AG2R La Mondiale

Último Tour de France de Romain Bardet com a equipa francesa. De ano para ano o gaulês tem vindo a piorar os seus resultados e, apesar de ter vencido a classificação da montanha em 2019, quebrou a série de 6 top-10 consecutivos. Não se pode dizer que 2020 está a correr mal, vem de ser 6º no Dauphine, mas a qualidade e responsabilidade de Bardet exige mais.

Pierre Latour é um antigo vencedor da juventude (2018), tem um talento incrível mas nem sempre consegue colocar isso na estrada. Muito irregular, o francês deverá focar-se em caçar etapas e apoiar Bardet. Mikael Cherel, Nans Peters e Alexis Vuillermoz são trepadores competentes, podem vir a integrar algumas fugas mas dificilmente podem vencer.

A paragem competitiva não fez bem a Oliver Naesen que ainda procurar atingir a melhor forma. Um corredor muito completo, é exímio em etapas com algumas dificuldades, fazendo lembrar as clássicas. Benoit Cosnefroy é, provavelmente, o talento da sua geração, faz a estreia no Tour e procurará mostrar-se, principalmente nas chegadas mais duras ou após dificuldades. Clement Venturini será o sprinter de serviço, ele que gosta de alguma dureza, e terminar as etapas no top-10 já será um bom resultado.

 

Previsão: Romain Bardet vai voltar a falhar na classificação geral, entrando, depois, novamente na luta pela montanha. Pierre Latour vai ser dos mais combativos do Tour deste ano, andando perto do triunfo.




 

Astana Pro Team

Primeiro Tour de France da carreira de Miguel Angel Lopez aos 26 anos. Após pódios no Giro e na Vuelta é a altura de se testar com os melhores dos melhores. De menos a mais depois do desconfinamento, Superman apareceu a um bom nível no Dauphine, onde foi 5º. É daqueles que melhora com o passar da competição e adorará o facto dos poucos quilómetros de contra-relógio.

De apoio o colombiano não se vai puder queixar, já que terá um dos blocos mais fortes para o apoiar. Gorka e Ion Izagirre são dois corredores muito completos, tal como Alexey Lutsenko, que nos seus melhores dias são impressionantes na montanha. Cuidado com Harold Tejada, pode ser uma das belas surpresas do Tour. Omar Fraile e Luis Leon Sanchez terão a missão de proteger o seu líder na média montanha, sendo que nas fases mais planas esse papel está destinado a Hugo Houle.

 

Previsão: Top-10 para Miguel Angel Lopez, com Gorka Izagirre a vencer uma etapa de montanha.

 

Bahrain-McLaren

O líder Mikel Landa! Finalmente o basco é líder absoluto de uma equipa numa Grande Volta. O pré-COVID mostrava um Landa a grande nível, tal como estava acontecer no Dauphine até a última etapa lhe atraiçoar todos os planos. Não tem medo de atacar e sabe que esta é uma das suas grandes oportunidades da carreira pois os contra-relógios do Tour são montanhosos e a montanha também abunda.

Pello Bilbao, Damiano Caruso, Wout Poels e Rafael Valls formaram um bloco de montanha coeso, com os três primeiros a terem um papel fundamental nas aspirações de Landa. Poels tem estado irreconhecível, mas a 3ª semana do Tour é o seu forte.

Sonny Colbrelli também aposta no Tour, ele que aparece em boa forma e terá no experiente Marco Haller o seu lançador. Num dia com um final mais complicado, o italiano poderá vencer. Matej Mohoric deverá ter um papel livre em certos dias, procurando o sucesso pessoal mas é um corredor útil em qualquer tipo de terreno mas ambos os líderes.

 

Previsão: Mikel Landa vai terminar no top-10, andando muito ativo na última semana. Pello Bilbao terá alguma liberdade e andará perto de vencer uma etapa.



