A Volta a Portugal continua a subir no mapa e amanhã temos mais uma difícil chegada, onde alguns homens da classificação geral se podem intrometer, tal como hoje.
Percurso
Tempo da denominada etapa solidária, pois passa por regiões muito afectadas pelos incêndios do ano passado. É a entrada da montanha, apesar que seja média montanha. Oliveira do Hospital regressa aos finais da Volta a Portugal, o último vencedor foi Jay Thomson, em 2012, numa fuga vitoriosa. Uma jornada rompe-pernas, com passagem pela Serra da Lousa e com um final acidentado. A 12 kms da meta há uma subida com 1.9 kms a 6.8% e a passagem por Lagos da Beira, a 4.5 kms do risco final tem 1.8 kms a 7.1%. Não há grande espaço para recuperações, a estrada desce e volta a subir para os últimos 600 metros (com 2 rotundas) a 5.2%.
Favoritos
Mais uma etapa que vai ser feita debaixo de muito calor e onde os candidatos não devem ser muito diferentes àqueles que hoje estiveram na discussão da etapa.
Vicente de Mateos esteve perfeito nas duas etapas em linha já disputadas, sendo 4º e 1º. O espanhol não quer ceder segundos preciosos para os seus adversários e vai entrar sempre bem colocado. Uma chegada dura, tal como hoje, favorecem o ciclista do Aviludo-Louletano, que é um especialista.
Edgar Pinto também tem sido outro ciclista muito atento, chegando sempre entre os primeiros. Entre os homens da geral é um dos mais rápidos e uma chegada mais dura adapta-se muito melhor às características do líder da Vito-Feirense-BlackJack.
Outsiders
Até agora, Daniel Mestre tem passado ao lado da Volta a Portugal, sempre devido a mau posicionamento. Está na hora do alentejano aparecer, ele que costuma ganhar sempre uma etapa na primeira metade da prova. Se estiver bem colocado, tem tudo para discutir a etapa.
Luís Mendonça tem sido o sprinter mais regular, com dois 2º lugares, mas ainda procura uma vitória. Tem Vicente de Mateos na equipa mas parece que cada um tem a liberdade para fazer a sua corrida. Talvez uma chegada menos dura fosse melhor para si, no entanto continua a ser um dos grandes candidatos.
O dinamarquês Trond Trondsen está a mostrar o porquê de ser um jovem de muita qualidade, tendo estado sempre entre os primeiros nas duas chegadas ao sprint, que eram bastante diferentes. O calor parece não estar a afetar o escandinavo que, se entrar bem colocado, pode conseguir uma vitória importante.
Possíveis surpresas
Amanhã é um dia para os homens da classificação geral estarem atentos para não perderem tempo. Desta forma, muitos deles podem estar entre os primeiros e se estiverem bem colocados podem discutir a tirada. Aí, Gustavo Veloso e Rinaldo Nocentini partem à frente dos restantes, já que têm uma excelente ponta final. Domingos Gonçalves pode voltar a sua sorte com um ataque à entrada do quilómetro final, tal como hoje, no entanto seria melhor esperar pelo sprint final. Atenção, ainda, a Colin Stussi, Xuban Errazkin e Olivier Pardini.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Krister Hagen e Awet Gebremedhin.
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