Estão de regresso as chegadas em alto! Los Machucos é palco de mais uma batalha na classificação geral e promete espetáculo!



 

Percurso

Está de volta a alta montanha e a oportunidade para os favoritos recuperarem tempo na classificação geral. Ao todo são 7 contagens de montanha em 166,5 kms e mais de 4000 metros de desnível, é uma verdadeira tirada para trepadores.

Durante a jornada há várias subidas longas e não muito duras, o Collado del Ason tem 12,9 kms a 3,8%, o Puerto de Alisas 8,6 kms a 5,9%, ambas contagens de 2ª categoria na parte intermédia da etapa. Na aproximação a Los Machucos temos o Puerto de Fuente las Varas, com 8,4 kms a 4% e o Puerto de la Cruz de Usano, que tem 3,1 kms a 5,3%.

Oficialmente a ascensão a Los Machucos tem 6,8 kms a 8,7%, mas na verdade são 6 kms a 10,4%, o que é bem mais ameaçador, principalmente se analisarmos quilómetro a quilómetro, os quilómetros 2 e 5 têm mais de 12,5% de inclinação média e depois os últimos metros é que são bem mais acessíveis.

 

Táticas

Após o contra-relógio, o pelotão teve “dois dias de descanso”, vendo duas fugas chegar com larga vantagem. Apesar dos ataques de hoje, as energias foram guardadas para etapas mais decisivas e amanhã é mais uma. A Astana tem que mexer e endurecer a corrida pois Miguel Angel Lopez tem muito tempo para recuperar na classificação geral. O mesmo se passa com a Movistar. Primoz Roglic tem uma liderança sólida e, por isso, tem que ser posto à prova. A subida final faz lembrar Mas de la Costa e devemos ver os mesmos a destacarem-se.

 

Favoritos

Primoz Roglic tem sido um dos mais regulares desta Vuelta e mesmo no domingo, quando caiu, foi um dos melhores na subida final. Subidas curtas e explosivas são perfeitas para o esloveno, basta ver como o camisola vermelha se defendeu em Mas de la Costa. A melhor defesa é o ataque por isso Roglic quererá dar mais uma machadada nos seus rivais.



Este tipo de subidas são a praia de Alejandro Valverde. O campeão do Mundo está a fazer uma Vuelta incrível, está a subir melhor que noutras temporadas, pelo que a perda de peso que o murciano falou no início da temporada funcionou. Aos 39 anos, ainda continua muito explosivo e a vitória em Mas de la Costa foi um sinal disso.

 

Outsiders

Miguel Angel Lopez precisa de recuperar tempo e é um dos que não tem medo de atacar. O colombiano é um corredor perseguido pelo azar mas quando está bem e tem a sorte do seu lado não costuma falhar. Muito forte desde o início da Vuelta, esperamos ver o “Superman” bastante ativo.

Mas de la Costa mostrou que Nairo Quintana também se adapta a subidas curtas, onde foi o mais ativo, atacando por várias vezes. Também no domingo foi um dos melhores e parece que o colombiano está de regresso ao seu melhor. O facto da Movistar ter mais que uma opção joga a seu favor.



A vitória de Tadej Pogacar no domingo foi impressionante, numa etapa com subidas longas e regulares, perfeitas para o motor do esloveno. Poderá sofrer um pouco nas agressivas rampas de Los Machucos no entanto a dureza que a etapa tem até lá fazem com que o beneficie.

Possíveis surpresas

Rafal Majka adora este tipo de subidas e com o objetivo de top 5, o polaco tem que recuperar algum tempo. Não é ciclistas de atacar muito, ainda não o fez este ano, mas quando tem alguma liberdade costuma fazê-lo. Wilco Kelderman parece ir de menos a mais e apesar de não estar ao nível dos melhores põe o seu ritmo subida acima, eliminando, paulatinamente, os rivais. Não acreditamos que a fuga tenha muitas probabilidades de ter sucesso no entanto há vários nomes que saltou à vista. A Team INEOS com Wout Poels e Tao Geoghegan Hart ainda procuram a vitória em etapa, Mikel Nieve é um corredor habituado a vencer tarde em Grandes Voltas e está a entrar no seu território, Pierre Latour e Sergio Higuita já andaram bem em algumas etapas com os favoritos e mostraram boa forma, pelo que numa fuga serão dos mais fortes.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Hermann Pernsteiner e Oscar Rodriguez.

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