 

B&B Hotels – Vital Concept p/b KTM

Ao quinto ano do projeto, finalmente vemos a formação de Jerome Pineau na sua Grande Volta. Bryan Coquard é a grande aposta da equipa gaulesa para tentar vencer uma etapa, uma tarefa que não se avizinha fácil perante a concorrência que terá pela frente. Jens Debusschere e Kevin Reza são experientes e serão fundamentais para deixar Coquard bem posicionado.

Pierre Rolland tirou “a barriga de misérias” este mês ao vencer o Tour de Savoie Mount Blanc. Um facto assinalável no entanto a concorrência não era a mais forte. Devemos vê-lo ao ataque nas etapas de montanha mas dificilmente poderá vencer uma etapa, só se recuperar a sua versão antiga.

Cyril Barthe, Maxime Chevalier, Cyril Gautier e Quentin Pacher são ciclistas muito combativos, que passam bem a média montanha e que devem surgir em muitas fugas, principalmente nos primeiros dias, tentando uma subida ao pódio com a camisola da montanha.

 

Previsão: Muita combatividade é o que se espera desta equipa. O histórico triunfo vai surgir por intermédio do inevitável Pierre Rolland.

 

Bora-Hansgrohe

Emanuel Buchmann estava a ter a preparação ideal para este Tour. Sempre muito discreto, o alemão estava a ser dos melhores no Dauphine, mas uma queda retirou-o da competição. Alguns dias sem treinar causaram preocupação mas o 4º classificado está pronto para a luta, veremos em que condições e se a falta de treino não retirou alguma forma.

Gregor Muhlberger também ficou envolvido nessa mesma queda numa altura em que estava em grande forma (vinha de ganhar o Sibiu Tour), sendo um dos principais apoios de Buchmann na montanha, a par de Felix Grosschartner e Lennard Kamna, uma das belas surpresas do recente Dauphine. Como não há duas sem três, Maximilian Schachmann também chega lesionado. O alemão foi abalroado por um carro na Il Lombardia e fraturou a clavícula e, com uma recuperação milagrosa estará à partida em Nice. Em condições normais é candidato a dar espetáculo e a vencer etapas de média montanha.

Chegamos a Peter Sagan. É notório que o eslovaco tem andado um pouco longe dos melhores resultados mas mesmo assim foi 4º na Milano-Sanremo. Com o objetivo de conquistar a oitava camisola verde, Sagan sempre disse que a sua temporada só começava no Tour de France. Sabe-se colocar como poucos nas chegadas e, para o ajudar conta com Daniel Oss e Lukas Postelberger.

 

Previsão: Em condições normais, Emanuel Buchmann fará top-5, caso não esteja recuperado poderá abandonar para se focar noutros objetivos. Não será Peter Sagan a vencer uma etapa, mas sim Lennard Kamna.

 

CCC Team

Em busca de um contrato! É quase este o lema de todos os ciclistas da equipa polaca presentes no Tour uma vez que o fim da formação está perto e todos têm permissão para procurar equipa. Greg van Avermaet é a grande figura, ainda não venceu este ano, mas tem andado sempre perto. Não vira a cara à luta e no Tour costuma, sempre, transformar-se.

Matteo Trentin deverá tentar a sua sorte nas chegadas ao sprin, talvez alternando com Jonas Koch, t mas será nas etapas com algumas dificuldades e integrando fugas que deverá ter mais sucesso. Alessandro de Marchi é dos mais combativos do pelotão e parece muito bem, com boas exibições nas provas italianas, palavras que também encaixam em Simon Geschke. Dois perigos para etapas de média montanha. Michael Schar é a locomotiva de serviço para as etapas planas.

Ilnur Zakarin e Jan Hirt são as cartas para as etapas de alta montanha, no entanto têm andado algo desaparecidos nas provas mais recentes. A geral para o russo será uma miragem, sendo que o melhor Zakarin deve aparecer mais para o final.

 

Previsão: Alessandro de Marchi está em grande forma e numa das suas diversas fugas vai conquistar um triunfo importante.




