Chega ao fim mais uma edição do Tour e, mais uma vez, os Campos Elísios verão o decidir da última etapa e a derradeira batalha entre os sprinters.

Percurso

115,6 quilómetros entre Paris La Defense Arena, em Nanterre, e os Campos Elísios em Paris. Os primeiros 50 quilómetros deverão ser feitos em ritmo de passeio, até à entrada no circuito final, a ser completado por 8 vezes.

O circuito já é conhecido por todos, com a passagem pelo túnel a 1500 metros da chegada a ser fundamental. Aí os corredores viram à esquerda, entrando na Rua de Rivoli. O ritmo será elevado e, já no quilómetro final, surge a habitual chicane, sendo que, ao contrário do habitual, não termina a 400 mas sim a 700 metros da chegada. Reta da meta mais longa, no tradicional empedrado dos Campos Elísios. A chegada é em ligeira subida.

Táticas

É difícil não ver esta etapa terminar ao sprint. Claro que um ataque perto do final pode ter o seu sucesso, no entanto as probabilidades são reduzidas e um sprint final é quase certo, ainda por cima com todos os grandes nomes a estarem presentes. É importante entre bem colocado no quilómetro final, principalmente na chicane antes da reta da meta.

Favoritos

Jasper Philipsen já conta com um triunfo neste Tour, o primeiro da carreira, no entanto continua a bater na trave, somando outros três pódios. O belga tem conseguido posicionar-se muito bem, apesar de não ter o melhor dos comboios (Alexander Krieger será o seu lançador). O final em ligeira subida e em empedrado favorece-o.

Um ciclista que já sabe o que é ganhar nos Campos Elísios é Dylan Groenewegen. O neerlandês chegava ao Tour muito pressionado mas venceu logo a abrir, o que lhe retirou muita pressão. Se partir da frente, Groenewegen é muito difícil de bater no entanto a sua colocação não tem sido a melhor apesar do excelente comboio com Michael Matthews e Luka Mezgec.

Outsiders

Wout van Aert vai querer terminar a Volta a França com chave de ouro, defendendo a vitória do ano passado e conquistando mais um triunfo nesta edição. Este tem sido o Tour do ciclista belga, faz tudo bem, é impressionante! Conta com Christophe Laporte e o final em ligeira subida e em empedrado são excelentes notícias para si.

Depois de muito sofrer nas montanhas, Fabio Jakobsen tem o derradeiro objetivo da prova. Parece que a sua vitória no Tour já foi noutra edição, foi ainda na Dinamarca, está na hora de acordar a matilha da Quick-Step. O neerlandês é um ciclista muito possante, este é um final perfeito para si, terá que confiar em Florian Senechal.

Alberto Dainese pode surpreender, o italiano tem subido paulatinamente na hierarquia do sprint mundial e, desde a vitória conseguida no Giro ganhou outro estatuto no pelotão. Nem sempre se consegue colocar bem, este é o seu calcanhar de Aquiles, quando o consegue, termina com bons resultados.

Possíveis surpresas

Conseguirá Caleb Ewan salvar o seu Tour? Não se avizinha tarefa fácil para o Pocket Rocket, o empedrado não favorece o pequeno ciclista e, como temos visto, a sua colocação também não tem sido a ideal mas se partir da frente é um sério candidato. Este final favorece ciclistas mais possantes e nessa categoria encaixamos nomes como Danny van Poppel, Alexander Kristoff e talvez Mads Pedersen, depende se o dinamarquês está recuperado dos seus problemas estomacais que tanto o afetaram no dia de ontem. Peter Sagan, Hugo Hofstetter, Jeremy Lecroq são outros nomes a ter em atenção para o top-10.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Fred Wright e Luca Mozzato.