A maratona deste ano! Mais de 215 quilómetros é o que o pelotão do Tour terá pela frente, num dia propício a uma fuga ter o seu sucesso.

 

Percurso

Após dias mais curtos, o menu terá 217 quilómetros. Dia muito longo em cima da bicicleta, com os primeiros 60 quilómetros a serem relativamente planos. Nesta fase situa-se o sprint intermédio.



Um terreno ondulante, com pequenos topos é o que segue, num sobe e desce constante até 50 quilómetros finais. Aí, surgem, em cadeia, as duas grandes dificuldades do dia, o Côte de la Croix du Pey (6 kms a 5.1%) e o Suc au May (3,7 kms a 7.3%). No topo desta última ficam a faltar 25 quilómetros para a chegada no entanto as dificuldades ainda não terminaram.

Nos últimos 10 quilómetros existe uma pequena subida, ideal para ataques se ainda existir um pequeno grupo. A chegada a Sarran também não é fácil, com os derradeiros 3200 metros a 3.1%.

 

Táticas

Esta é daquelas etapas que, desde o início do Tour, se aponta como uma tirada para a fuga ter o seu sucesso. As dificuldades são duras demais para os sprinters e fáceis demais para os homens da geral, e, a juntar a isto, a Jumbo-Visma não quererá desgastar-se antes de um dia de alta montanha. A luta pela presença na fuga será intensa, com o sprint intermédio a puder ser a altura em que esta se venha a definir.



 

Favoritos

A Team Sunweb tem tentado, e muito, vencer uma etapa. Seja ao sprint, ou em fuga, a equipa alemã tem estado sempre ao ataque. Depois da grande exibição no passado domingo, Marc Hirschi vai querer, finalmente, levantar os braços. Num grande momento de forma, o suíço tem tudo o que é necessário, sobe bem e sprinta bem em grupos restritos.

Com duas vitórias já acumuladas, a pressão já saiu dos ombros da Deceuninck-QuickStep que, desta forma, pode começar a colocar ciclistas em fuga. Julian Alaphilippe é uma das várias opções da equipa belga para a etapa de amanhã. Com alguns dias de repouso, as energias estão recuperadas e o francês pode voltar a erguer os braços, numa etapa que lhe assenta que nem uma luva.

 

Outsiders

Jesus Herrada é a grande aposta da Cofidis para vencer uma etapa e depois de ter estado perto na etapa 6, esta é mais uma grande oportunidade para o espanhol. Bom trepador, com uma excelente ponta final, Herrada pode jogar com várias possibilidades de final de etapa.

A EF Pro Cycling tem estado muito ativa, colocando sempre ciclistas em fuga. Pensamos que amanhã pode ser o dia de Alberto Bettiol tentar a sua sorte. O ciclista italiano tem um motor incrível e, numa etapa que faz lembrar uma clássica, pode conseguir uma grande vitória para a sua carreira. É bastante rápido em grupos restritos.



Greg van Avermaet aparece sempre em grande forma no Tour, conseguindo subir sempre muito bem, algo que já se comprovou este ano. O belga ainda procura a primeira vitória do ano mas tem tido muito azar pois há sempre alguém mais forte. Terá que sofrer nas subidas para depois rematar com o seu sprint.

 

Possíveis surpresas

Com a geral perdia e com o que aconteceu hoje a Peter Sagan, a Bora-Hansgrohe tem que se virar para as etapas. Amanhã é um dia ideal para Maximilian Schachmann que parece estar muito bem, para quem fraturou a clavícula há pouco tempo. Dentro da CCC Team, atenção também a Matteo Trentin, que tem falhado um pouco nas chegadas rápidas mas que sobe como poucos dentro dos homens rápidos. A Team Sunweb pode colocar mais que um ciclista em fuga, sendo Tiesj Benoot e Soren Kragh Andersen, duas boas alternativas ao ciclista já referido. A Groupama-FDJ está decidida a tentar algo nas fugas e Rudy Molard ou Valentin Madouas podem tentar a sua sorte, dois bons trepadores, que são explosivos. Olho, ainda, em Gorka Izagirre, Krists Neilands, Kasper Asgreen e Matej Mohoric. Na hipótese dos favoritos decidirem a etapa entre si, Wout van Aert é, de longe, o grande candidato, podendo ter alguns dos nomes já mencionados como rivais.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Remi Cavagna e Lennard Kamna.




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