Cofidis, Solutions Crédtis

Regressamos às equipas francesas com aquela que, em nossa opinião, tem mais hipóteses de poder sair a sorrir da Grande Boucle. Elia Viviani foi o grande reforço para 2020 no entanto o italiano ainda não conseguiu vencer, parecendo estar longe dos seus tempos da Deceuninck-QuickStep. O Tour é o Tour, a motivação está em alta, e repetir o triunfo do ano passado é o grande objetivo. Tem um bom comboio ao seu dispor, com Simone Consonni e Christophe Laporte.

Guillaume Martin é a aposta para a classificação geral e, sorrateiramente, o gaulês tem conseguido afirmar-se no ciclismo mundial. O 3º posto no recente Dauphine é prova disso, por isso o trepador francês pode almejar um bom lugar na geral, num apoio que estará reduzido a Nicolas Edet. Jesus Herrada terá liberdade para procurar vencer uma etapa nos dias de média montanha, ele que se mostrou bem nas últimas provas. Anthony Perez e Pierre Luc-Perichon são atacantes puros, ciclistas que vamos ver em fuga nos primeiros dias.

 

Previsão: Elia Viviani não conseguirá o desejado triunfo, que surgirá por parte de Guillaume Martin que irá terminar perto do top-10. Jesus Herrada será muito combativo.

 

Deceuninck-QuickStep

Repetir os feitos do ano passado não será fácil mas se há equipa onde não existem impossíveis é na formação belga. O que Julian Alaphilippe fez em 2019 foi impressionante: 5º posto na geral final e vitória em duas etapas. 2020 está a ser um ano muito discreto, tendo só aparecido na Milano-Sanremo no entanto o francês deve aparecer muito mais ativo na “sua” Grande Volta. Vencer etapas deverá ser o seu objetivo, uma vez que este ano o percurso é muito mais duro que o habitual.

Bob Jungels foi, em tempos, a aposta da Deceuninck-QuickStep para as classificações gerais mas isso já lá vai. Excelete contra-relogista pode tentar a sua sorte em etapas de média montanha ou com ataques perto da meta. Dries Devenyns é um corredor muito completo, passa bem a média montanha e tem uma razoável ponta final.

Para as chegadas rápidas, Sam Bennett é o homem a ter em atenção. O campeão irlandês ganhou nas duas provas por etapas que fez pós-COVID o que lhe dá motivação extra. Procura a primeira vitória da carreira na Grande Boucle e na equipa belga está mais perto disso. Michael Morkov será o seu lançador, um dos melhores do mundo. Kasper Asgreen e Remi Cavagna são dois roladores incríveis e farão alongar o pelotão antes das chegadas. Atenção a ambos em etapas com algumas dificuldades. Tim Declercq, o “Trator”, dará o peito ao vento durante muitos quilómetros.

 

Previsão: Julian Alaphilippe vai tentar de todas as maneiras e feitios e, no final, será recompensado com uma etapa. Em Paris, irá envergar a camisola da montanha. No sprint, Sam Bennett vai levantar as mãos por duas vezes. Remi Cavagna também vencerá.

 

EF Pro Cycling

A equipa de Jonathan Vaughters aposta tudo na sua armada colombiana. Rigoberto Uran é a principal aposta para a classificação geral, ele que tem estado muito discreto até agora em 2020, no entanto costuma aparecer sempre bem no Tour. Daniel Martinez vem de triunfar no Dauphine só que uma prova de 3 semanas é outro mundo e o jovem colombiano ainda tem que ganhar muita experiência. Por fim, Sergio Higuita é talento puro, foi 14º na passada Vuelta, a sua primeira Grande Volta, o que mostra todo o seu potencial. Enorme trepador, pode ser uma das surpresas do Tour.

O gigante Hugh Carthy será um importante ciclista nas etapas de montanha, um pouco irregular, mas quando está bem é um gregário de luxo. Tejay van Garderen já não é o mesmo e deve ser dos primeiros corredores a entrar ao trabalho nos dias de montanha, a par de Neilson Powless, mais um trepador competente.

