A Vuelta termina com um contra-relógio individual, um dia para os últimos ajustes na classificação geral e para coroar o vencedor final. Quem irá ser o mais rápido nas estradas madrilenas?

 

Percurso

24600 metros na ruas de Madrid para encerrar esta Vuelta 2024, um traçado algo ondulado, mas sem grandes inclinações e que deve permitir aos puros especialistas colocar a sua capacidade de contra-relogistas na estrada.

 

Favoritos

Stefan Kung – Última oportunidade para o suíço, que ainda não tem qualquer pódio nesta Vuelta, apesar de ter estado próximo em várias ocasiões. O Europeu é apenas daqui a 3 dias e se Kung não deixou a Volta a Espanha mais cedo é porque ainda está em boa condição física e este dia em Madrid é um objectivo para ele, a distância e o traçado estão dentro das suas características.

Brandon McNulty – Vencedor do contra-relógio inicial em Oeiras, não seria uma surpresa vê-lo vencer a abrir e a fechar a Vuelta, a UAE evoluiu bem nesta disciplina e o norte-americano ainda tentou em fugas, sem sucesso. Acho que poupou forças nos últimos 2 dias de montanha propositadamente.

 

Outsiders

Mattia Cattaneo – Ao contrário de outros nomes que mencionamos nesta antevisão, o italiano andou a fundo nesta última semana, e também deu para ver que ainda tem forças e que está em boa forma. Acho que este traçado e o facto de estar em boa podem trazer um resultado surpreendente para alguém que numa das etapas de montanha foi obrigado a esperar por Landa quando ainda tinha chances de ganhar a etapa.

Victor Campenaerts – Alguém que parecia completamente afastado dos melhores resultados nesta distância, mas que no Tour esteve bem nos 2 contra-relógios e ambos desta distância. Ainda denotou alguma frescura física pela exibição que fez na chegada a Santander e nos últimos 3 dias poupou forças e terminou fora do top 100.




Primoz Roglic – Tenho algumas dúvidas relativamente ao esloveno, primeiro a equipa está a sofrer com uma intoxicação alimentar, ontem teve 3 abandonos e Vlasov também está mal, Roglic pode eventualmente sentir os efeitos disso. Segundo porque não precisa de arriscar para ganhar a Vuelta, e isso é o mais importante, basta fazer uma exibição segura. Caso precisasse de andar a fundo acreditava mais na vitória.

 

Possíveis surpresas

Nelson Oliveira – Espero mais uma exibição sólida do ciclista português, um dos mais consistentes a nível internacional nesta disciplina e com alguns especialistas já fora de competição e o desgaste acumulado de 3 semanas o top 5 é bem possível.

Mathias Vacek – O checo da Lidl-Trek foi uma das confirmações desta Vuelta depois de já ter feito boas exibições em corridas mais secundárias. Foi 2º em Oeiras, 2º em Cordoba, tem mais 2 top 10 em etapas e apesar de ser a primeira Grande Volta ainda parece ter forças, é um forte candidato ao pódio.

Mathias Skjelmose – É um dos melhores especialistas entre aqueles que estão no top 10 da geral e vai dar tudo por tudo porque tem o 5º lugar de David Gaudu ali à espreita e quer segurar a camisola branca. Tem gerido muito bem as suas forças.

Edoardo Affini – Para mim é a maior incógnita desta etapa, alguém muito irregular e que nunca cumpriu propriamente o que prometeu quando era mais novo, que foi 5º em Oeiras e que andou desaparecido nesta última semana, talvez a pensar neste dia. É daqueles que dá a sensação que, ou ganha, ou faz 10º.

Bruno Armirail – Um corredor que esteve um bocadinho amarrado à camisola vermelha de Ben O’Connor, teve muito trabalho e pouca liberdade para entrar em fugas, como tem um grande motor acho que vai fazer melhor do que o 9º posto em Lisboa.

Mauro Schmid – 7º em Lisboa, 2 pódios durante esta Vuelta, o suíço foi protagonista em algumas etapas e talvez com mais frieza pudesse até ter ganho. Não obstante isso, ainda parece ter alguma gasolina no tanque.




Jay Vine – Apesar de todo o desgaste da luta pela montanha o australiano acaba esta Vuelta bem e vai tentar surpreender tal como fez na Vuelta a Burgos.

Filippo Baroncini – Um jovem talento que finalmente parece longe das lesões e das quedas, foi 16º em Lisboa e deu uma boa imagem nesta última semana de competição, ainda terá forças para um possível top 5.

Harold Tejada – O colombiano tem este condão de surpreender quando menos se espera, foi 8º no contra-relógio final do Tour.

Marco Frigo – Um ciclista muito completo e dos mais combativos desta Vuelta, ao todo totalizou 6 fugas, com a condição física em que está pode perfeitamente fazer top 10.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Thibault Guernalec e Florian Lipowitz.

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