º a 8º, saltando os outros lugares posteriormente. Cumpriu os objectivos, mas está longe do nível necessário para fazer pódios em Grandes Voltas, ainda, apesar dos seus resultados em corridas de 1 semana.

O resto da equipa veio com a missão de caçar etapas e não foi bem sucedida. Lennard Kamna esteve tão próximo na Planche des Belles Filles e depois ficou sem combustível, acusando o desgaste do Giro. Grossschartner esteve em 2 fugas, nunca perto do triunfo, enquanto Patrick Konrad foi 5º em Mende. Politt foi muito combativo e até em etapas de montanha ia para a frente ajudar os colegas mais talhados para esse terreno, Danny van Poppel fez 5 top 10, assumindo a responsabilidade de sprintar e Maximilian Schachmann desapontou e continuou a sua época intermitente.

 

Cofidis – 9

Saem de mãos a abanar e com um sentimento agridoce. Depois do abandono de Guillaume Martin devido a um teste positivo à Covid-19, a formação gaulesa focou-se na defesa da camisola da montanha de Simon Geschke. Tudo parecia muito bem encaminhado, até que na última etapa de montanha falharam a fuga e tudo descambou, o alemão teve um dia mau quando menos podia ter e perdeu a camisola distintiva para Jonas Vingegaard. Graças a essa missão, as vitórias em etapa acabaram por ficar um pouco de lado, Geschke apesar das boas pernas ia perdendo energia em sprints e os seus colegas focavam-se em dar as melhores condições possíveis ao germânico.

Pierre Luc Perichon foi muito útil nesta missão da camisola da montanha e Benjamin Thomas confirmou o bom momento de forma ao fechar por 3 vezes entre os 10 primeiros. Victor Lafay passou por muitas dificuldades de saúde, Anthony Perez esteve em 2 fugas e Ion Izagirre foi a maior desilusão, o basco esteve muito longe do nível apresentado no início da época, quando andava a disputar provas de 1 semana.

 

EF Education – EasyPost – 13

Tudo correu mal para Ruben Guerreiro num Tour que prometia para o ciclista português, logo num momento em que estava em grande forma. O nível que prevíamos de Rigoberto Uran confirmou-se, não nos parece que o colombiano tenha condições de disputar top 10 na geral do Tour e esteve muitas vezes escondido nas etapas de montanha, incapaz de acompanhar os melhores.

Magnus Cort foi a estrela da companhia e uma das figuras deste Tour, andou dias e dias escapado e com a camisola da montanha, esteve perto de ganhar na etapa do empedrado, venceu uma jornada de montanha e foi para casa mais cedo por causa do Covid. Neilson Powless não andou mal, esteve na luta pela classificação da montanha e foi-se tentando aguentar na geral por intermédio de fugas. Alberto Bettiol mostrou muitas pernas e, por vezes, pouca cabeça, por isso mesmo saiu de mãos a abanar, é sempre uma caixinha de surpresas. Stefan Bissegger teve um Tour parecido ao de Ruben Guerreiro, correu tudo mal, quedas e avarias nos contra-relógios.

 

Groupama-FDJ – 15

David Gaudu foi uma das sensações deste Tour pelo modo maduro como encarou a prova. Aprendeu as lições do Dauphine e seguiu sempre ao seu ritmo, nunca rebentou o motor. Foi a melhor Grande Volta que vimos por parte do francês, de longe, mesmo sem ser espampanante. Para isso foi crucial Valentin Madouas, foi ele que esteve sempre com Gaudu, um dos melhores gregários deste Tour. Storer e Pinot tiveram um papel mais livre, ajudando ocasionalmente. Ambos ameaçaram a vitória em etapa, ambos longe do melhor nível que já apresentaram.

Stefan Kung gastou cartuchos a mais na Volta a Suíça e não logrou apresentar o mesmo rendimento, sendo ainda assim um importante elemento na equipa.




INEOS Grenadiers – 17

Com uma liderança tripartida no começo da corrida, o melhor da equipa acabou por ser o mais experiente. Talvez ainda em melhor forma do que quando ganhou o Tour em 2018, Geraint Thomas terminou no 3º lugar do pódio. O galês nunca ameaçou o favoritismo de Vingegaard e Pogacar mas também nunca foi ameaçado pelos restantes, mostrando-se muito sólido ao longo das 3 semanas.

