Está aí a 2ª Grande Volta da temporada! A Grande Partenza deste ano dá-se na Sicília, com um contra-relógio a abrir as hostilidades do pelotão.

 

Percurso

15 100 metros entre Monreale e Palermo abre a 103ª edição da Volta a Itália. O contra-relógio abre com uma subida de 900 metros a 6,4% e, a partir daqui uma descida algo técnica com pouco mais de 8 quilómetros. Os derradeiros 5900 metros são praticamente planos, num percurso que se vai fazer muito rápido.



 

Táticas

Um contra-relógio não tem muito de tática, mas sim dar o máximo durante todo o percurso e gerir o seu esforço para não ter uma quebra. Aqui, a subida será importante para marcar algumas diferenças no entanto a longa descida, numa primeira parte bastante íngreme será do agrado de ciclistas mais possantes.

 

Favoritos

Acabado de se tornar campeão do Mundo de contra-relógio, Filippo Ganna quererá cumprir mais um sonho, vencer no Giro e envergar a maglia rosa. Está em grande forma e imbatível nos últimos contra-relógios. Muito possante sairá beneficiado da longa descida.



Rohan Dennis tem tido um ano de 2020 para esquecer. Derrotado nos últimos contra-relógios realizados, o australiano quererá dar um pontapé na crise e conquistar uma vitória rapidamente. A subida inicial é boa para si mas depois sabe que terá que arriscar muito na descida. O contra-relógio não é longo no entanto Dennis já venceu nestas distâncias.

 

Outsiders

Não há duas sem três por isso a INEOS Grenadiers ainda tem outro candidato à vitória. Geraint Thomas parece querer voltar aos bons e velhos tempos, mostrando sinais disso no Tirreno-Adriático e nos Mundiais. Bom contra-relogista, tem aqui a distância ideal. Não deverá arriscar tanto nada descida para não perder a geral logo ao 1º dia.

Victor Campenaerts também tem tido um ano de 2020 um pouco abaixo do esperado. O especialista belga ou tem um dia fraco ou, quando está bem, encontra sempre alguém mais forte. Este é um dos seus objetivos da temporada por isso quererá estar bem. Vais arriscar tudo na descida e pode petiscar graças a isso.



Pode ser estranho ler o nome de Michael Matthews mas o australiano tem-se tornado um “cliente” habitual dos primeiros lugares em esforços individuais deste género. Mais que um sprint, a subida inicial será do seu agrado e depois conseguirá colocar na estrada toda a sua potência. A vitória será difícil mas a confiança está em alta.

 

Possíveis surpresas

Alex Dowsett preferiria um contra-relógio onde não existisse a subida, vai perder algum tempo aí. Andou bem nos Mundiais e dá-se bem com a corrida italiana. Jos van Emden e Edoardo Affini são mais dois especialistas que gostavam de ter um percurso sem subidas mas mesmo assim podem compensar na descida e lutar pelos primeiros lugares. Há bastante tempo que Tony Martin não faz um contra-relógio com ambições pessoais, amanhã o cenário vai mudar, veremos como estão as pernas do alemão depois do Tour. Benjamin Thomas, Jan Tratnik e Chad Haga (já venceu um contra-relógio no Giro) são nomes alternativos, menos conhecidos mas que podem surpreender. Por fim, atenção a Josef Cerny e Thomas de Gendt.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Arnaud Demare e Wilco Kelderman.

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Boa sorte a todos!

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