AG2R La Mondiale – 17
Uma Vuelta muito acima das nossas expectativas. Tony Gallopin não rendia ao seu melhor nível desde Fevereiro e apareceu em Espanha numa forma inacreditável, ganhou uma etapa e a partir daí focou-se no top 10, terminando às portas do mesmo, na 11ª posição (o seu melhor resultado numa Grande Volta era 21º no Tour 2017). Gallopin aproveitou a relativa falta de alta montanha, e foi consistente e andou sempre atento.
Alexandre Geniez aproveitou da melhor maneira a fuga na etapa 12 para triunfar, num final muito perigoso e rápido, talhado para o francês, somando assim o 3º triunfo na Vuelta. O resto da equipa esteve algo discreta, Alexis Gougeard esteve longe da melhor forma e Mikael Cherel e Hubert Dupont estiveram dedicados a apoiar Gallopin.
Astana Pro Team – 17
A principal figura da equipa não falhou. Miguel Angel Lopez tinha como objectivo o pódio e assim o conseguiu, finalizando a Vuelta na 3ª posição. A Astana globalmente esteve muito bem no apoio a Lopez, apesar de algumas decisões tácticas discutíveis, tal como o próprio Miguel Angel Lopez, que ficou por 3 vezes em 2º em etapas.
Quem também ficou em 2º foi o surpreendente Nikita Stalnov, logo na 4ª etapa. Omar Fraile esteve claramente uns furos abaixo do desejável, até teve liberdade para entrar em algumas fugas, mas nunca teve capacidade física para aproveitar essas escapadas. Pello Bilbao e Dario Cataldo voltaram a mostrar que são gregários com um valor enorme para a equipa.
Bahrain-Merida – 13
Um balanço mediano. O objectivo para a classificação geral foi alcançado mesmo à justa, com Ion Izagirre a ficar com o penúltimo lugar do top 10 depois de sofrer nas 2 etapas de montanha, mas o objectivo de ganhar 1 etapa ficou por terra. Vincenzo Nibali chegou muito debilitado e nunca conseguiu recuperar totalmente e Gorka Izagirre foi uma desilusão para o que sabemos que o campeão espanhol é capaz.
Ivan Garcia Cortina conseguiu integrar o top 10 em 4 etapas, inserindo-se nos sprints e nas fugas, Mark Padun concentrou as forças na etapa 12, onde foi 3º, Franco Pellizotti mostrou que apesar de se ir retirar, ainda está para as curvas e Hermann Pernsteiner foi um elemento bastante válido.
BMC Racing Team – 17
Uma equipa muito combativa sempre à procura de mais. Como se esperava, Richie Porte não veio para a classificação geral, e até passou completamente ao lado desta Vuelta. Numa visão resultadista, o grande destaque foi Rohan Dennis, que levou para casa os 2 contrarelógios, e de uma forma imponente, mas houve mais ciclistas que impressionaram.
Alessandro de Marchi conseguiu mais uma impressionante vitória, chegando isolado na etapa 11, Dylan Teuns foi 7º na classificação por pontos, depois de ser 2º por 1 vez, 3º por 2 vezes, 4º por 1 ocasião e ainda 5º por 1 vez. Merecia um triunfo, foi um dos super-combativos desta Vuelta. Nicholas Roche andou muitas vezes fugido, faltando a forma para culminar em beleza as tentativas e Joey Rosskopf mostrou que a BMC faz mesmo magia nos contrarrelógios, sendo 2º no segundo contrarrelógio. Esperávamos mais de Brent Bookwalter e Francisco Ventoso foi o capitão na estrada.