Alberto Bettiol terá as suas chances para brilhar, em etapas que fazem lembrar clássicas e em finais algo duras, tendo a ajuda de Jens Keukeleire. Ambos os corredores serão, também, importantes para proteger os seus líderes nas fases de plano.

 

Previsão: Uma das surpresas surgirá nesta equipa com Sergio Higuita a conseguir um inédito top-10 final. Rigoberto Uran vai falhar, com Daniel Martinez a conquistar uma etapa.

 

Groupama-FDJ

Tudo por Thibaut Pinot! Marc Madiot deixa de fora Arnaud Demare, um dos ciclistas em melhor forma neste momento e grande candidato à camisola verde, para se focar na classificação geral e tentar vencer o Tour. Pinot está sempre na luta mas, nos dias finais, acontece-lhe sempre alguma coisa. Ou cai, ou tem azares mecânicos ou tem colapsos inexplicáveis. Vamos ver o que acontece este ano, ele que pretende, pelo menos repetir o pódio de 2014.

David Gaudu é o seu braço direito mas diversos problemas de saúde fazem com que as primeiras etapas sirvam para o gaulês ganhar ritmo. Mais para o final da Volta a França será peça fundamental. Sebastien Reichenbach é outro fiel escudeiro, um dos melhores gregários do pelotão quando a estrada inclina, aos quais se juntam Rudy Molard e Valentin Madouas. Nas etapas planas, a responsabilidade de impedir percalços para o líder recairá sobre Stefan Kung, Mathieu Ladagnous e William Bonnet.

 

Previsão: Thibaut Pinot vai, finalmente, deixar os azares de parte e terminar no 5º lugar da classificação geral, depois de triunfar numa das chegadas em alto da competição.




 

Israel Start-Up Nation

Aí está a primeira equipa israelita na Volta a França. Em teoria, diríamos que Daniel Martin teria condições de puder finalizar no top-10 final no entanto o irlandês esteve em dúvida até à última hora, devido a problemas físicos, por isso só com o passar do tempo veremos como estará. Assim, apontará a vitórias em etapas, cenário onde o outro trepador da equipa, Ben Hermans, também encaixa.

Krists Neilands dará a cara nas etapas de média montanha, um corredor que não tem medo de atacar. Do mesmo modo podemos falar de Nils Politt, outro ciclista muito combativo, que deverá tentar a sua sorte nos dias mais confusos de chegadas ao sprint.

André Greipel é, à partida, o principal sprinter da equipa no entanto sem um triunfo há praticamente 20 meses, a confiança poderá não ser a melhor. A equipa tem trabalhado para o “Gorilla” mas este não tem correspondido. A correr em casa, Hugo Hofstetter poderá ter as suas oportunidades, um sprinter mais regular nos últimos tempos. Tom van Asbroeck é aquele que terá o papel mais bem definido, ao ser o lançador. Guy Niv faz história ao ser o primeiro ciclista da Israel a correr o Tour.

 

Previsão: Muita combatividade mas não irão passar disso na estreia no Tour de France.

 

Lotto Soudal

Etapas, etapas e etapas. A equipa belga não vem com ninguém para a classificação geral, como é hábito, e tem em Caleb Ewan e grande esperança para algum tipo de conquista, que pode começar logo em Nice. O comboio é bastante bom, tendo Roger Kluge, John Degenkolb e Jasper de Buyst e o australiano vem de bons resultados no Tour de Wallonie. Cremos que não terá grandes hipóteses no que toca à camisola verde por causa da montanha que o percurso tem.

Philippe Gilbert parece longe do seu melhor, mas o experiente belga já conseguiu grandes vitórias nestas condições. Na montanha Thomas de Gendt e Steff Cras terão carta verde para fugas da montanha, Cras foi 5º na Volta a França do Futuro em 2017, mas está a demorar a afirmar-se ao mais alto nível.

 

Previsão: Caleb Ewan vai andar perto de repetir os feitos do ano passado, vencendo por duas vezes.

