Oportunidade final para os sprinters, com a tradicional chegada aos Campos Elísios. Momento de consagração para alguns com os homens rápidos a espreitarem a derradeira oportunidade.
Percurso
Para acabar mais uma edição da Grand Boucle temos o clássico final nos Campos Elísios, como a cereja no topo do bolo. Desta vez o local de partida escolhida é Rambouillet e a etapa tem 128 quilómetros. A primeira passagem pela linha de meta ocorre ao quilómetro 73.5, já depois de duas contagens de montanha que não vão influenciar em nada, e seguem-se 8 voltas ao circuito parisiense. De recordar a parte final, que tem a viragem à esquerda a 2 quilómetros da meta e a rápida chicane antes da reta da meta, que é num piso tortuoso e tem 400 metros de extensão.
Favoritos
É difícil não ver esta etapa terminar ao sprint. Claro que um ataque perto do final pode ter o seu sucesso, no entanto as probabilidades são reduzidas e um sprint final é quase certo, ainda por cima com todos os grandes nomes a estarem presentes.
Caleb Ewan tem-se assumido como o grande sprinter do Tour, contando já com duas vitórias e estando sempre no pódio das chegadas ao sprint. O seu posicionamento tem sido perfeito, o que amanhã será fundamental, já que para se vencer tem que se estar bem colocado. É a primeira vez que termina uma Grande Volta mas parece-nos fresco para tentar mais um triunfo.
O vencedor de 2017 foi Dylan Groenewegen e o holandês espera repetir o triunfo. Sem sombra de dúvidas que o sprinter da Jumbo-Visma é um dos mais rápidos do mundo e, apesar do cansaço já acumulado, deve beneficiar de uma etapa curta e nada dura. Amund Jansen e Mike Teunissen serão fundamentais para uma possível vitória pois é preciso estar bem colocado e nem sempre o comboio holandês tem funcionado.
Outsiders
O melhor comboio tem sido o da Deceuninck-QuickStep mas Elia Viviani tem visto os seus rivais terem sido mais fortes. Michael Morkov e Maximiliano Richeze vão ter que voltar a fazer um lançamento perfeito e o italiano não pode voltar a cometer erros e tem que esperar que o cansaço acumulado ao longo das 3 semanas não apareça. Pouca experiência neste final mas a velocidade está lá.
Peter Sagan tem um registo muito positivo neste final só que ainda não conseguiu a desejada vitória. Este é, talvez, um dos objetivos que o eslovaco tem na sua carreira e com a camisola verde já garantida pode arriscar mais um pouco. Posiciona-se como poucos, o que, logo aí, lhe vale um bom resultado.
No ano passado, Alexander Kristoff, finalmente, venceu nos Campos Elísios. Sempre entre os 6 primeiros nas chegadas aqui disputadas é mais um sinal que o norueguês adora sprints nos finais das Grandes Voltas quando os velocistas mais puros estão mais cansados. Não conta com Jasper Philipsen no entanto costuma posicionar-se muito bem.
Possíveis surpresas
O Tour tem sido um desastre autêntico para Andre Greipel mas nunca podemos descontar o vencedor de 2015 e 2016. Tem estado longe dos primeiros lugares, só que conheço como poucos este final, o que pode ser importante. Niccolo Bonifazio tem aparecido nos últimos sprints, finalmente bem colocado e com uma boa ponta final. Veremos se foi sol de pouca dura ou conseguirá repetir. Sonny Colbrelli terá um bom comboio para o deixar bem colocado, algo que tem acontecido ao longo do Tour, mas nem sempre tem conseguido estar na luta pois perde-se no meio da confusão. Jasper Stuyven, Matteo Trentin e Michael Matthews deverão estar no top 10 no entanto não os vemos a conseguir vencer a etapa.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Jens Debusschere e Oliver Naesen.