É impressionante a quantidade de talento que ano após ano Gianni Savio consegue encontrar para compor o plantel da Androni-Giocattoli-Sidermec. Em 2018 o alinhamento tinha já alguma consolidação, depois da autêntica revolução de 2016 para 2017, muitas pérolas foram encontradas, cresceram e evoluíram, tendo confirmado todo o seu potencial em 2018. Essa revolução teve como alavanca o falhanço na Taça de Itália em 2016, que teve consequências no calendário para 2017. Das últimas 11 edições desta competição, a Androni ganhou 6




A grande figura da equipa foi o colombiano Ivan Sosa, que está de saída para a Trek-Segafredo ou para a Team Sky (é uma diligência que ainda está a ser resolvida), e apesar dos resultados incrível, onde estão vitórias na Vuelta a Burgos, Sibiu Tour e Adriatica Ionica Race, nem foi um dos ciclistas que mais contribuiu para a vitória na Taça de Itália. Esse triunfo foi fruto da consistência do grupo, da regularidade de Manuel Belletti e de Francesco Gavazzi, 2 sprinters que conhecem as clássicas italianas como a palma da sua mão, e da exuberância dos jovens talentos como Davide Ballerini, Mattia Cattaneo e Fausto Masnada. De recordar que Malucelli, Sosa e Ballerini já têm as suas saídas confirmadas para 2019, o que obrigará Savio a renovar um pouco o seu projecto, algo que já está a fazer, com as contratações dos jovens colombianos Daniel Munoz e Miguel Angel Florez e do italiano Leonardo Fedrigo.

A vitória na Taça de Itália só foi confirmada no mês de Outubro, que é profícuo em competições que contam para esta Taça. Qual é o principal prémio da Taça de Itália? A equipa que mais pontos somar ao longo do ano recebe um convite por parte da RCS (entidade organizadora do Giro) para a Volta a Itália do próximo ano. Caso seja uma equipa World Tour a ganhar a Taça de Itália, esse convite fica sem efeito, pois essa equipa já está automaticamente na primeira Grande Volta do ano.




As outras equipas Profissionais Continentais italianas nunca foram uma real ameaça para a Androni, a Wilier não acertou nas contratações este ano, a Nippo-Vini Fantini tinha falta de alternativas na montanha (apesar de ter somado muitos pontos com Canola, Tizza e Lobato) e à Bardiani faltou ciclistas de média montanha, já que Ciccone e Guardini não chegaram. Sendo assim, a única ameaça à Androni foi mesmo a Bahrain-Merida, que com uma forte base e contingente italiano, fez muitas competições neste país e foi somando muitos pontos graças a Colbrelli, Bonifazio, Visconti, Gasparotto e Mohoric. Só que a Androni não baqueou e a Bahrain não deslumbrou em Outubro, as vitórias de Davide Ballerini no Memorial Marco Pantani e no Trofeo Matteotti foram preponderantes e a Androni garantiu assim a presença no Giro 2019.

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