 

Mitchelton Scott

Outra formação que vem exclusivamente com o pensamento de conquistar etapas. Adam Yates ainda está longe da melhor forma e está a caminho da Ineos, enquanto Esteban Chaves continua afastado do nível que mostrou em 2016, não nos admirava que fosse o fiel da balança, Mikel Nieve, a emergir como uma das figuras da 3ª semana, como o trepador espanhol costuma fazer.

Sam Bewley, Jack Bauer e Chris Juul Jensen são os ciclistas de trabalho, enquanto Luka Mezgec e Daryl Impey vão tentar a sorte em sprints e etapas de média montanha. Mezgec é dos sprinters que passa melhor a montanha, já Impey gosta de uma chegada empinada e de grupos a rondar os 30/40 elementos. É daquelas equipas que deve ter etapas muito específicas marcadas no livro de prova.

 

Previsão: Duas vitórias em etapas para uma equipa que vai procurar isso: Daryl Impey numa etapa de média montanha e o regular Mikel Nieve na última semana.

 

Movistar Team

Está a ser uma temporada muito complicada para a equipa espanhola, e a menos que tenha havido uma melhoria muito grande, deverá continuar assim. Os 40 anos de Alejandro Valverde já começam a pesar e o espanhol ainda não ganhou em 2020. Valverde cede cada vez mais cedo na montanha e está menos explosivo com o passar do tempo. Marc Soler vem ao Tour com o pensamento no Giro e Enric Mas andou longe dos melhores no Criterium du Dauphine. Caso perca tempo na 1ª semana, Mas pode ser um dos grandes candidatos à camisola da montanha.

Sem propriamente um grande líder para a classificação geral e um grande candidato à vitória, os restantes elementos (Carlos Verona, Imanol Erviti, Nelson Oliveira, Dario Cataldo e Jose Joaquin Rojas) terão liberdade para fugas, especialmente nas etapas de média montanha, o que nem sempre acontece para o português Nelson Oliveira, o único luso presente no Tour.

 

Previsão: O ano não está a correr de feição e o Tour não vai fugir à regra.

 




 

NTT Pro Cycling

O renascer de Giacomo Nizzolo deu outro alento e outra confiança à equipa da NTT, agora com Bjarne Riis ao comando. 5º na Milano-Sanremo, campeão nacional e campeão europeu, a equipa está certamente apostada em levar Nizzolo à camisola amarela. O comboio não é propriamente convencional, com Edvald Boasson Hagen, Max Walscheid e Ryan Gibbons, mas tem potencial e Nizzolo está a voar.

Para a montanha a formação com licença sul-africana leva 2 veteranos: Roman Kreuziger e Domenico Pozzovivo, Pozzovivo deu alguns sinais positivos nas últimas 2 provas. Michael Valgren não está a top, Michael Gogl parece muito bem e é um perigo para as etapas de média montanha.

 

Previsão: Giacomo Nizzolo está na forma da sua vida. Irá triunfar numa etapa e quebrar com a hegemonia de Peter Sagan, levando para casa a camisola verde.

 

Team Arkéa Samsic

Uma queda enquanto treinava na Colômbia prejudicou a preparação de Nairo Quintana. O colombiano até nem esteve mal no Tour de l’Ain, no entanto não impressionou no Dauphine, acabando por abandonar na última etapa. Entre bordures, contra-relógios e chegadas explosivas é expectável que Quintana perca algum tempo, que parece incapaz de recuperar na alta montanha, o pódio parece um sonho.

Ao seu lado estará Warren Barguil, que fez um Dauphine em crescendo, acabou no 9º posto da geral. Barguil está mais descontraído que o habitual, teoricamente o líder da equipa é Quintana, não teve problemas na preparação e o top 10 é perfeitamente possível. Para os ajudar a equipa francesa escolheu Winner Anacona, Dayer Quintana, Diego Rosa, Clement Russo, Connor Swift e Maxime Bouet (que, entretanto, foi substituído por Kevin Ledanois devido a lesão).

 

Previsão: As consequências do atropelamento ainda se vão fazer notar em Nairo Quintana que, desta forma, não conseguirá o top-10 final. Warren Barguil vai salvar a honra do convento terminando entre os 10 melhores.

