A segunda semana do Giro começa com uma etapa plana, numa das últimas oportunidades para os sprinters.



 

Percurso

Depois de um dia de descanso e com as energias de certa forma retemperadas há um verdadeiro tapete rolante de 145 kms entre Ravenna e Modena, não há praticamente uma lomba no percurso. A única curva perigosa é a 2200 metros da meta, este final é o sonho de qualquer sprinter.

 

Favoritos

O final é bastante fácil, pelo que os comboios não serão muito importantes mas, como sempre, é importante estar bem colocado. Uma reta tão longa favorece alguns sprinters capazes de gerar uma potência maior na altura do seu sprint.

O sprinter com mais vitórias neste Giro é Pascal Ackermann e o campeão alemão tem aqui um final perfeito paa si. Uma longa reta favorece a maior potência do ciclista da Bora-hansgrohe que, nas duas vitórias, mostrou uma superioridade evidente perante os seus rivais. Vai estar bem colocado, devido ao super lançador que é Rudiger Selig, e, se acertar no timing de lançamento de sprint, será quase impossível derrotá-lo.



Elia Viviani ainda não conseguiu a vitória que tanto procura com a camisola de campeão italiano. Com tão poucas oportunidades, a pressão aumenta no entanto o transalpino está numa equipa habituada a isso. Na última chegada ao sprint, o comboio da equipa, finalmente, funcionou. Viviani sabe ler como poucos o sprint e num sprint tão longo irá esperar muito até arrancar, tal como fez no dia em que “ganhou”.

 

Outsiders

Com o passar dos dias, Caleb Ewan vai-se tornando mais forte. O australiano está diferente, reduziu a sua ponta final mas melhorou a sua resistência e a vitória soltou-lhe muita da pressão que tinha pelo que agora pode correr de forma diferente, o que por vezes é positivo. Sabe que para ganhar terá que estar na frente e aí  Roger Kluge, Tosh van der Sande e Jasper De Buyst vão ter que fazer um trabalho igual ao da 2ª etapa.

Arnaud Demare está na mesma situação do “Pocket Rocket” pois sabe que não é tão rápido como os seus rivais e numa etapa tão simples não os verá chegar tão cansados mas já com 9 dias feitos o cansaço começa a aparecer. O seu comboio é dos melhores da competição e, mesmo não sendo importante para o final, é sempre uma peça chave. Num dia perfeito, o francês pode vencer.

Esta é uma etapa que Matteo Moschetti deve ter marcado desde o início do Giro. Dia fácil, com um final muito simples, perfeito para o jovem italiano que não tem uma equipa para o apoiar mas já demonstrou na 4ª etapa ter uma ponta final fantástica. Se estiver bem colocado, cuidado com o corredor da Trek-Segafredo.



 

Possíveis surpresas

Após 9 duros dias, chegaram, finalmente, as etapas para Jakub Mareczko! O italiano deve estar muito motivado pois os próximos dias são os seus grandes objetivos. Um final simples é ideal para o sprinter da CCC Team que raramente se posiciona bem e aí perde todas as hipóteses de vitória. Uma etapa tão fácil não é do agrado dos italianos Giacomo Nizzolo, Davide Cimolai, Simone Consonni e Manuel Belletti uma vez que são ciclistas que, apesar do bom posicionamento, não têm a ponta final necessária para vencer e só com dias duros que conseguem aproximar de tal. Estamos curiosos para ver Giovanni Lonardi, ele que se tem destaco no Asia Tour e já conseguiu um top 10 no Giro. Será a aposta da Nippo Vini Fantini, que também um comboio consistente para o apoiar.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Marco Haller e Paolo Simion.




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