A última etapa do ano! A Vuelta e o calendário mundial chegam ao fim, em Madrid, com uma derradeira oportunidade para os sprinters.
Percurso
Os subúrbios de Madrid veem a partida da derradeira etapa da Vuelta, com o Hipódromo de la Zarzuela a ser o palco do tiro de início, até tudo terminar na capital espanhola. Existem cerca de 100 kms antes da entrada em Madrid, no circuito de 5900 metros que tem 2 ganchos, o último deles a cerca de 1000 metros da meta. O final é em ligeira subida.
Táticas
Invariavelmente a chegada de amanhã tem sido discutida ao sprint e acreditamos que o cenário se vai repetir. São várias as equipas interessadas nesse objetivo e raramente vemos uma etapa final de Grandes Voltas cair para a fuga, ainda para mais numa Vuelta com tão poucas oportunidades para os homens rápidos. Os ataques tardios vão surgir no entanto deverão ser todos absorvidos pelo pelotão.
Favoritos
Sam Bennett sofreu muito para chegar a Madrid e, depois da relegação na etapa 9, acreditamos que o irlandês estará ainda mais motivado para conseguir novo triunfo. Nas duas chegadas ao sprint onde esteve presente esteve imbatível, sempre com uma mudança extra em relação aos rivais. Michael Morkov voltará a ser fundamental. Tentará juntar o triunfo dos Campos Elísios ao de Madrid.
Pascal Ackermann costuma terminar bem as temporadas, mas tem desiludido um pouco nesta Vuelta. Com o apoio de um comboio de sua confiança, com Rudiger Selig e Michael Schwarzmann, o alemão estará pronto para corrigir o que falhou até agora e levantar os braços em Madrid.
Outsiders
A forma como Jasper Philipsen venceu em Puebla de Sanabria foi impressionante. O belga esteve incrível, a vitória nunca esteve em questão com uma ponta final impressionante. Já tentou surpreender os seus rivais numa das chegadas ao sprint e pode tentar o mesmo amanhã. Ivo e Rui Oliveira serão peças fundamentais.
Max Kanter tem sido uma das surpresas desta Vuelta, conseguindo estar entre os primeiros nas poucas etapas ao seu jeito. O alemão é um jovem muito rápido, ainda a dar os primeiros passos no World Tour mas que começa a demonstrar a qualidade que evidenciou enquanto sub-23. Tem-se posicionado bem, o que é sempre essencial.
A vitória conseguida no dia de ontem dará motivação extra a Magnus Cort. O dinamarquês começou a destacar-se na elite nesta prova, vencendo chegadas ao sprint e, em 2020, voltou a descobrir a sua veia de sprinter. Após uma longa e cansativa Vuelta terá mais hipóteses de igualar a sua ponta final à dos rivais.
Possíveis surpresas
Emils Liepins ainda não conseguiu estar na discussão de uma etapa, na primeira trabalhou para Moschetti e na segunda ficou envolvido no incidente que valeu a relegação a Sam Bennett. O letão é um sprinter muito regular, será complicado vencer mas um bom posicionamento valerá um excelente resultado. Jon Aberasturi tem estado mais discreto que noutras temporadas mas é um ciclista certinho e que deverá estar no top-10, devido ao seu bom posicionamento. Reinardt van Rensburg tem conseguido imiscuir-se na luta e ainda procura um contrato. Lorrenzo Mazin, Tosh van der Sande e Mihkel Raim são outras alternativas para terminar entre os melhores.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Robert Stannard e Emmanuel Morin.