Depois de uma enorme etapa de montanha, os sprinters têm nova oportunidade para brilhar. Mesmo assim, o dia não é fácil, o vento pode aparecer e fazer estragos.

 

Percurso

A etapa de amanhã não é tão plana como noutros dias no entanto é relativamente plana, contando com alguns pequenos topos, o último deles a 15 quilómetros da chegada com 3900 metros a 3%. A aproximação aos quilómetros finais será feita a alta velocidade, com uma descida a terminar a 7 quilómetros finais.



Falando dos 3 quilómetros finais, existe uma curva apertada a 2800 metros do fim e outra 2200 metros da chegada. A estrada estreita um pouco à entrada do quilómetro final onde aparece um curva pouco pronunciada a 90 metros da chegada e uma rotunda a 400 metros do fim, antes da reta da meta.

 

Táticas

Desde o início deste Tour esta era uma etapa temida pelo vento. As previsões apontam que este estará presente e, para se fazerem diferença terá ou no seu início ou entre os 50 e os 26 quilómetros finais, na altura do sprint intermédio, devido às estradas mais expostas.

Depois de hoje, o pelotão estará mais cansado, a fuga tem algumas hipóteses de chegar, ainda para mais se algumas equipas de sprinters estiverem representadas. O segredo para o sucesso dos sprinters estará na composição da fuga e se esta terá ou não corredores da Deceuninck-QuickStep.

 

Favoritos

Toda a pressão cairá nos ombros da Deceuninck-QuickStep e de Mark Cavendish. O britânico está a uma vitória de igualar Eddy Merckx e não tem tido rivais à altura nas chegadas ao sprint. Conta já com 3 vitórias, tem à sua volta uma equipa muito forte em condições ventosas e o seu comboio do melhor que já se viu no Tour.



Quatro sprints foram feitos e quatro pódios foram conseguidos por Jasper Philipsen. O sprinter belga tem sido um dos corredores mais regulares nas chegadas rápidas e, no dia de ontem, mesmo com um comboio muito mais reduzido, conseguiu estar muito bem posicionado. É um corredor de clássicas, gosta deste tipo de condições.

 

Outsiders

Quanto mais duro for o dia melhor será para Peter Sagan. O eslovaco tem um erro pouco normal ao falhar a colocação na etapa 10, fazendo o seu pior resultado deste Tour em chegadas ao sprint. Um grande corredor costuma responder com um bom resultado logo a seguir e o final mais técnico favorece-o.

Nacer Bouhanni foi um dos últimos da etapa de hoje, sofreu bastante no entanto isso aconteceu com quase todos os sprinters. O francês tem estado muito regular, sempre na frente e já atingiu potências muito boas, a fazer lembrar os velhos tempos. Uma vitória aqui seria algo incrível.



Como já referimos, uma fuga tem algumas hipóteses de vingar, se for constituída por corredores fortes. Brent van Moer já esteve perto de enganar o pelotão logo ao 4º dia, tem estado mais resguardado, talvez pensando na etapa de amanhã. Ciclista muito possante, anda muito bem no esforço individual e se o apanham sozinho na frente é um perigo.

 

Possíveis surpresas

Até agora tem sido um Tour fraco para Cees Bol apesar dos vários top-10 já conseguidos. Tem um dos comboios mais fortes mas não tem conseguido aparecer nos momentos decisivos e amanhã isso será importante. Sonny Colbrelli, Michael Matthews e Ivan Garcia Cortina têm que esperar por uma etapa mais dura, adaptam-se bem a este tipo de condições e só num sprint mais reduzido podem triunfar. Andre Greipel esperará uma corrida mais calma, ele que até tem conseguido estar na luta mas o seu fraco posicionamento tem-no prejudicado. Como estará Wout van Aert depois do esforço de hoje? É certo que muito cansado, mas nunca podemos descartar o fenómeno belga de mais um brilharete. Para uma fuga, nomes como Matej Mohoric, Stefan Kung, Oliver Naesen, Kasper Asgreen, Jasper Stuyven e Stefan Bissegger têm que ser mencionados.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Edward Theuns e Christophe Laporte.

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