Toledo marcará a última oportunidade para os puncheurs, num final muito complicado. Teremos os favoritos a guardar as energias todas para sábado e nova fuga a triunfar?



 

Percurso

Esta ligação entre Avila e Toledo é característica da última semana da Vuelta. Os 12 kms são praticamente sempre a subir, na única contagem de montanha do dia e devem proporcionar uma fuga bem grande e forte, que dificilmente será alcançada.

O terreno é algo ondulado durante a etapa, não extremamente difícil, mas a chegada a Toledo é perigosa, a aproximação feita por estradas estreitas e depois o quilómetro final empina a uma inclinação média de 6%, com rampas de 10 e 12% e com empedrado pelo meio.

 

Táticas

Com a última etapa de montanha marcada para sábado e com a dureza inicial e final da tirada, não acreditamos que nem as equipas dos favoritos nem as equipas dos sprinters tentem controlar, de perto, a fuga de amanhã. Devemos ver uma fuga enorme formar-se na única contagem de montanha do dia e aí constará o nome do vencedor em Toledo, um final muito complicado, feito para puncheurs.

 

Favoritos

Alex Aranburu por duas vezes já foi 2º mas a vitória que tanto deseja ainda não chegou. Amanhã é um final perfeito para o basco, fazendo lembrar as chegadas da Vuelta a Burgos, onde venceu uma tirada. Por várias vezes já marcou presença em fugas, pelo que não deve ter muita dificuldade, ainda para mais num início mais complicado, que vai de encontro às suas características.



O ataque de Tosh van der Sande na chegada a Oviedo demonstrou que o belga está em excelente forma. Mais que um sprint, o corredor da Lotto Soudal é um ciclista que passa bem a média montanha e gosta de finais nestas pequenas colinas. Venceu há pouco tempo num final parecido, no Mur de Thuin, na Valónia.

 

Outsiders

A forma como Philippe Gilbert conquistou duas vitórias em poucos dias é incrível. O experiente ciclista está em grande forma e sabe como poucos gerir o seu esforço. Este final faz lembrar uma clássica, onde o belga é sempre um forte candidato a vencer e juntando o paralelo ainda melhor se vai sentir.

Jonas Koch tem conseguido imiscuir-se em algumas fugas, principalmente naquelas etapas de média montanha, procurando a sua oportunidade de brilhar. O alemão da CCC Team é um sprinter com características de puncheur, foi 6º na etapa de ontem e 5º em Iguadala. Em grande forma, Koch pode conseguir a maior vitória da carreira.



Ruben Guerreiro ainda não desistiu de procurar a vitória em etapa e tem aqui mais uma grande oportunidade. O ex-campeão nacional é um puncheur por natureza que está a passar cada vez melhor a montanha. Um final explosivo é a praia do português, basta lembrar a chegada dos Nacionais onde triunfou.

 

Possíveis surpresas

Zdenek Stybar pode, finalmente, ter liberdade dentro da Deceuninck-QuickStep, um final feito ao seu jeito, com empedrado à mistura, é algo do agrado do checo. Também na equipa belga, Remi Cavagna é um forte candidato, podendo ser uma carta a jogar com um ataque de longe. Thomas de Gendt pode estar a acusar o cansaço das 3 Grandes Voltas no entanto é sempre um nome a ter em atenção, principalmente neste tipo de tiradas. A Astana ainda procura a sua vitória em etapa e Omar Fraile ou Luis Leon Sanchez são nomes a ter em atenção. Mark Padun, Valerio Conti e Owain Doull são outros nomes a ter em atenção. Se o pelotão discutir a etapa entre si não vemos a vitória a fugir a Alejandro Valverde ou Primoz Roglic, os dois melhores homens da classificação geral neste tipo de chegadas.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Dion Smith e Jonathan Lastra.

 

 

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