Adam Yates termina em 10º, depois de um Tour em descida de forma, muito por culpa de problemas respiratórios na parte final. Tom Pidcock andou muito tempo entre os 10 melhores, cedeu na semana final, no entanto para recordação fica a fabulosa vitória no Alpe d’Huez. Daniel Martinez chegava com grandes expectativas mas apenas se encontrou na semana final de competição, andando em 3 fugas.

Filippo Ganna sai de mãos a abanar. O campeão do Mundo de contra-relógio tinha duas oportunidades para brilhar com o seu arco-íris mas em nenhuma delas conseguiu finalizar no pódio. Estreia agridoce para o gigante transalpino. Jonathan Castroviejo, Dylan van Baarle e Luke Rowe foram homens de muito trabalho.

 

Intermarché – Wanty – Gobert Matériaux – 13

Uma das poucas equipas a terminar o Tour com os oito elementos que iniciaram a corrida em Copenhaga. Estar ao nível do Giro era complicado, todos sabíamos disso, no entanto a equipa belga cumpriu, não teve tanto destaque mas sai com Louis Meintjes em 8º na geral, depois de uma excelente recuperação na segunda metade da competição. Kobe Goossens e Georg Zimmermann foram o apoio na montanha, o alemão até teve a sua oportunidade ao ser 6º numa etapa de montanha.

Com poucos sprints e com um nível tão alto, a tarefa de Alexander Kristoff não foi fácil, o Viking sai com dois top-5. Nos dias em que não se sentiu tão bem apareceu Andrea Pasqualon, duas vezes entre os 10 melhores. Adrien Petit fez muito trabalho em prol da equipa e o inevitável Taco van der Hoorn apareceu em fugas e esteve perto de vencer a etapa do empedrado, onde foi 2º.

 

Israel – Premier Tech – 16

Apenas 3 ciclistas chegaram a Paris, no entanto o objetivo de vencer uma etapa foi concretizado com sucesso … uma vez que a equipa saiu com dois triunfos! Jakob Fuglsang e Michael Woods eram as figuras mais óbvias, o dinamarquês até vinha com o pensamento na geral, no entanto os dois trepadores da equipa apenas conseguiram um top-10 cada.

Logo ao 5º dia, na etapa do empedrado, Simon Clarke conquistou uma vitória inesperada, dando uma lufada de ar fresco à formação israelita. Hugo Houle viria a vencer no começo da 3ª semana, um dia onde antecipou os grandes favoritos da fuga. Chris Froome foi de menos a mais, foi 3º no Alpe d’Huez, o seu melhor resultado em anos, talvez fosse terminar no to-25 da geral mas foi forçado a abandonar devido à Covid-19. Guillaume Boivin, Guy Niv e Krists Neilands tentaram mostrar-se.




Jumbo-Visma – 20

Tour de France monstruoso por parte das “Abelhas”! À partida, tinham um dos blocos mais fortes e a estrada confirmou isso. Jonas Vingegaard partia com a co-liderança, a etapa do empedrado podia ter sido um pesadelo mas acabou por ser salva e, a partir da La Planche des Belles Filles começou-se a acreditar seriamente no dinamarquês. A etapa 11 foi perfeitamente planeada e virou a geral por completo. A formação neerlandesa atacou por todos os lados, mesmo lesionado Primoz Roglic (caiu na etapa do pavê) deu tudo o que tinha, foi fundamental para o desfecho da corrida até abandonar. Vingegaard venceu no Col du Granon, colocou-se com uma liderança sólida e, depois, “só” teve que seguir Pogacar, vencendo, ainda, no Hautacam. A juntar à amarela, venceu a classificação da montanha.

