Pausa na montanha do Tour! Amanhã é dia para os classicómanos ou, talvez, os sprinters estarem na luta pela vitória. Quem irá levar a melhor?

 

Percurso

A ASO decidiu fazer uma pausa na montanha e regressa ao terreno mais acessível, no entanto é só no papel que esta etapa é plana. Dia com 3 contagens de montanha e mais uma mão cheia de subidas não categorizadas.



Se o Col de Parménie (5,2 kms a 7,1%) pode fazer as primeiras vítimas, mesmo estando a mais de 100 quilómetros do final, o Côte de Saint-Romain-en-Gal (6,6 kms a 4,5%) terá um papel mais importante no desfecho da corrida, fica a apenas 50 quilómetros da chegada.

Esta é a derradeira subida categorizada do dia só que a menos de 10 quilómetros da chegada a Saint-Etienne existe uma colina com 1500 metros a 4,9%, perfeita para ataques. O final é plano, numa longa reta da meta.

 

Tácticas

Após 2 etapas de alta montanha disputadas a alta voltagem esta jornada de média montanha tem fuga escrita na sua plenitude. A Jumbo Visma tem a liderança da prova e não vai perseguir para Wout van Aert, o mais fácil é o belga imiscuir-se na fuga.

A BikeExchange pode querer perseguir para Michael Matthews, só que sozinhos não vão conseguir fazer nada, talvez tenham a ajuda da Alpecin-Fenix para Jasper Philipsen, só que não há garantias que ele resista. Mesmo para a formação australiana será mais fácil incluir Matthews com 2 ou 3 colegas na escapada. Vamos então jogar à “lotaria da fuga”

 

Favoritos

Veio da Volta a Suíça em boa forma e a equipa decidiu apostar nas fugas e não em Caleb Ewan. A pressão está em cima da Lotto-Soudal e a versatilidade e ponta final de Andreas Kron é perfeita para um dia destes. O dinamarquês já mostrou laivos de boa forma neste Tour.



A Cofidis tem tentado bastante neste Tour, e quem tem impressionado mais é o poderoso Benjamin Thomas, que pode aproveitar a oportunidade face ao abandono de Guillaume Martin e ao apagão de Ion Izagirre. Nesas fugas, o melhor é atacar de longe e Thomas costuma fazer isso.

 

Outsiders

A Jumbo-Visma não vai querer controlar o dia todo e Wout van Aert já ganhou, pela condição física que já mostrou este perfil é excelente para o classicómano Tiesj Benoot, um corredor que tem uma boa ponta final e que poderá ter liberdade amanhã.

Alberto Bettiol já mostrou mais do que 1 vez que está em boa forma, um dos grandes problemas do italiano é a parte táctica, já ajudou Magnus Cort 1 vez, não seria descabido que o dinamarquês o ajudasse agora. Em grupos reduzidos não há muitos ciclistas mais rápidos do que Bettiol.



Valentin Madouas tem estado ao serviço de David Gaudu nos últimos dias, amanhã é muito provável que esse apoio não seja preciso e por isso o gaulês da Groupama-FDJ tenha liberdade e na média montanha é onde se sente em casa.

 

Possíveis surpresas

Em etapas deste género gostamos de ir com nomes mais alternativos, até porque muitas vezes há marcação directa entre e para com os maiores favoritos, que neste caso são Michael Matthews e Wout van Aert. A Bahrain-Victorious tem aqui um dia importante tendo em conta o alinhamento que traz, Jan Tratnik e Matej Mohoric tiveram a conservar energia nos últimos dias e vão dar tudo para integrar a fuga, agora que não têm ciclistas a disputar a geral. Em caso de sprint em grupo relativamente reduzido no pelotão, Jasper Philipsen é o mais perigoso, é dos sprinters que melhor passa a montanha, com Mads Pedersen e Alexander Kristoff como alternativas. A Bora-Hansgrohe tem vários corredores para este terreno, elegemos Maximilian Schachmann e Felix Grossschartner. Para a fuga atenção também a Quinn Simmons, Pierre Latour, Jakob Fuglsang, Nick Schultz, Luis Leon Sanchez e Andrea Pasqualon.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são Dylan Teuns e Magnus Cort.



By admin