 

Team Jumbo-Visma

Há 2 semanas eram os claros favoritos à vitória e, de longe, a equipa mais forte. Continuam a ser a equipa mais forte, mas a estrutura tremeu nos últimos dias. Primeiro Steven Kruijswijk ficou de fora, depois Primoz Roglic caiu e teve de parar alguns dias. O esloveno vai alinhar à partida, mas pensamos que não vai começar a prova a 100% devido à paragem. Continua ainda a ser o maior candidato e conta com um gregário de luxo que é Tom Dumoulin. O holandês apresentou-se muito bem no Dauphine e se continuar a crescer assim em termos de forma não o podemos descartar para um pódio.

Os 2 ciclistas que mais perto estarão de Roglic e Dumoulin na alta montanha são Sepp Kuss e George Bennett, 2 corredores que na maioria das equipas partiriam como líderes para a geral tendo em conta os resultados que têm tido. Wout van Aert provou que consegue fazer de tudo, melhorou substancialmente na alta montanha e é quase certo que ganhe, pelo menos, 1 etapa. Robert Gesink e Tony Martin são os capitães na estrada, enquanto Amund Jansen é muito poderoso no terreno plano.

 

Previsão: A equipa holandesa não vai falhar! Primoz Roglic vai levar para casa o troféu e vencer o Tour de France, juntando duas etapas à coleção. Também Wout van Aert vai sair com duas vitória.

 

Team INEOS

Quem diria há 1 ano que no Tour 2020 não teríamos nem Geraint Thomas nem Chris Froome. O líder será Egan Bernal, o vencedor do ano passado desiludiu no Dauphine e preocupou depois de abandonar a meio, a preparação não foi perfeita e para uma equipa como a Ineos é certamente um factor disruptivo. Foi chamado Richard Carapaz, que também não tem tido vida fácil, boas pernas, mas uma queda na Polónia obrigou-o a parar alguns dias. No meio disto tudo, o mais sólido e regular tem sido Pavel Sivakov. Top 10 no ano passado no Giro estará certamente resguardado caso alguma coisa de errado se passe com Bernal.

Como sempre, a equipa é bastante poderosa, ficando atrás da Jumbo-Visma na alta montanha. Luke Rowe vai ser incumbido de proteger os trepadores no terreno plano, enquanto Dylan van Baarle, Jonathan Castroviejo e Michal Kwiatkowski são valiosos gregários em quase todo o tipo de terreno. Resta saber do que é capaz Andrey Amador, pode ser uma peça fulcral neste puzzle.

 

Previsão: Egan Bernal não vai conseguir defender o trono mas vai terminar no pódio final, em 3º. Entre Richard Carapaz e Pavel Sivakov, um deles também vai terminar no top-10.




 

Team Sunweb

Nos últimos dias tem-se falado mais do elemento que ficou de fora (Michael Matthews) do que propriamente no alinhamento em si. O australiano está em grande forma e tinha aspirações legítimas à camisola verde, mas vai ao Giro e a formação alemã aposta em Cees Bol, lançado por Nikias Arndt e Casper Pedersen para o sprint. Bol é muito poderoso e uma caixinha de surpresas.

Soren Kragh Andersen consegue fazer de tudo e é um corredor dos grandes momentos, tal como Tiesj Benoot, mas o belga não tem dado grandes sinais antes da “Grand Boucle”. Muito cuidado com o super-talento que é Marc Hirschi, falta-lhe apenas a experiência das Grandes Voltas. Completam o alinhamento o experiente Nicolas Roche e o jovem Joris Nieuwenhuis. Uma equipa que vem somente caçar etapas.

 

Previsão: Cees Bol vai andar perto nas etapas ao sprint mas não vai conseguir vencer a desejada etapa.

 

Team Total Direct Energie

Uma das equipas mais fracas da Volta a França e não estamos a ver grandes esperanças para a conquista de uma etapa. Lilian Calmejane, Romain Sicard e Anthony Turgis não têm tido grandes resultados e mesmo que integrem uma fuga será quase certamente com ciclistas mais fortes.

