Dia de consagração de Tadej Pogacar na Volta a Itália no entanto nem tudo está decidido, ainda há uma vitória em etapa por disputar! Os sprinters presentes guardaram-se para este dia, quem irá levantar os braços?

 

Percurso

Partida e chegada na capital Roma, um dia com 125 quilómetros que deverá animar apenas na chegada ao circuito final, no qual irão dar 8 voltas. Cada volta tem praticamente 9,5 quilómetros de extensão, um circuito sem grandes dificuldades, quer na orografia quer olhando para a parte técnica. No final, a última grande curva fica a 1300 metros do fim, o final é bastante simples, o que irá favorecer uma chegada a grande velocidade.



 

Táticas

Muitos sprinters já abandonaram mas todos os que estão presentes sofreram a bom sofrer nos últimos dias para poder disputar esta última etapa e tentar mais uma vitória. O facto da etapa ser disputada em circuito vai ajudar os ciclistas a reconhecer a chegada, vão saber como abordar a parte final sem falhas.

Uma longa reta da meta irá favorecer os ciclistas mais potentes mas tem será importante não arrancar cedo, pelo que a presença de um lançador será fundamental. A Lidl-Trek tem sido o principal comboio da competição, depois de ter falhado um pouco na última chegada ao sprint, amanhã querem voltar a fazer um trabalho perfeito. Soudal-QuickStep, Tudor e Alpecin-Deceuninck também podem ajudar na perseguição, têm mostrado ambição nos dias mais planos.

 

Favoritos

Um sprint em potência é música para os ouvidos de Jonathan Milan. Que melhor forma de terminar o Giro do que com uma vitória com a maglia ciclamino vestida? O italiano já venceu por 3 vezes mas acreditamos que esteja mais motivado do que nunca depois de ter perdido na quinta-feira, devido a um erro seu. Nas etapas disputadas ao sprint, nunca foi pior que 2º e quem conta com Simone Consonni está mais perto do triunfo.



A confiança também deverá estar em alta em Tim Merlier. O belga nunca venceu tão tarde numa Grande Volta, quebrou essa barreira na quinta-feira, e isso será um fator importante. Sabe que foi o único a conseguir bater Milan, tudo razões para acreditar num novo triunfo. Contar com Bert van Lerberghe tem sido fundamental, formam uma excelente dupla.

 

Outsiders

Kaden Groves tem sido o sprinter mais regular que ainda não venceu. O australiano soma já vários pódios mas tem encontrado sempre alguém mais forte. Esta não é uma chegada que o favoreça, preferiria algo mais técnico de forma a poder arriscar e, quem sabe surpreender. A Alpecin-Deceuninck confia no seu sprinter, é um sinal importante para amanhã.

Se há ciclista que pode tirar um coelho da cartola é Alberto Dainese. O italiano é capaz de surpreender quando menos se espera e, pela primeira vez neste Giro, conseguiu acertar a colocação na última etapa. Acabou desiludido consigo mas, ao mesmo tempo, tem de estar motivado para amanhã. Matteo Trentin e Robin Froideveaux são dois lançadores importantes.

Stanisław Aniołkowski tem sido a surpresa das últimas etapas. Sem apoio nenhum, o polaco tem conseguido colocar-se muito bem e, conseguiu ser 2º e 5º, o que são resultados excelentes para a qualidade do polaco. Numa etapa simples e com uma longa reta da meta, Aniołkowski pode ter, novamente, oportunidade para surpreender e brilhar.



Possíveis surpresas

Amanhã será uma etapa em que Juan Sebastian Molano terá o apoio da UAE Team Emirates, até Tadej Pogacar pode fazer o lançamento. Rui Oliveira é um dos melhores lançadores do pelotão, Molano será deixado bem na frente e o colombiano já sabe o que é vencer no final de uma Grande Volta. Outro colombiano que sonha com o triunfo é Fernando Gaviria, ele que tem sido muito regular, com diversos top-10 mas sempre sem nunca ameaçar com a vitória. Se quer vencer tem de surpreender, com um sprint à Gaviria. Desde o abandono de Biniam Girmay, Madis Mihkels tem sido o sprinter de serviço e não tem desiludido, ainda para mais um ciclista jovem e sem experiência nestas andanças. Hugo Hofstetter é um ciclsita que costuma posicionar-se muito bem, tal como aconteceu na quinta-feira, um resultado entre os 5 melhores já seria muito bom. Na mesma categoria do francês colocamos Tobias Lund Andresen e Giovanni Lonardi. Caleb Ewan já nem parece ter o apoio da sua equipa, se com um bom comboio não tem sido fácil, então sozinho será praticamente impossível. Para uma possível fuga ou ataque nos quilóemtros finais, olho em ciclistas mais poderosos e bons contra-relogistas, como Tim van Dijke, Edoardo Affini e Filippo Ganna.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Max Walscheid e Andrea Pasqualon.

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