Rara oportunidade para os sprinters brilharem na segunda semana da Vuelta, antes do regresso da montanha e da batalha da classificação geral. Teremos nova vitória de Kaden Groves?

 

Percurso

Jornada de transição antes dos dias decisivos desta Volta a Espanha num momento em que a geral ainda está em aberto. 151 kms dos mais fáceis que pode haver nesta zona do país, uma chegada a Zaragoza com menos de 1000 metros de desnível positivo. O final em Zaragoza é relativamente técnico, uma ponte vai estreitar o grupo e há algumas curvas posteriormente.

 

Táticas

Única oportunidade dos sprinters brilharem na segunda semana da Vuelta, o que significa que não vão querer desperdiçar. Já vimos que dificilmente alguém irá trabalhar com a Alpecin-Deceuninck, no entanto na última chegada rápida que houve Kaden Groves foi batido o que pode levar as restantes equipas a trabalhar. Falamos principalmente da Team DSM, já que a UAE Team Emirates tem outros objetivos e não vai desgastar a equipa.



Fosse a primeira semana de competição, e dificilmente a fuga tinha hipóteses, equipas mais frescas, controlo total da etapa, no entanto já com 11 dias nas pernas tudo pode ser diferente. Vai depender da constituição da mesma, as equipas dos sprinters vão querer uma fuga pequena, constituída pelos ciclistas das equipas espanholas.

 

Favoritos

Duas vitórias em três sprints e muita frustração pela oportunidade perdida. É assim que podemos resumir a Vuelta de Kaden Groves, o australiano tem sido dominante quando parte da frente, algo que espera voltar a acontecer amanhã. Tem a camisola verde a defender, sabe que um triunfo aqui é fundamental.

Juan Sebastian Molano tem estado perto, mas por uma razão ou por outra, a vitória não tem surgido. Rui Oliveira tem feito um trabalho fenomenal, tem deixado o colombiano sempre na frente, se amanhã o cenário se repetir pode dar vitória.

 

Outsiders

Conseguirá Alberto Dainese colocar-se? Até agora, o italiano tem estado muito distante, ainda só conseguiu disputar um sprint e não estava na melhor posição. Se acertar na roda, Dainese é um grande perigo, já que é muito rápido. Costuma acertar uma vez por Grande Volta, será desta?



Marijn van den Berg também peca pelo posicionamento, o neerlandês raramente acerta e isso tem sido fatal, basta ver que como melhor resultado tem um 6º lugar. Tem algum apoio, não pode é ter receio de seguir e batalhar a posição. Numa fase mais adiantada da prova, esta etapa favorece-o.

Edward Theuns tem aproveitado o facto de se saber colocar muito bem para ser um dos sprinters mais regulares. É óbvio que não tem a ponta final dos puros sprinters mas numa chegada mais confusa e com alguma sorte a vitória pode surgir.

 

Possíveis surpresas

Milan Menten tem tido algum apoio só que os resultados não têm correspondido, falha sempre algo na chegada. O belga é muito regular, sabe-se posicionar, está na hora de aparecer. Vencedor ontem, hoje em fuga, será que Filippo Ganna ainda tem energia para sprintar amanhã? Já provou que consegue ombrear com os sprinters desta Vuelta. Geoffrey Soupe não deverá ter a mesma sorte desta vez, o raio não cai duas vezes no mesmo sítio, mas deverá tentar, ou mesmo lançar Ivan Garcia Cortina, Orluis Aular, Hugo Page, Matevz Govekar e Hugo Hofstetter são nomes a considerar para o top-10. Uma fuga a ter sucesso no dia de amanhã precisa de roladores bastante possantes, não seria de estranhar vermos na frente Oier Lazkano, Rune Herregodts, Nico Denz, Stefan Bissegger, Samuele Battistella e Callum Scotson.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são David Gonzalez e Felix Engelhardt.



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