O Tour chega a Gap, uma cidade onde os portugueses já ganharam em 2010 e 2013! Conseguirá algum dos 3 portugueses presentes repetir esse feito?
Percurso
200 quilómetros ligam Pont du Gard a Gap, num início bastante rápido e onde após o sprint intermédio, ao quilómetro 62, surge uma fase de ligeira subida que vai estar presente durante 50 quilómetros, mas pouco duro será.
A tirada vai-se decidir no Col de la Sentinelle (5,2 kms a 5,4%), subida que termina a 8500 metros da chegada. Segue-se uma descida que termina às portas do quilómetro final, que é em ligeira subida, a 1,5%.
Favoritos
Esta é daquelas etapas que, desde o início do Tour, se diz que vai cair para a fuga, e com toda a lógica. Tirada longa, antes da entrada nos Alpes, dura demais para os sprinters e pouco dura para os ciclistas da geral. Por isso, é fuga na certa, não vemos ninguém a querer perseguir.
Na etapa 12, Matteo Trentin foi um ciclista que muito trabalhou para Simon Yates em subidas bastante duras, o que demonstrou grande capacidade. O campeão europeu tem facilidade em colocar-se nas fugas e a subida final de amanhã é relativamente fácil para as suas características. Num grupo reduzido será sempre dos mais rápidos.
Michael Matthews não vai querer sair deste Tour de mãos a abanar e, realisticamente, amanhã é a última oportunidade para si. Visto que focou o seu treino nas subidas, o Col de la Sentinelle não deverá ser nada demais para o australiano que depois “só” terá que bater os seus adversários ao sprint, algo bastante plausível.
Outsiders
Se Matthews se colocar na fuga, Peter Sagan também lá estará. O eslovaco tem a camisola verde quase ganha mas não se vai descuidar e ver um dos seus rivais diretos na frente. Em 2015, esteve perto de ganhar esta tirada, que tinha uma subida mais dura que esta na parte final o que são boas notícias para Sagan que, mesmo que fiquei para trás, pode recolar na descida pois poucos descem como ele.
Sem Jakob Fuglsang a Astana vai-se virar para as vitórias em etapas e esta é uma tirada perfeita para Magnus Cort. O dinamarquês é mais que um sprinter, sendo agora um ciclista muito completo, que já ganha etapas de montanha, com subidas bastante duras pelo meio. Desta forma, amanhã, se estiver na frente, não deverá ter dificuldades em passar e rematar com o sprint final.
Aos poucos, Fabio Felline está a voltar ao seu nível. Uma doença estragou várias temporadas da sua carreira no entanto, a espaços, tem mostrado a sua qualidade. Nos Pirenéus integrou uma fuga e terminou em 5º. Sobe bastante bem e em grupos reduzidos ainda tem uma excelente ponta final. Pode dar a vitória que a Trek-Segafredo procura.
Possíveis surpresas
Com Romain Bardet afundado, Oliver Naesen deve ter liberdade total para estar na fuga, ele que já esteve por duas vezes na frente, em etapas mais duras que este, o que pode significar que o belga pode estar às portas de uma vitória importante. Várias são as cartas da Astana e para além da já referida, Omar Fraile e Alexey Lutsenko podem tentar a sua sorte, dois bons puncheurs com uma razoável ponta final. Sonny Colbrelli também deverá estar na frente na luta pela camisola verde, no entanto se for muito atacada, a subida final pode ser dura demais para si. Daryl Impey tem, aqui, uma etapa muito semelhante àquela que ganhou e é uma alternativa dentro da Mitchelton-Scott. Também os homens mais poderosos na montanha podem conseguir o triunfo, mas terão que estar muito fortes e atacar bastante para deixar os ciclistas mais rápidos para trás. Thomas de Gendt, Simon Clarke, Alberto Bettiol, Tony Gallopin, Patrick Konrad, Jesus Herrada e Elie Gesbert encaixam neste perfil.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Jasper Stuyven e Greg van Avermaet.