Wout van Aert foi one man show fez de tudo um pouco e, no final da 1ª semana já tinha a camisola verde praticamente no bolso (bateu o recorde de pontos no final do Tour). Leva para casa 3 etapas, o prémio de super-combativo e 5 fugas nas pernas. De sprinter, a contra-relogista, passando por super-gregário na montanha, Van Aert foi fundamental. Christophe Laporte teve a sua oportunidade e não desperdiçou, dando a única vitória à França, depois de muito trabalho em prol dos seus líderes

Steven Kruijswijk caiu e também foi forçado a abandonar o que obrigou Tiesj Benoot a trabalho extra na montanha. Com uma equipa já reduzida, Nathan van Hooydonck foi fundamental na semana final de competição. Sepp Kuss continua a ser muito fiável na última semana de competição, tornou-se o braço direito de Vingegaard.

 

Lotto Soudal – 5

À partida, a confiança em Caleb Ewan já não era muita, apenas Reinardt Janse van Rensburg vinha para o lançar, e o Pocket Rocket continua com a sua temporada para esquecer, nunca tendo feito melhor que um 8º posto. Frederik Frison, Brent van Moer e Philippe Gilbert foram homens de trabalho nas etapas planas.

Andreas Kron foi que mais se mostrou nas fugas, e esteve em apenas duas. Florian Vermeersch e Tim Wellens fizeram um Tour ao nível da restante equipa, ou seja, para esquecer ou para ser lembrado de forma a não serem cometidos os mesmos erros.

 

Movistar Team – 6

O que dizer da Volta a França da Movistar? A equipa espanhola está a realizar uma péssima temporada e a corrida francesa foi um espelho de toda a época. Enric Mas era a grande esperança da equipa, nunca conseguiu render ao nível de outros anos e abandonou devido ao Covid-19 quando era 11º. Imanol Erviti não acabou o Tour, uma raridade na sua carreira.

Gregor Muhlberger e Carlos Verona tentaram em algumas fugas na montanha mas o destaque tem que ir para Matteo Jorgenson. O jovem norte-americano entrou em 3 escapadas e em todas elas acabou no top-5 da etapa. Nelson Oliveira completou mais um Tour, o 6º da carreira, sendo que Albert Torres acabou o seu 1º.

Um episódio caricato vai para o abandono de Gorka Izagirre antes da última etapa, para ir correr, no dia de hoje, a Ordiziako Klasika e tentar somar importantes pontos para, no final, ser 38º.

 

Quick-Step Alpha Vinyl Team – 15

O Tour de France da equipa de Patrick Lefevere ficou resolvido … fora de França. As vitórias nos dois primeiros dias, com Yves Lampaert e Fabio Jakobsen, e a amarela de Lampaert, faziam prever uma grande corrida para a formação belga mas a partir daí os triunfos não apareceram mais. Com poucas oportunidades para os sprinters, Jakobsen conseguiu, apenas, três top-10 e, depois de ficar sem Michael Morkov mal se viu. Mattia Cattaneo foi quem mais se viu nas etapas de montanha, mas está longe de ser um puro trepador.

Kasper Asgreen foi para casa mais cedo, Florian Senechal esteve sempre ao serviço de Jakobsen, Mikkel Honoré entrou em 3 fugas na fase final da corrida e Andrea Bagioli passou completamente ao lado. É caso para dizer que o campeão do Mundo Julian Alaphilippe fez muita falta.




Team Arkéa-Samsic – 15

A melhor versão de Nairo Quintana esteve de regresso! El Condor voou para o 6º lugar final … a sua melhor posição no Tour desde 2016. Nunca foi exuberante, sempre discreto, o colombiano conseguiu um excelente resultado para a equipa francesa, estando perto de vencer no Col du Granon, quando foi 2º. Warren Barguil estava a ser o principal apoio, até abandonar devido à Covid-19.

Hugo Hofstetter e Amaury Capiot foram dividindo os sprinters mas foi o francês que mais se destacou, com cinco to-10, um resultado que prova a sua regularidade. Matis Louvel e Connor Swift ganharam experiência, Maxime Bouet e Lukasz Owsian entraram numa fuga cada.

 

Team BikeExchange – Jayco – 16

O alinhamento da equipa australiana podia não ser o melhor mas é certo que saem com duas etapas no bolso e mais 4 segundos lugares, nada mau. Dylan Groenewegen libertou a pressão logo na Dinamarca, a sua colocação nem sempre foi a melhor e, por isso, só conseguiu mais um pódio.

