A primeira etapa em linha da Vuelta vai trazer o primeiro grande duelo entre os sprinters! Quem sairá a sorrir de Burgos?
Percurso
Dia totalmente plano, com Burgos a ser o palco de mais uma etapa desta Vuelta. Destaque para o sprint bonificado a apenas 16 quilómetros da chegada, altura em que a corrida deve começar a animar.
Falando do final, este é relativamente fácil. Existe uma curva à entrada dos 5 quilómetros finais, que leva a uma longa de reta de praticamente 2500 metros, onde aparecem 4 rotundas. Essa nova curva leva a uma reta mais curta, reta essa que leva aos 1600 metros finais. A estrada tende para a direita no entanto é pouco acentuado, o que torna este final muito simples.
Táticas
Deceuninck-QuickStep, Groupama-FDJ, Alpecin-Fenix e UAE Team Emirates estarão muito motivadas para este início de Vuelta, trazem sprinters de enorme qualidade e que vêm de bons resultados. Os seus comboios são fortes e bastante semelhantes, pelo que acreditamos numa luta feroz pelo posicionamento à entrada dos quilómetros finais. O final mais simples poderá favorecer quem tenha uma pior colocação.
Favoritos
Fabio Jakobsen está de regresso às Grandes Voltas! O sprinter holandês vem de duas vitórias muito convincentes na Valónia e se há sprint que pode ganhar e logo um dos primeiros, onde o cansaço será pouco. Contará com Zdenek Štybar, Bert van Lerberghe e Florian Senechal, tudo corredores habituados a este trabalho.
Outro ciclista que vem em grande é Juan Sebastian Molano. O colombiano vem de vencer duas etapas, de forma convincente, em Burgos, onde bateu alguma da concorrência que terá pela frente hoje. Ryan Gibbons, Rui Oliveira e Matteo Trentin foram um comboio muito forte.
Outsiders
Desde o Tour que não vemos Arnaud Demare correr o que pode significar que o francês precise de algum ritmo competitivo. Mesmo assim, esta é uma etapa relativamente fácil, ideal para o regresso. É um dos melhores sprinters do pelotão e o facto de contar com Jacopo Guarnieri e Ramon Sinkeldam, que tanta falta fez no Tour, será importante.
Jasper Philipsen também não corre desde o Tour no entanto, o belga foi até ao final e, apesar de não ter conseguido vencer, conseguiu 6 pódios. Procura repetir o feito do ano passado e possui um dos grandes comboios, com Edward Planckaert, Sacha Modolo e Alexander Krieger. Caiu no contra-relógio de ontem mas não pareceu nada de grave.
Alberto Dainese é um sprinter muito promissor, venceu muito enquanto sub-23, no entanto tarde em confirmar o porquê da sua contratação por parte da Team DSM. Tem-se mostrado a espaços, em Burgos realizou um bom sprint, mas é um corredor que se perde facilmente das rodas dos seus companheiros. Não terá muito apoio, a seu favor terá o final simples, pelo que poderá surpreender.
Possíveis surpresas
Várias equipas têm mais que uma opção e vão ter que fazer escolhas. Dentro da Bora-Hansgrohe, Jordi Meeus ou Martin Laas serão a aposta. Enquanto que o primeiro é uma aposta declarada da equipa para o futuro mas que em Burgos esteve longe do seu melhor, o segundo vem de derrotar Alexander Kristoff, pelo que pode ter uma oportunidade. Já na Israel Start Up Nation, acreditamos que Itamar Einhorn será a aposta ao invés do mais experiente Davide Cimolai, que deverá ser guardado para outros finais. Michael Matthews estará entre os primeiros, no enanto este final não é ao seu jeito. Jon Aberasturi é muito regular, coloca-se sempre muito bem, mas um final tão simples e numa reta tão longa não favorece o espanhol. Por fim, destacamos Clement Venturini, Reinardt van Rensburg e Alex Aranburu.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Juan Jose Lobato e Florian Vermeersch.