Bora-Hansgrohe – 14
Uma Vuelta dos quase para a Bora-Hansgrohe. Emanuel Buchmann QUASE fez top 10, terminando no 12º posto na classificação geral. O alemão apostava muito nesta prova, a equipa esteve sempre ao lado dele e na hora da verdade faltou aquele extra para se aguentar com os nomes grandes. Peter Sagan QUASE ganhou uma etapa, esteve no pódio por 6 vezes, o problema é que nas chegadas em pelotão compacto teve em Viviani um portento de força e nas chegadas explosivas teve pela frente Alejandro Valverde.
O mesmo se aplica a Rafal Majka, QUASE ganhou uma tirada, foi 2º em La Camperona e 4º no Balcon de Bizkaia, em dias onde seria expectável uma vitória por parte do polaco. Davide Formolo foi uma desilusão, até a própria equipa estava à espera de mais e Jay McCarthy mal se viu. Nota positiva ainda para Lukas Postlberger, com um papel importante em algumas etapas.
Burgos-BH – 7
Dentro do que esperávamos, uma equipa que enfrentou grandes dificuldades a este nível. Muita combatividade, muitas fugas, mas na hora da verdade o único lugar no top 10 foi o de Oscar Cabedo, que terminou em 7º na inesperada escapada na etapa 4. Não há muito mais a dizer, a Burgos-BH tem de se reforçar bem para 2019.
Caja Rural Seguros RGA – 8
Outra equipa que não esteve propriamente bem, ainda assim num plano bem melhor que a Burgos. Nelson Soto raramente conseguiu uma boa posição nos sprints, mas quando o logrou fechou a etapa 10 em 4º. Esperávamos mais e melhor de Nick Schultz e Alex Aranburu, que andaram bem durante a temporada, mas não o confirmaram aqui. Sergio Pardilla esteve uns furos bem abaixo do que tinha conseguido noutras temporadas.
De resto, Jonathan Lastra foi 8º na etapa 5, Lluis Mas ainda ameaçou em algumas fugas, António Molina esteve combativo e Cristian Rodriguez terminou em 25º na geral.
Cofidis, Solutions Crédits – 17
O principal destaque foi a chapada de luva branca que Nacer Bouhanni deu nos críticos do francês e da Cofidis na etapa 6, mas a Cofidis não se limitou a isso. Luis Angel Mate andou cerca de metade da Vuelta com a camisola da montanha e depois teve adoeceu, condicionando-o imenso daí para a frente.
E ainda houve os dias de camisola vermelha de Jesus Herrada. O espanhol aproveitou de forma excelente a oportunidade e depois agarrou-se alguns dias ao símbolo de liderança desta Vuelta, com a equipa a assumir a responsabilidade na frente do pelotão.
Dimension Data – 18
Uma das maiores surpresas desta Vuelta. Ben King apareceu um ciclista novo na Vuelta e arrebatou não 1, mas 2 etapas, mostrando que o seu triunfo inicial não foi por acaso. Depois disso continuou a fazer uma prova de alto nível, terminou a classificação da montanha em 4º e ainda foi 24º na geral. Esperava-se um pouco mais de Merhawi Kudus (que teve uma bela oportunidade em las Praeres e foi 6º e de Ryan Gibbons, que teve como o seu melhor resultado um 9 posto.
Já quando a Amanuel Ghebreigzabhier foi uma bela surpresa, presente em muitas fugas na sua estreia a este nível. Steve Cummings foi uma presença constante na parte traseira do pelotão, Louis Meintjes esteve muito discreto, uma nota dominante da temporada do sul-africano e Igor Anton despediu-se com uma exibição discreta.
Euskadi-Murias – 19
A outra enorme surpresa desta Vuelta foi protagonizada por um espanhol que correu na Volta a Portugal como preparação para a última Grande Volta do ano. Oscar Rodriguez atarantou tudo e todos na chegada a La Camperonra, batendo Rafal Majka, Dylan Teuns ou Ilnur Zakarin e transformou a excelente temporada da Euskadi-Murias num verdadeiro sonho.