Michael Matthews bateu tanto na trave, com dois segundos lugares que decidiu que tinha que chegar isolado para vencer e fê-lo com uma fabulosa exibição em Mende, numa das grandes vitórias da sua carreira. Luka Mezgec, Amund Grondhal Jensen, Luke Durbridge e Jack Bauer deram tudo em prol dos sprints.

Nick Schultz foi uma agradável surpresa nas etapas de montanha, foi 2º em Megève e depois conseguiu aguentar até muito tarde com os melhores na montanha. Talvez com outra gestão de esforço, pudesse ter entrado em fugas e, quem sabe, vencido uma etapa.

 

Team DSM – 14

Numa equipa com pouca profundidade, e onde as expectativas não eram muitas, Romain Bardet conseguiu terminar em 7º. Resultado decente para o francês que, mesmo assim, poderia ter sido bastante melhor, não fosse o péssimo dia a abrir a 3ª semana, quando estava em 4º. Andreas Leknessund teve alguma liberdade, ajudou muito Bardet e mostra-se pronto para outros voos.

Sempre irregular, Alberto Dainese conseguiu dois top-10, incluindo um pódio. John Degenkolb, Nils Eekhoff, Chris Hamilton, Martijn Tusveld e Kevin Vermaerke também estiveram presentes mas raramente se viram, quando isso aconteceu era para cederem no pelotão.




Trek – Segafredo – 13

Mads Pedersen vinha com o objetivo inicial da camisola amarela na “sua” Dinamarca, conseguiu um 3º e um 6º mas a glória vinha já em França. Num dia que poderia ser para os sprinters, Pedersen decidiu entrar na fuga e venceu a partir dela, sendo claramente o mais forte. Jasper Stuyven foi importante para Pedersen e aproveitou as oportunidades quando as teve, conseguindo dois top-10. Quinn Simmons pode não ter ganho nenhuma etapa mas foi um dos destaques do Tour. Não só cortou a barba nos dos dias de descanso como fez um trabalho incansável em prol dos seus líderes, bem como entrou em 5 fugas!

Giulio Ciccone tentou lutar pela montanha, principalmente na última semana, acabando em 3º nessa classificação. Bauke Mollema passou um pouco ao lado, aparecendo na sua “nova” especialidade, o contra-relógio. Tony Gallopin, Alex Kirsch e Toms Skuijns tiveram um Tour discreto

 

TotalEnergies – 8

Devido ao forte investimento em Peter Sagan, Jean-René Bernardeau não deve sair muito satisfeito deste Tour. A correr em casa, a equipa francesa viu a estrela eslovaca fazer dois 4º, dois 5º e um 6º, muito pouco para aquilo que o antigo campeão do Mundo já rendeu no passado. Maciej Bodnar e Daniel Oss, até ao abandono, foram fiéis gregários de Sagan.

Edvald Boasson Hagen esteve perto da vitória na etapa do empedrado, Alexis Vuillermoz mal se viu, tal como Anthony Turgis, corredor que pode e já rendeu muito mais mas que apenas conseguiu seis … top 100. Quem mais do que o combativo Pierre Latour para tentar na montanha, entrou em duas fugas mas existiram sempre corredores mais fortes, não conseguindo nenhum top 10 em etapas.

 

UAE Team Emirates – 19

A missão de revalidar o título alcançado nas últimas duas temporadas não se avizinhava fácil e pior ficou com os abandonos de George Bennett, Vegard Laegen, Marc Soler e Rafal Majka. Tadej Pogacar entrou a todo o gás, venceu por duas vezes na 1ª semana, já estava de amarelo, parecia em controlo total da Volta a França mas a etapa 11 foi fatal.

A Jumbo-Visma atacou-o por todos os lados e sem um bloco coeso, as energias foram gastas antes do Col du Granon. Combativo todos os dias, Pogacar tentou sempre, raros foram os dias onde não atacou e, até ao final, ainda vencia mais uma etapa, num dia de grandes exibições de Mikkel Bjerg e Brandon McNulty. Leva para casa 3 etapas, o 2º lugar e a classificação da juventude. Marc Hirschi foi o outro elemento da equipa a terminar mas a sua chamada à última hora não funcionou, raramente foi uma verdadeira ajuda.




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