Depois da tempestade vem a bonança para os sprinters! Após muito sofrimento, os homens rápidos devem ter mais uma oportunidade para brilhar, resta saber se o vento não fará estragos.
Percurso
Depois de tanto sofrimento, os sprinters têm uma nova oportunidade de brilhar. Se as etapas de montanha não foram maratonas, amanhã os ciclistas terão 188,3 quilómetros num dia praticamente plano, contando apenas com duas 4ª categorias entre os 55 e os 35 quilómetros para o fim.
A chegada a Cahors poderá ser atribulada, com algumas curvas apertadas nos derradeiros 3,5 quilómetros. A destacar 5 curvas, as últimas duas a 1500 e 900 metros do fim. A chegada é em ligeira subida.
Táticas
Depois de tanto sofrimento, as equipas dos sprinters não vão querer desperdiçar a oportunidade de lutar por mais uma etapa. No início da jornada, Quick-Step, Lotto-Soudal, BikeExchange e Alpecin-Fenix vão tentar garantir que não se forma uma fuga muito perigosa e que seja fácil de controlar, de forma a evitar surpresas mais à frente no dia.
No final, será importante estar bem colocado, devido à presença de muitas curvas o pelotão deverá alongar bastante. À entrada da curva final, o sprinter deverá ter, no melhor dos cenários, dos elementos à sua frente, uma vez que ainda falta bastante e, sendo este um sprint em subida, não deverá ser lançado de tão longe.
Favoritos
Da forma que está a andar, Wout van Aert ainda pode vencer as 3 etapas que faltam, a começar por amanhã. O belga não está a acusar o cansaço, está na melhor forma de sempre e, acreditamos, que quererá bater o recorde de classificação por pontos. Um sprint em ligeira subida é perfeito para si e, contando com Christophe Laporte do seu lado, parte com mais vantagem.
Jasper Philipsen venceu depois dos Alpes, porque não repetir o triunfo depois dos Pirenéus? O belga é um dos sprinters que apresenta maior durabilidade e no ano passado também acabou bem o Tour. Contra si tem o facto de estar um pouco sem apoio, mas Philipsen também se sabe posicionar muito bem.
Outsiders
Este é um final perfeito para Mads Pedersen. Já com uma vitória neste Tour, o dinamarquês estará com menos pressão do que aquela que tinha no início da prova, o que o pode soltar para um bom resultado. Com Jasper Stuyven para o guiar, Pedersen estará mais perto do triunfo, não pode é perder a roda do seu lançador.
Depois de tanto sofrimento e com um Tour para esquecer, Caleb Ewan tem, amanhã, um final em que deverá estar a esfregar as mãos. O Pocket Rocket adora estes finais mais explosivos, veremos é como está recuperado depois da queda e se consegue colocar-se bem uma vez que, nesta edição da prova, ainda não conseguiu uma colocação perfeita.
Peter Sagan tem, amanhã, um final onde pode brilhar, um final onde o posicionamento é peça chave para um bom resultado. O eslovaco ainda não conseguiu nenhum pódio neste Tour, tem estado lá perto mas tem por hábito, melhorar com o passar dos dias e aproximar a sua ponta final dos seus rivais, ainda para mais num final em ligeira subida.
Possíveis surpresas
O sofrimento de Fabio Jakobsen nos últimos dias tem sido evidente, veremos que nível de energia ainda resta ao neerlandês que, apesar de já não contar com Michael Morkov, tem um dos comboios mais fortes da prova. Em condições normais, este é um final ideal para Dylan Groenewegen, o neerlandês gosta de finais não muito inclinados, tem é que confiar na colocação do seu comboio, principalmente Michael Matthews e Luka Mezgec. Alexander Kristoff, Alberto Dainese e Danny van Poppel são ciclistas que costumam de ir menos a mais, muito regulares e que se adaptam muito bem a este tipo de final. Uma fuga também tem alguma hipótese de chegar, tudo depende da constituição da mesma e que tipo de equipas estarão representadas na frente. Alberto Bettiol é um nome que salta à vista, o italiano tem estado mais discreto esta semana mas estava a voar no final da 2ª semana de prova. Jasper Stuyven, Fred Wright, Stan Dewulf e Matej Mohoric são outros nomes a considerar.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Hugo Hoffstetter e Dylan van Baarle.