Dia para a primeira etapa em linha e logo com a montanha a aparecer. A tradicional chegada ao Monte de Santa Luzia é sempre palco de muita disputa pela vitória. Quem será o mais forte?

 

Percurso

Entre Montalegre e Viana do Castelo serão 180 kms relativamente fáceis, o Alto de Covide está a mais de 90 kms do final e a aproximação a Viana do Castelo será feita junto ao Rio Lima. É importante entrar bem colocado na subida a Santa Luzia para poupar energia para o final de etapa e nos 4 kms antes da estrada começar a empinar há 6 rotundas, é importante ter um bloco sólido.



A subida a Santa Luzia tem 3,3 kms a 3,8%, não é extremamente complicada, mas um ritmo elevado elimina muitos dos sprinters.

 

Tácticas

É de esperar que algumas equipas estejam interessadas na fuga visto que não têm favoritos à etapa ou à geral. Infelizmente não existe o atractivo da camisola da montanha, ficará com ela quem cruzar a meta primeiro, pois as 2 subidas categorizadas são de 3ª categoria. Para contrariar isto bastaria colocar o Alto de Covide como 2ª categoria.

Se não houver um bloco a controlar a subida é provável que haja ataques e não é descabido que estes resultem, mas o mais provável é vermos a W52/FC Porto ou a Efapel a tentar manter tudo junto para assegurar que não haja diferenças para a classificação geral.

Recordemos as 3 últimas chegadas a Viana do Castelo. Em 2018 Enrique Sanz surpreendeu e venceu ao sprint num grupo com cerca de 20 unidades. Em 2017 foi Gustavo Veloso o mais forte num grupo também de 20 ciclistas. Já em 2015 foi o poder de José Gonçalves a sair por cima, diante de Delio Fernandez e Gustavo Veloso.

 

Favoritos

Não estarão todos os sprinters na discussão da vitória e esse cenário é perfeito para Daniel Mestre, que não é propriamente um puro sprinter. 3º em 2017 e 2º em 2018, falta-lhe apenas um dos lugares do pódio, sendo que em 2018 foi 2º apesar de estar debilitado por quedas. Foi vice-campeão nacional há umas semanas e ficou perto de bater Rui Costa no sprint.



Vicente Garcia de Mateos é outro ciclista que costuma estar sempre entre os primeiros lugares em Viana do Castelo, 2º em 2017 e 4º em 2018, o espanhol da Aviludo-Louletano está em grande forma e tem o luxo de ter a equipa focada nele.

 

Outsiders

Gustavo Veloso foi 3º em 2015 e venceu em 2017, é outro corredor que está em boa forma e com algum ritmo competitivo, em 2018 colocou-se ao serviço da equipa após hipotecar as suas chances na classificação geral. Parte com a camisola amarela, pelo que poderá ser protegido.

Luís Mendonça triunfou recentemente no Troféu Joaquim Agostinho e tem mostrado boas pernas, é um ciclista rápido que passa bem muito bem a média montanha. No entanto o ciclista da Efapel pode não estar psicologicamente a 100%, tem tido alguns problemas pessoais. Por outro lado, a equipa estará motivada por isso mesmo a ajudá-lo a ganhar.



Se há chegada que se adapta a Mauro Finetto nesta Volta a Portugal é precisamente esta. O puncheur italiano foi 8º no Circuito de Getxo e 7º no Trofeo Matteotti, não parece a 100%, mas pode perfeitamente surpreender aqui tendo em conta as suas características.

 

Possíveis surpresas

Dentro da Efapel há mais 2 opções muito interessantes, primeiro falamos de César Fonte, um ciclista explosivo e que conhece como poucos a zona, visto que é de Viana do Castelo. Joni Brandão se estiver a 100% é outro nome a considerar, já fez 2 vezes top 5 nesta chegada e a Efapel certamente quer levar Joni bem colocado. João Rodrigues também quer estar entre os primeiros lugares e um ataque um pouco mais de longe não é de descartar. Dependendo dentro da velocidade, a subida estará no limite para 2 bons finalizadores como Daniel Freitas e Oscar Pelegri, ambos passam bem a média montanha. A Kelly/InOutBuild/Oliveirense poderá “ir à luta” com Luís Gomes ou com o explosivo Rafael Lourenço, que no ano passado esteve próximo de ganhar 1 jornada. A Rádio Popular Boavista à falta de ciclistas explosivos terá de arriscar de longe, olho em Gonçalo Carvalho e Luís Fernandes. Por fim, cuidado com Gavin Mannion.

 

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são António Carvalho e Diego Rubio.


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