Dia de consagração na Volta a Itália no entanto nem tudo está decidido, ainda há uma vitória em etapa por disputar! Os sprinters presentes guardaram-se para este dia, quem irá levantar os braços?

 

Percurso

Partida e chegada na capital Roma, um dia com 127,5 quilómetros que deverá animar apenas na chegada ao circuito final, no qual irão dar 5 voltas. Cada volta tem praticamente 14 quilómetros de extensão, um circuito sem grandes dificuldades, quer na orografia quer olhando para a parte técnica. No final, a última grande curva fica a 1300 metros do fim, o final é bastante simples, o que irá favorecer uma chegada a grande velocidade.

 

Táticas

Muitos sprinters já abandonaram mas todos os que estão presentes sofreram a bom sofrer nos últimos 3 dias para poder disputar esta última etapa e tentar mais uma vitória. O facto da etapa ser disputada em circuito vai ajudar os ciclistas a reconhecer a chegada, vão saber como abordar a parte final sem falhas.



Uma longa reta da meta irá favorecer os ciclistas mais potentes mas tem será importante não arrancar cedo, pelo que a presença de um lançador será fundamental. Uma menos boa colocação poderá ser corrigida com a extensão da reta da meta. Bahrain-Victorious, Team DSM e Jayco AlUla deverão ser as equipas mais ativas na preparação do sprint.

 

Favoritos

Um sprint em potência é música para os ouvidos de Jonathan Milan. Que melhor forma de terminar o Giro do que com uma vitória com a maglia ciclamino vestida? O italiano já venceu mas soma 4 segundos lugares, alguns deles fruto de uma má colocação, pois acaba sempre muito forte e perto da vitória. Amanhã Andrea Pasqualon terá que o deixar mais na frente, será meio caminho para nova vitória.

Haveria melhor história que Mark Cavendish vencer na sua última etapa de sempre no Giro? O britânico tem aproveitado todos os dias para disfrutar este último Giro e, com mais uma chance para vencer não quererá desperdiçar. Sabemos que só o irá conseguir em condições muito especiais, terá que se colocar muito bem e arrancar no momento certo, algo que não tem acontecido. Já mostrou que ainda tem velocidade.

 

Outsiders

Pascal Ackermann é outro sprinter que já sabe o que é ganhar neste Giro mas, tirando a vitória conseguida, pouco mais há a apontar. O alemão nem sempre se tem colocado bem mas amanhã Ryan Gibbons estará, seguramente, no seu apoio, o que poderá ser fundamental para partir da frente e conseguir mais uma vitória.

Se a Team DSM decidir não inventar, Alberto Dainese vai ser, outra vez, a escolha acertada da equipa. Se querem ganhar tem que ser com o italiano que, já esta semana, mostrou que é muito rápido e consegue ombrear com os mais rápidos. O comboio da equipa alemã é muito forte, com Marius Mayrhofer e Niklas Markl.



Fernando Gaviria tem tido um Giro para esquecer, chegou confiante mas o melhor que conseguiu foi um 5º posto e apenas mais 2 top-10. Nem com um bom comboio ao seu dispor, pelo menos melhor que o habitual, o colombiano tem conseguido estar na frente. Amanhã nos admirávamos de ver o mesmo, Gaviria a lançar o sprint de longe.

 

Possíveis surpresas

Michael Matthews até pode ter um dos grandes comboios ainda presentes, no entanto final bastante simples não são boas notícias para si. A seu favor joga o facto de já estarmos no final de uma Grande Volta, recupera melhor que que alguns e ter ainda energias guardadas. Simone Consonni aparece sempre na segunda metade do Giro, este ano não foi exceção, sabe colocar-se bem e pode ser um perigo aos primeiros lugares. Stefano Oldani será a aposta da Alpecin-Deceuninck, desde que Kaden Groves abandonou o italiano tem dado boa conta de si. Vincenzo Albanese, Filippo Fiorelli, Arne Marit e Jake Stewart podem ambicionar o top-10 mas nada mais que isso. Dificilmente um ataque na parte final poderá resultar, mas aí olho em Magnus Cort, Laurenz Rex e Alex Kirsch.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Nicolas Dalla Valle e Fabian Lienhard.




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