Mas desengane-se quem pense que a Vuelta da Euskadi-Murias se resumiu ao fabuloso triunfo de Oscar Rodriguez. Mikel Bizkarra andou em algumas fugas, manteve a consistência e acabou a Vuelta em 17º, Eduard Prades foi 4º na etapa 7 e Jon Aberasturi esteve no top 10 por 3 ocasiões. A melhor equipa convidada a par da Cofidis.
Groupama-FDJ – 17
Um balanço positivo, muito positivo. Thibaut Pinot, o grande líder, teve uma Vuelta muito boa, que podia ter sido ainda melhor não fosse pelo dia mau no Balcon de Bizkaia, na etapa 17. Pinot ganhou as etapas 15 e 19, mostrando capacidade física e inteligência tática e ainda terminou a Vuelta no 6º posto. A equipa também andou vestida de vermelha, graças à fuga de Rudy Molard na etapa 5, 4 dias na liderança foram mais um aspecto muito positivo.
Marc Sarreau confirmou também que evoluiu bem este ano, foi 5º por 2 vezes, ele que é um puro sprinter a ter em conta para 2019. Benjamin Thomas tentou algumas fugas, Antoine Duchesne trabalhou muito e Georg Preidler foi o único ciclista que esteve abaixo das expectativas, principalmente depois da excelente Volta a Polónia.
Lotto Soudal – 16
Sabia-se que a Vuelta 2017 seria complicada de repetir para a Lotto-Soudal, mas a equipa belga tentou e saiu daqui com uma excelente imagem. Thomas de Gendt foi mais do mesmo, fuga atrás de fuga, apostou na montanha e ganhou essa aposta, levando para casa essa classificação. A cereja do topo do bolo foi colocada graças à escapada que Jelle Wallays culminou da melhor maneira já perto do final da Vuelta.
Victor Campenaerts abriu bem e depois mostrou que ainda precisa de melhorar a sua capacidade de recuperação no 2º contrarrelógio. Tosh van der Sande tentou intrometer-se em algumas chegadas ao sprint, Tiejs Benoot foi muito condicionado por uma violenta queda que sofreu e Bjorg Lambrecht andou muito tempo a poupar-se para apostar tudo na etapa 13, onde foi 4º. Sander Armeé e Maxime Monfort foram os ciclistas mais discretos.
Mitchelton Scott – 19
Quase perfeita, senão perfeita. Como equipa a estratégia foi perfeita, não se desgastaram em demasia na fase inicial, estiveram atentos, guardaram os trunfos para a última semana e mostraram que aprenderam com os erros do Giro. Simon Yates não teve um único dia mau, nas etapas decisivas terminou sempre na frente e fez um contrarrelógio muito competente. E talvez tão importante quanto isso, ganhou em estilo, sempre ao ataque quando podia e tinha capacidade para isso. Temos um caso sério para Grandes Voltas, que já tinha ameaçado no Giro e que disse ter contas a ajustar com a prova italiana em 2019.
Adam Yates andou mais escondido durante 2 semanas e depois salvou o irmão de problemas na última semana e foi uma peça crucial, a par de Jack Haig. Talvez com um rolador a mais e um trepador a menos, a equipa soube-se defender disso, procurando manter o bloco junto e todos fizeram o seu trabalho. A única crítica a fazer será mesmo os resultados de Matteo Trentin nas chegadas em pelotão compacto, o campeão europeu só fez 1 top 5, quando tinha feito aquele brilharete em 2017.
Movistar Team – 15
Talvez a análise mais complicada de fazer e a nota mais complicada de dar. É impossível dizer que a Movistar esteve mal, principalmente comparando com a globalidade das equipas, nenhuma equipa que faz 5º e 8º na geral, ganha 2 etapas, ganha a classificação por pontos e a classificação colectiva está mal, mas… esperava-se mais dos comandados de Eusebio Unzue, principalmente na geral.
