O contra-relógio fez diferenças significativas na geral mas amanhã os homens da geral devem poupar-se. Isso leva a que nova fuga possa vir a ter o seu sucesso, num dia que passa em território espanhol e francês. Quem será o sortudo de amanhã?



Percurso

Esta é uma etapa muito mais complicada do que parece, mais de 3000 metros de acumulado num constante sobe e desce, parece um desenho perfeito para uma fuga resultar. Um pouco como na jornada ganha por Nikias Arndt.

O Col d’Ispeguy surge a 65 kms da meta, com 8,1 kms a 6,3% há espaço para algumas diferenças, mas a maior dificuldade está mesmo na sequência que esta subida vai com o Col de Otxiondo (7,6 kms a 4,2%), este já a menos de 40 kms da meta. O sprint intermédio a 7,5 kms está numa ligeira colina que pode permitir alguns ataques tardios, já que tem 3,3 kms a 3,3%. Em caso de sprint final a aproximação é muito rápida.

 

Táticas

Esta é mais uma etapa com um traçado habitual na Vuelta, sobe e desce constante, algumas contagens de montanha, sendo muito dura para os sprinters e pouco para os homens da geral, que se devem guardar para outros voos. Desta forma, acreditamos em novo sucesso da fuga.

 

Favoritos

Como já referimos ontem, a EF Education First está a ter uma Vuelta marcada por quedas, ficando reduzida a 5 elementos. A aposta, agora, é vencer uma tirada e esta é uma que assenta que nem uma luva em Sergio Higuita. No domingo já teve liberdade para atacar e amanhã acreditamos no mesmo, numa etapa com várias subidas que não vão dificultar a vida ao colombiano que é extremamente rápido.



Alex Aranburu esteve perto na 8ª etapa e amanhã tem uma etapa parecida, talvez um pouco mais dura, no entanto o ciclista da Caja Rural deve conseguir passar na frente. Corredor muito rápido e explosivo, Aranburu deverá manter-se mais calmo e frio que no sábado, onde atacou muito, gastando energias desnecessárias.

 

Outsiders

A Movistar é uma equipa que liga bastante à classificação coletiva e, dessa forma, vai colocar alguém na fuga. Aí, pensamos que José Joaquin Rojas é a aposta mais séria, ele que costuma ter liberdade neste tipo de etapa. Muito mais que um sprinter, o espanhol, nos últimos anos, tem subido melhor que nunca. Raramente ganha, mas a história pode mudar.

Após um péssimo dia no domingo, Pierre Latour esteve bastante bem hoje, terminando no top 10. Tirando essa tirada, o francês esteve sempre atento, chegando com os melhores nas etapas de montanha. Já com bastante atraso, deve ter liberdade para entrar na fuga e sendo um puro trepador as subidas não serão complicadas para si. É rápido em grupos restritos.

A Deceuninck-QuickStep aponta a estas etapas com os seus classicómanos e amanhã deve ser dia de Philippe Gilbert. Já esteve numa fuga, onde foi dos melhores, tem andado relativamente bem e as subidas desta etapa são boas para o ex-campeão do Mundo, pois, apesar de longas, não são muito íngremes. Muito experiente, pode ganhar a partir de uma fuga ou mesmo ao sprint.



 

Possíveis surpresas

Esta é uma etapa muito idêntica à 8ª por isso não seria de estranhar ver vários nomes que nesse dia estiveram na fuga na frente. Dylan Teuns e Jesus Herrada voltam a sobressair, dois bons trepadores, foram dos mais fortes nesse dia, e com uma ponta final razoável. Com as dificuldades longe do fim, terão que atacar de longe para eliminar os seus rivais. Ruben Guerreiro esteve muito forte nesse mesmo dia, atacou várias vezes e ainda foi 4º, amanhã terá que ser mais frio e calculista e, na forma em que está, pode vencer. Será que a Astana vai colocar ciclistas em fuga ou poupar-se para outros dias? Se a resposta for a primeira parte da pergunta, Omar Fraile ou Gorka Izagirre são candidatos óbvios, passam bem a média montanha e sprintam muito bem em grupos restritos. Luka Mezgec não tem medo de se imiscuir em fugas. A sua possível vitória vai depender da velocidade a que forem feitas as subidas. Por fim, olho em Valerio Conti, Lawson Craddock, Tosh van der Sande e Patrick Bevin.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Dorian Godon e Cyril Barthe.



 

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