A última semana começa com a derradeira oportunidade para os sprinters no entanto o terreno é tudo menos plano. Teremos surpresa ou os homens rápidos vão aguentar as dificuldades?

 

Percurso

A última semana de competição abre com uma etapa rompe-pernas, um verdadeiro tormento para os ciclistas. Poucos são os metros planos ao longo de 180,8 quilómetros. Num dia com apenas uma contagem de montanha, o Alto de Hijas (3,7 kms a 7,1%), situado a meio da etapa, é a partir daí que aparecem mais dificuldades.



O Alto de San Cipriano (5,1 kms a 4,2%) é uma subida não categorizada mas vai-se fazer sentir, sendo que a maior animação vai estar guardada para os derradeiros 25 quilómetros, onde aparecem 3 pequenos topos: 1000 metros a 6,7%, 800 metros a 5,6% e 1100 metros a 5,7%.

Este último termina a apenas 10 quilómetros da chegada a Santa Cruz de Bezana, um final mais acessível que o resto da etapa, uma vez que é plano.

 

Táticas

Esta é a última oportunidade para os sprinters e, apesar do terreno complicado, desperdiçarão as equipas esta chance? Das equipas ainda em prova e com sprinters, apenas a Deceuninck-QuickStep venceu com o seu homem rápido pelo que muitas formações têm aqui a derradeira oportunidade para brilhar.



Esperem por uma etapa atacada, muitos ciclistas vão estar na frente mas é provável que Deceuninck-QuickStep, Groupama-FDJ e Team DSM persigam. Mais à frente, quando as subidas aparecerem, a BikeExchange deverá tentar deixar os homens mais rápidos para trás, só assim Michael Matthews pode vencer.

 

Favoritos

Uma corrida endurecida será perfeita para Magnus Cort. Não acreditamos que a EF Education NIPPO se coloque a trabalhar nem a endurecer a prova mas se virem uma oportunidade, tal como aconteceu na 12ª etapa, não vão desperdiçar. O dinamarquês está em grande forma e conta com Jens Keukeleire, um lançador excelente e experiente.



Esta é uma etapa perfeita para corredores com grandes motores, Jan Tratnik encaixa que nem uma luva nesse perfil. O esloveno esteve em fuga no fim-de-semana, numa etapa que não era ideal para si, o que demonstra boa forma. Já venceu etapas deste género no Giro, é um corredor muito possante e em grupos restritos é rápido.

 

Outsiders

Não podemos descartar Fabio Jakobsen. É certo que o holandês ficou sem pernas na última chegada ao sprint no entanto o holandês continua muito forte, não tem tido grandes dificuldades em chegar dentro do controlo nas etapas de montanha e tem uma equipa totalmente ao seu dispor. Como já vimos, se o deixam chegar à meta, vencerá.

O que esperar de Arnaud Demare? O francês está a ter uma Vuelta para esquecer, só por uma vez esteve verdadeiramente na luta pela vitória em etapas ao sprint, nas restantes nunca se conseguiu colocar bem. Amanhã é a oportunidade para salvar a prova, tem tudo o que é preciso para vencer, é essencial colocar-se bem.



Se a Deceuninck-QuickStep não quiser perseguir, Andrea Bagioli é um grande candidato através da fuga. O italiano já esteve perto de triunfar nesta Vuelta, numa chegada ao sprint. Ainda jovem, o transalpino é um corredor bastante compleot, já esteve em muitas fugas.

 

Possíveis surpresas

Michael Matthews esperará uma corrida muito endurecida, a BikeExchange terá que entrar à morte nas subidas. A equipa australiana já trabalhou noutras etapas e não teve recompensa, veremos como será amanhã, Bling tem uma das últimas oportunidades aqui. Se Fabio Jakobsen ceder, Florian Senechal pode assumir, novamente, a responsabilidade, na outra etapa não desiludiu. Alberto Dainese, Jon Aberasturi, Matteo Trentin, Clement Venturini e Jordi Meeus passam bem as dificuldades, são sprinters que têm estado na luta. Para a fuga, e seguindo os corredores possantes, muita atenção a Josef Cerny e Dylan van Baarle. Corredores com boa ponta final e que passem bem as dificuldades, mas que sabem que ao sprint, no pelotão, não têm hipóteses também devem integrar a fuga. Olho em Rui Oliveira, Andreas Kron, Jens Keukeleire, Ryan Gibbons, Stan Dewulf, Nick Schultz, Ryan Gibbons e Luka Mezgec.




Super-jokers

Os nossos super-jokers são António Soto e Piet Allegaert.

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