Ou seja, a Movistar esteve bem, fez o que lhe competia na maior parte do tempo, Winner Anacona, Richard Carapaz, Andrey Amador e Nelson Oliveira estiveram muito bem, chegaram em boa forma e trabalharam muito, mas falhou o grande líder para a classificação geral, Nairo Quintana. Principalmente tendo em conta que à partida desta Vuelta a Movistar apostava muito e faltavam muitos pesos pesados das Grandes Voltas (Tom Dumoulin, Chris Froome, Geraint Thomas, Primoz Roglic, Romain Bardet, Nibali e Porte estavam debilitados). Algo tem de mudar na preparação/cabeça de Nairo Quintana para o colombiano regressar ao seu melhor nível e conseguir competir com esta geração. Valverde fez o que lhe competia e a “quebra” nas 2 últimas etapas da montanha era previsível.
QuickStep Floors Cycling Team – 20
Bom, eles simplesmente não param, nem têm intenções de parar. 4 vitórias em etapa e um pódio na classificação, é quase impossível pedir melhor. Diríamos que Enric Mas não foi a surpresa da prova, mas sim a grande confirmação. Ele já tinha mostrado laivos de enorme talento, faltando a consistência, que encontrou aqui. Guardou forças para a penúltima etapa, que sabia que era decisiva e tomou de assalto o 2º lugar e a vitória na etapa com uma exibição estrondosa.
Elia Viviani conseguiu o que se esperava, ganhou praticamente em todas as oportunidades, apesar do comboio da Quick-Step Floors não ter funcionado na perfeição. Viviani consolidou o seu estatuto de melhor sprinter do ano aqui. O resto da equipa esteve bem, Laurens di Plus, Dries Devenyns e Pieter Serry ajudaram Enric Mas ao máximo e Kasper Asgreen passou centenas de quilómetros na frente do pelotão e ainda teve capacidade de fazer um excelente contrarrelógio.
Team EF Education First Drapac p/b Cannondale – 17
Alcançaram todos os objetivos e de forma convincente. Rigoberto Uran foi talvez o ciclista mais consistente no top 10 da geral, nunca esteve fenomenal e nunca quebrou, andava pelo grupo dos favoritos até perto do final e depois nunca cedia muito tempo. Terminou no 7º lugar, o que é positivo, mas certamente queria mais.
As vitórias em etapa surgiram em 2 fugas. Simon Clarke, logo na 1ª segunda, retirou qualquer pressão à formação de Jonathan Vaughters e Michael Woods, numa chegada perfeita para ele, deixou para trás alguns dos fantasmas que o atormentavam pessoalmente e na vida familiar. Tom van Asbroeck intrometeu-se em alguns dos sprinters em pelotão compacto, enquanto que Pierre Rolland e Daniel Moreno renderam menos que o esperado.
Team Katusha-Alpecin – 9
Foram os nomes menos sonantes que mais apareceram. Ilnur Zakarin passou praticamente ao lado nesta Vuelta, o 20º lugar na geral é praticamente insignificante e um 5º posto foi o melhor que conseguiu numa etapa, uma queda logo de início condicionou-o. Jhonatan Restrepo ainda pensou que poderia ganhar 1 etapa, mas acabou ultrapassado por Alessandro de Marchi nos quilómetros.
Tiago Machado tentou entrar em quase todas as fugas e conseguiu-o várias vezes e foi 13º na etapa 12. De resto, mal se viram os restantes ciclistas, incluindo José Gonçalves, que começou esta Vuelta algo debilitado fisicamente.
Team LottoNL-Jumbo – 14
Uma equipa que consolidou o seu estatuto dentro das Grandes Voltas. Dos corredores que fizeram o Tour ao mais alto nível, Steven Kruijswijk foi o melhor nesta Vuelta, perdendo somente o pódio para uns fabulosos Miguel Angel Lopez e Enric Mas. Mas o holandês também merecia o pódio, é muito ofensivo, arrisca sempre quando pode. Kruijswijk partiu com uma liderança partilhada, com George Bennett, que quebrou na segunda metade da Vuelta e depois aparece nas 2 últimas etapas de montanha a dar o seu bom contributo.
