A primeira etapa em linha da Volta a Portugal é uma das poucas oportunidades para os sprinters no entanto há dificuldades capazes de afastar alguns homens rápidos da luta.



 

Percurso

Os sprinters certamente terão como objectivo esta ligação de 174 kms entre Miranda do Corvo e Leiria, apesar da passagem pela Serra da Lousã logo na fase inicial da jornada. Esta ascensão servirá também para ver quem parte para a prova com a camisola da montanha em mente e com quase 20 kms a 4% é mesmo para puros trepadores.

A primeira metade da jornada é bem dura, para além da Serra da Lousã, que é de 1ª categoria, há ainda 2 subidas de 4ª categoria e a 2ª categoria da Arega, que tem 5 kms a 6%. Quando a corrida divergir para o litoral a orografia torna-se mais gentil, mas a parte final tem algumas armadilhas, primeiro 1,3 kms a 5,3% a 12 kms da meta e 1 km a 4,3% somente a 2,5 kms do final. Para além disso a recta da meta de 700 metros empina a quase 3%.

 

Tácticas

Apesar de haver terreno para fazer diferenças as principais dificuldades estão ainda muito longe da meta e ainda estamos nos primórdios de uma longa competição, nenhum dos favoritos se deve mexer.

O terreno é mais complicado do que parece e a não ser que haja um ritmo muito fraco alguns dos sprinters devem ser eliminados pela orografia e pela velocidade do pelotão. Sem um candidato óbvio é possível que haja uma fuga a resultar caso esta não tenha qualquer perigo para a classificação geral.

 

Favoritos

Marco Tizza é um dos ciclistas a ter em conta, o italiano da Amore & Vita está em grande forma e conhece as estradas portuguesas. Ciclista muito bom na média montanha e com uma boa ponta final até fez top 10 recentemente numa chegada em alto no Sibiu Tour.



Um ciclista que rivalizou com Marco Tizza durante o G.P. Beiras foi Vicente de Mateos, um ciclista que já leva 6 etapas na Volta a Portugal e vai tentar somar aqui a 7ª na prova. A Aviludo-Louletano é das equipas que chega aqui somente com 1 líder e pode jogar tudo na etapa apesar de não haver bonificações.

 

Outsiders

Daniel Mestre não terá tantos oportunidade como na Efapel, estamos em crer. Tendo a equipa 3 a 4 ciclistas protegidos alguém terá de trabalhar em prol dos colegas, portanto cremos que entre Daniel Mestre e Samuel Caldeira poderão ter 1 chance cada um para sprintar. Daniel Mestre já ganhou na fase inicial da Volta e tem aqui uma tirada ao seu jeito.

Em termos de ponta final puro o sprinter mais forte talvez seja Matteo Malucelli, a grande questão para o italiano é chegar ao final em Leiria em condições de discutir o triunfo. O italiano raramente está lá em grupos restritos, a Caja Rural tudo fará para que o ritmo seja relativamente lento.



Luís Mendonça regressa de suspensão mas nem por isso deve ser um nome a descartar. O ciclista da Rádio Popular Boavista já disse que tem somente as etapas no seu pensamento e que não pensa em discutir a geral e numa parte final rápida e técnica estará certamente na discussão.

 

Possíveis surpresas

João Matias é dos melhores sprinters puros em Portugal, vamos ver como passa as dificuldades montanhosas. Se o ritmo não for muito alto estará na luta e terá um forte comboio à sua disposição. Caso não esteja na frente, a Vito-Feirense-PNB pode apostar em Óscar Pelegrí. Nunca é de descartar o camisola amarela Samuel Caldeira no entanto acreditamos que há etapas mais ao seu jeito que esta mas vencer de amarelo seria especial para o algarvio. Dentro das equipas portuguesas, Rafael Silva e Daniel Freitas podem estar na discussão. Olhando par as formações estrangeiras, nos seus melhores tempos, August Jensen tinha aqui uma etapa perfeita para si só que os últimos tempos não têm sido muito bons. A Arkea-Samsic tem vários velocistas que se adaptam a este final e pensamos que a escolher vai recair sobre Maxime Daniel ou Bram Welten. Mikel Aristi, da Euskadi, pode terminar entre os melhores.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Clément Russo e Leangel Liñarez.




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