Após uma etapa de loucos, os sprinters têm a grande oportunidade de brilhar na segunda semana do Tour! Conseguirá Jasper Philipsen somar a quarta vitória ou teremos uma estreia?

 

Percurso

Mais um dia difícil no Tour de France, com partida em Clermont-Ferrand. Primeiros 70 quilómetros bastante complicados com muita subida, as contagens categorizadas de 4ª categoria enganam, já que no total há cerca de 16 quilómetros de subida e apenas 5 categorizados. Após o sprint intermédio, também ele no topo de uma subida, o terreno torna-se bastante rápido, maioritariamente em ligeira descida até à última contagem de montanha situada a 62 quilómetros do final.



Até Mollins o terreno é tudo menos plano, há alguns pequenos topos mas nada de muito duro, pelo que a velocidade deverá ser alta na aproximação à chegada. A reta da meta é bastante larga e tem 1100 metros de extensão, perfeita para um sprint em potência.

 

Táticas

Esta é a única grande oportunidade para os sprinters na segunda semana de competição. Apesar do início complicado, muitos dos homens rápidos passam bem este tipo de dificuldades, para estas equipas basta assegurar que a fuga é pequena e sem nomes perigosos que o resto do dia poderá ser feito a um ritmo tranquilo. Haverá, certamente, equipas que vão forçar o ritmo, como Alpecin-Deceuninck e Lidl-Trek, só com tanta distância até à meta não é a estratégia ideal porque podem ficar sem homens de trabalho bastante cedo. O final simples faz com que uma menos boa colocação possa ser corrigida na parte decisiva.

 

Favoritos

Falar de uma chegada ao sprint no Tour sem mencionar Jasper Philipsen nos favoritos seria impossível neste Tour. O belga está a dominar as chegadas rápidas, apenas perdeu uma e foi em ligeira subida, pelo que nos finais planos está imbatível. Conta com um grande comboio ao seu dispor e Mathieu van der Poel é fundamental. Ganhar amanhã seria um grande passo para a conquista da camisola verde.



Dylan Groenewegen deve ter os olhos postos nesta chegada. O final mais acessível são boas notícias para o neerlandês que tem pecado um pouco na colocação, mesmo tendo Luka Mezgec ao seu dispor. Dos ciclistas com ponta final mais rápida em longas retas, Groenewegen está a subir muito bem, o que são boas notícias para a fase inicial.

 

Outsiders

Mads Pedersen foi o único ciclista a conseguir derrotar Jasper Philipsen, porque não repetir a façanha? O boost de confiança foi dado, o antigo campeão do Mundo pode voltar a erguer os braços, embora preferisse um final mais técnico e também ele mais duro. Apesar de tudo, quanto mais se avançar na competição melhor para o dinamarquês.

Um sprint em potência e numa longa reta são as notícias ideais para o poderoso Phil Bauhaus. O gigante alemão já conseguiu dois pódios, logo a abrir e é alguém que se consegue posicionar, principalmente, nestas chegadas onde reina a confusão. Muito possante, Bauhaus quererá manter a Bahrain-Victorious em alta com a sua forte ponta final.



Uma longa reta da meta pode ser a oportunidade que Sam Welsford precisava. Até agora, o ciclista da Team DSM tem estado desaparecido, o posicionamento é o seu calcanhar de Aquiles, mas um final assim pode atenuar isso. O gigante autraliano é muito possante, adora estes sprints em longas avenidas.

 

Possíveis surpresas

Teremos Wout van Aert a sprintar ou a Jumbo-Visma dará uma oportunidade a Christophe Laporte? Acreditamos que será para Van Aert, o belga ainda não venceu no Tour, as oportunidades começam a escassear e a pressão a aumentar. Fabio Jakobsen tem vindo a sofrer muito depois da queda sofrida, está a ter um Tour para esquecer, mas nunca o podemos descartar, ainda para mais com Michael Morkov como seu lançador. Por falar em lançador, Jordi Meeus tem em Danny van Poppel um grande trunfo, ainda não acertaram no timing, no entanto com o passar dos dias é de acreditar que a conexão irá melhorar. Caleb Ewan esteve perto nos primeiros dias, em finais mais confusos, um final deste género não é ideal para o Pocket Rocket, só que com a qualidade que apresenta qualquer oportunidade é boa para poder triunfar. Biniam Girmay, Bryan Coquard e Alexander Kristoff deverão estar entre os primeiros mas pensar num triunfo destes já é algo muito elaborado, o pódio é o objetivo mais alcançável.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Luca Mozzato e Cees Bol.

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