Niccolo Bonifazio é a melhor chance para alcançar top 10/top 5, mas o italiano abandonou logo o Dauphine na 1ª etapa com problemas nas costas e não é um sinal nada bom. É de esperar muitas fugas com Mathieu Burgaudeau, Jerome Cousin, Fabien Grellier e Geoffrey Soupe.

 

 

Previsão: Muitas fugas, ataques e combatividade.

 

Trek-Segafredo

Uma formação que tem alcançado alguns sucessos e que parte com aspirações legítimas. Como já dissemos mais do que 1 vez, esqueçam lá a carta Richie Porte para a geral e duvidamos seriamente que o australiano ganhe alguma etapa. Já Bauke Mollema tem mostrado ter boas pernas e tem estado a melhorar progressivamente, o top 10 na geral é bem possível.

O bloco composto por Edward Theuns, Jasper Stuyven e Mads Pedersen é bastante potente e é preciso ter muito cuidado com este trio nas etapas planas, pois têm potencialmente para partir um pelotão no vento lateral. Kenny Elissonde e Niklas Eg vão procurar fugas na montanha, têm talento para isso.

 

Previsão: Após falhar na classificação geral, Bauke Mollema vai fartar-se de andar ao ataque na segunda e terceira semanas. Jasper Stuyven vai conseguir o triunfo em etapa.

 

UAE Team Emirates

Vemos em Tadej Pogacar um seríssimo candidato à vitória final. O esloveno mostrou com o 3º lugar na Vuelta em 2019 que já consegue lidar com uma prova de 3 semanas, é extremamente completo e deu excelente sinais no Dauphine, ao ir em crescendo. Isso mostra que está a chegar ao pico de forma, e quando esse pico chegar é um grande perigo. Aparentemente a sua preparação correu exactamente como planeado.

Um valioso gregário durante a corrida francesa foi David de la Cruz, que andou muito bem, e é alguém habituado a estas funções, enquanto Fabio Aru e Davide Formolo estão numa posição pouco frequente na carreira, geralmente partem como líderes da equipa. Estamos muito curiosos para ver como este bloco vai correr, para o sucesso de Pogacar nomes sonantes terão de se sacrificar. Alexander Kristoff está forma de forma, pode ganhar ritmo competitivo durante o Tour, caso sobreviva às montanhas, em Paris é sempre um perigo. Jan Polanc, Marco Marcato e Vegard Stake Laengen completam este elenco.

 

Previsão: Tadej Pogacar vai fazer um brilharete na sua estreia no Tour de France! Vai acabar em 2º da classificação geral, vencer uma etapa e levar para casa a camisola branca da juventude. Davide Formolo vai continuar em boa forma e triunfar numa tirada de média montanha.




Tips do dia

Para a classificação geral:

  • Pierre Rolland melhor que Lilian Calmejane -> odd 1,445 (stake 1)
  • Fabio Aru melhor que Wout Poels -> odd 1,72 (stake 2)
  • Romain Bardet melhor que Daniel Martin -> odd 1,33 (stake 2)
  • Stef Cras melhor que Niklas Eg -> odd 3,00 (stake 1)
  • Warren Barguil no top 10 final -> odd 3,00 (stake 1)
  • Sergio Higuita no top 10 final -> odd 3,75 (stake 1)

Para a classificação por pontos:

  • Giacomo Nizzolo melhor que Sonny Colbrelli -> odd 1,40 (stake 3)
  • Giacomo Nizzolo no pódio da classificação -> odd 2,995 (stake 1)

Voltamos a deixar aqui o link do canal Telegram (aplicação que pode baixar na PlayStore), onde lançaremos live tips durante as etapas caso achemos pertinente. Também outras provas que não tenham acompanhamento na página poderão ter tips.

Link de acesso ao canal de apostas: https://t.me/joinchat/AAAAAEPNkd3AtPPJiZ6gUQ

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