Estão de regresso as etapas em linha da Vuelta, em mais um dia em que a fuga pode voltar a sorrir. Teremos Rui Costa, novamente, na luta?

 

Percurso

Ao 14º dia surge a primeira etapa desta edição da Vuelta acima dos 200 quilómetros, numa ligação entre Lugo e Ourense. Um dia “rompe-pernas” e com um final complicado.



Os primeiros 113 quilómetros são tudo menos fáceis, com 8 pequenos topos não categorizados e uma contagem de montanha, o Alto de Escairón (8,8 kms a 3.8%). 30 quilómetros depois surge o Alto de Guitara (7,4 kms a 3.9%).

Até ao final, destaque para o Alto de Abelaira (6,4 kms a 4.2%) mas tudo se deve decidir na chegada a Ourense, onde os últimos 1100 metros são a 6,5%.

 

Táticas

Esta é uma tirada típica da Vuelta, onde percurso ondulante, bastante complicado de controlar e que nem é muito duro para os homens da geral nem fácil para alguns homens mais rápidos. Muitas equipas ainda não venceram e, sabendo disso, vão dar tudo por tudo nestes últimos dias, tentando colocar ciclistas em fuga. Se não houver perigo nenhum para a camisola vermelha de Primoz Roglic, a Jumbo-Visma deixará a escapada ganhar muitos minutos e esta acabará por discutir o triunfo.



 

Favoritos

A Astana tem estado ao ataque em grande parte desta Vuelta e, amanhã, acreditamos em mais do mesmo. Omar Fraile já esteve perto de ganhar uma tirada, num dia bastante complicado e com algumas dificuldades e deve voltar a tentar. O basco é um corredor muito completo e tem uma explosão muito boa para este tipo de finais.

Robert Stannard foi, enquanto sub-23, um dos melhores da sua geração e, aos poucos, começa a mostrar entre os elites todo o seu potencial. O jovem australiano é, também, um corredor bastante complicado, passa bem a média montanha e adapta-se que nem uma luva neste tipo de finais.

 

Outsiders

A Deceuncinck-QuickStep ainda “só” tem um triunfo nesta Vuelta por isso é de prever uma equipa muito ofensiva nesta semana final. Andrea Bagioli já conta com um pódio nesta Vuelta, num final em tudo parecido com o de amanhã, o que o deve motivar. Muito jovem e irreverente, um triunfo aqui seria o coroar da sua primeira temporada na elite.



Rui Costa já teve alguns dias para descansar, após muitas fugas consecutivas, pelo que está na hora de nova tentativa por parte do campeão nacional. O poveiro é muito experiente, tem sabido entrar nas fugas corretas, e tem um final que lhe assenta bem, não muito duro, mas o suficiente para puder pôr na estrada a sua boa ponta final.

Tim Wellens conseguiu vencer nesta Vuelta num final em tudo parecido com o de amanhã, uma dura rampa no final, onde mostrou a sua explosão. Esse triunfo libertou-lhe toda a pressão, pelo que agora tem corrida com mais à-vontade. Com a camisola da montanha muito difícil, deverá focar-se em novo triunfo, algo que está ao seu alcance.

 

Possíveis surpresas

Várias são as alternativas dentro da equipa da Astana. Alex Aranburu, Gorka Izagirre e Luis Leon Sanchez são outras cartas para puderem vencer a etapa. Todos eles têm uma boa ponta final mas se a equipa cazaque tivesse que escolher um deles para o final seria Aranburu, com os restantes dois a tentarem a sua sorte de longe. Mattia Cattaneo é uma séria alternativa dentro da Deceuninck-QuickStep, ele que tem estado muitas vezes ao ataque, mostrando boa condição física. Na defesa da classificação coletiva, a Movistar irá, com toda a certeza, colocar alguém na fuga, pelo que Nelson Oliveira ou Carlos Verona poderão estar na frente, apesar de ser muito complicado de os ver ganhar. Robert Power, Mark Donovan, Remi Cavagna, Davide Formolo, Julien Simon e Georg Zimermann são mais opções a ter em atenção para a escapada do dia. Se os favoritos lutarem pela etapa, no caso de termos uma etapa louca, corrida a um elevado ritmo, Primoz Roglic tem que ser considerado o grande favorito. Felix Grosschartner e Dan Martin serão os seus maiores rivais.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Ide Schelling e William Barta.

 

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