Sepp Kuss mostrou que ainda tem muito para evoluir dentro do brilharete que fez em Agosto. Durou 10 dias a bom nível nesta Vuelta, depois provou que a capacidade de recuperação ainda não é a melhor. Floris de Tier ajudou no que pôde e Danny van Poppel esteve bem, com 2 pódios e 6 etapas nos 10 primeiros.
Team Sky – 12
Há muito tempo que a Team Sky não tinha uma Grande Volta tão má em termos de resultados. Nenhuma etapa e nenhum ciclista nos 10 primeiros, mas ainda houve algumas boas performances, especialmente por parte de Michal Kwiatkowski. O polaco começou a Vuelta com 2 segundos lugares e isso valeu-lhe envergar a camisola vermelha por 3 dias. Para além disso tentou imensas vezes entrar para a fuga, muitas vezes ficando frustrado. David de la Cruz fez uma Vuelta média, como a sua temporada tem sido. Em Balcon de Bizkaia ainda foi 3º, já com liberdade para entrar em fugas e terminou a competição em 15º.
Sergio Henao nunca mostrou nas últimas 3 semanas capacidade para competir com os melhores e foi Dylan van Baarle a conseguir também um pódio em etapa, numa jornada de média montanha. Os jovens Pavel Sivakov e Tao Hart não conseguiram confirmar ao mais alto nível todo o talento que se lhes augura.
Team Sunweb – 11
Uma Vuelta muito mediana por parte da Team Sunweb, que saiu do Tour em alta. Wilco Kelderman parecia muito perdido a meio da Vuelta, recompôs-se, nunca desistiu e conquistou o 10º lugar de uma forma incrível na 20ª etapa. Nunca esteve na discussão por 1 etapa, tal como Max Walscheid, que nunca se conseguiu colocar bem nas chegadas em pelotão compacto, em defesa dele, também não tinha grandes lançadores. Simon Geschke está de saída e esteve discreto e fica uma nota positiva para Jai Hindley, que foi aquele que mais de perto acompanhou Wilco Kelderman na montanha.
Trek-Segafredo – 12
Não deslumbraram e saíram de mãos a abanar. Bauke Mollema foi 2º na etapa 5 e na etapa 9, mas não festejou, muito por causa de erros tácticas. A partir daí, focou-se na classificação da montanha, mas nunca mostrou o nível que se lhe conhece. Gianluca Brambilla foi o melhor homem da Trek-Segafredo na geral, terminou em 16º, falhou algumas fugas importante onde podia ter tirado dividendos.
Giacomo Nizzolo foi outro ciclista em destaque, fez 3 pódios nas chegadas ao sprint e foi dos sprinters mais regulares, numa 3ª linha, a par de Danny van Poppel. Mathias Brandle passou muitos quilómetros na frente do pelotão, Kiel Reijnen lançou Nizzolo, Markel Irizar e Fabio Felline mal se viram e Nicola Conci ainda integrou uma ou outra fuga.
UAE Team Emirates – 7
Uma Vuelta desinspirada, muito má mesmo. Fabio Aru queria salvar aqui a sua época fraca, mas não o conseguiu. Quando o italiano sofreu aquela aparatosa queda já estava longe na geral e nunca mostrou boa forma. Daniel Martin não aproveitou as poucas oportunidades que teve, ele que esteve nesta Vuelta com a cabeça na vida familiar, tendo desistido a meio por causa disso. Simone Consonni não logrou qualquer pódio, pódio esse que veio já perto do final da Vuelta graças a um inesperado Sven Erik Bystrom. Valerio Conti, Edward Ravasi, Simone Petilli e Vegard Stake Laengen pouco se viram.